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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Memórias de um ps desconhecido: Um post diferente para algumas pessoas com dúvidas

Este post é diferente dos outros, não é escrito pelo autor Sacramine (jonhy para camaradas e amigos) mas tem uma dedicatória especial, para os socialistas, em que me dedico apenas a fazer plágio de algumas citações deste belo livro que teima em não sair uma segunda edição, contudo quero fazer uma dedicatória especial ao homem que me deu a conhecer este livro Alvaro Cunhal aquando de uma leitura de um livro seu, dedicado aos corajosos e abnegados Portugueses que não desistem de colocar Portugal definitivamente no seu lugar, fora das garras de Ingleses, Espanhois e Estado-Unidenses, de sermos verdadeiramente patrióticos.
Mas também o dedico a uma amiga minha (pela sua defesa do campo "socialista democrático" e também pela sua defesa de Santo Sócrates).
A todos aqueles que vivem e resistem a isto que nos fazem passar .

«Entretanto, o tempo se encarregaria de revelar novos episódios em matéria de financiamentos. Vinte anos após o 25 de Abril, ao ser preso por alegado desvio de fundos públicos, o ex-presidente da Venezuela, Carlos Andréz Perez, declararia que uma parte desses fundos teria sido entregue a Mário Soares. Foi a primeira vez que eu ouvi falar do assunto, que foi confirmado à Agência Lusa por uma fonte não identificada do Palácio de Belém («Público», 22/05/1004). (…)Os trabalhos [do I Congresso do PS depois da Revolução] iniciaram-se com a leitura de um telegrama de saudações enviado por Mário Soares ao Presidente da República Costa Gomes. O mesmo, segundo os joranis da época, foi vibrantemente aplaudido de pé pelos congressistas. Logo no início foi aprovada uma moção subscrita por Manuel Serra e Maria Barroso em que se afirmava que «o PS defenderá o modelo constitucional democrático que melhor consolide a aliança do Povo e das forças democráticas com o MFA. Depois, tendo em conta que a ratoeira comunista passava por sensibilizar o seu conhecido egocentrismo, Mário Soares foi reconduzido na Secretaria-Geral sem qualquer oposição, o que já não aconteceria com a orientação do Partido. PAra a Comissão Nacional, Manuel Serra não preconizou tal unanimidade e, depois de uma autêntica guerra campal, a lista da direcção histórica do Partido sairia vencedora pela escassa margem de 94 votos, tendo a lista de Manuel Serra obtido quase 44% dos votos dos congressistas. O nome de Mário Soares aparecera nas duas listas concorrentes, por ordem alfabética na lista da direcção histórica e à cabeça da lista que o PCP promovera por meio de Serra. Aliás, só por milagre Mário Soares não sairia daquele Congresso como secretário-geral de dirigentes afectos a Manuel Serra e ao Partido Comunista. A confusão era tanta que ninguém se entendia e os organizadores do Congresso, predominantemente pró-Serra, que, vale a pena repetir, Soares encarregara da Segurança do Partido, utilizariam todos os meios de coacção e até força para impedir os «históricos» de exprimirem a sua voz e o seu voto. Eu próprio, que para além de fundador, fazia parte da Comissão Directiva vigente e era delegado em representação do núcleo de Malmoe na Suécia, fui inicialmente pura e simplesmente impedido de entrar no local do Congresso. Só depois de umas boas horas alguém conseguiu encontrar Manuel Tito de Morais no interior para vir à porta obrigar os «gorilas» a deixarem-me entrar.As relações entre os «militantes» socialistas estavam longe de ser solidárias e nem sequer primavam pela boa educação. Era o resultado da invasão ocorrida no PS, após o 25 de Abril, de todo o tipo de novos militantes. Com isso mesmo tinha também contado o PCP. No final, ainda insconsciente do que ali se tinha passado, Soares afirmaria que não tinha havido «vencedores nem vencidos» mas apenas «socialistas e camaradas». . Provar-se-ia bem pouco depois, já em Janeiro de 1975, que assim não era. Aliás, Manuel Serra advertira já no seu discurso final, com a arrogância de quem quase conseguira o que se propusera, que saía do Congresso «com a fraternidade de militantes revolucionários, de militantes da classe trabalhadora». O primeiro Secretariado Nacional, eleito em 21 de Dezembro, ainda incluiu Manuel Serra que, contudo, abandonaria o Partido poucos dias depois, na esperança de levar consigo os «44% de militantes revolucionários, da classe trabalhadora». Se tal não aconteceu deveu-se, com grande grau de probabilidade, à visão de Francisco Salgado Zenha. Mas o Partido Socialista nunca recuperaria totalmente da psicose do golpismo que se iniciou log após o 25 de Abril e de que o I Congresso na legalidade seria um bom primeiro exemplo. Passaria a fazer parte da própria evolução e história do movimento socialista português.»

Mário Soares ia, entretanto, aproveitando algumas das suas viagens enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros para angariar alguns fundos para o PS. Mas, apesar de alguns contributos iniciais dos partidos sociais-democratas escandinavos, do SPD e de uma campanha de angariação de fundos lançada na Holanda pelo PVDA (PArtido Trabalhista), os apoios financeiros estavam longe de ser o que muitos imaginavam e se insinuava. Segundo consegui apurar, o movimento sindical noruguês deu pela primeira vez ao PS, em Maio de 1974, após visita a Oslo de Francisco Ramos da Costa, cem mil coroas norueguesas. E demonstrando os seus bons contactos internacionais e capacidade de angariação de fundos, também o PSD da Dinamarca forneceria cinquenta mil coroas enviadas através do Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa.(…)Pelos meus cálculos, com base na pesquisa informal que eu próprio faria posteriormente, deduzi que, em 1974, o PS não recebeu de partidos «irmãos» montantes significativos e nem de longe minimamente comparáveis aos que os serviços de informação americanos afirmavam o PCP estar a receber! Aliás, só o secretário-geral sabia exactamente quanto e de onde recebia o dinheiro, sendo certo que, na prática portuguesa, o controle financeiro dos partidos está intimamente ligado ao controle do próprio partido. Não admira que este tipo de informação permaneça fechado e que as leis da chamada transparência, aprovadas pelos principais partidos políticos, permaneçam ainda hoje tão opacas!


«Corriam rumores entre os exilados de que Mário Soares só não aceitara o convite do director de campanha de Marcello Caetano, Guilherme de Mello e Castro, para integrar as listas da ANP, em 1969, porque pretendia a garantia de um lugar no governo.O fundador da ASP e primeiro líder do movimento, Mário Soares, reconhece para ele próprio a influência do socialismo humanista e cooperativista de António Sérgio e até o pensamento estalinista do seu antigo professor, Álvaro Cunhal. A verdade é que, contrariamente ao que acontecia pelo resto da Europa, e até na vizinha Espanha com o Partido Socialista Operário fundado por Pablo Iglésias, em Portugal, a Acção Socialista, primeiro, e o Partido Socialista, a partir de 1973, para além dos textos de Mário Soares que iriam sendo «oficializados», nada têm que ver com os grandes movimentos socialistas da classe operária do fim do século dezanove.A precursora do Partido Socialista não tinha qualquer passado histórico. Nascera na década de 60 um pouco como quem regista uma patente por iniciativa de um grupo de conspiradores de «operações»,a sua maioria ligados à Maçonaria, e de alguns teóricos influenciados pelo PCP, como foi o caso de Salgado Zenha e do próprio Vitorino Magalhães Godinho.A evolução teórica do movimento, mais de três décadas após a sua constituição, é assim essencialmente caracterizada mais por razões empíricas de conveniência dos seus operacionais do que pelasteses dos seus «ideólogos» ou pelos princípios doutrinários que emanam do socialismo democrático. Esta caracterização, que viria a ficar célebre quando o líder da oposição, Francisco Sá Carneiro, acusou o então primeiro-ministro Mário Soares de «metero socialismo na gaveta» com a finalidade de se manter no poder através de uma coligação com o partido democrata-cristão, CDS, verifica-se frequentemente na prática seguida desde 1964. Seria mesmomotivo de algum desdém por parte dos sociais-democratas norte-europeus que consideravam verdadeiramente ridícula a constante necessidade de demarcação dos socialistas portugueses em relação à social-democracia, a cuja familia queriam pertencerembora afirmassem ser socialistas democratas e nãosociais-democratas. Era um maneirismo influenciado por François Mitterrand,que a Internacional Socialista considerava uma expressão de retórica e pura hipocrisia, com o objectivo de parecerem mais progessistas aos olhos do mundo. Era aliás um sintoma típico do Sul da Europa, que um proeminente político norte-americano, anos mais tarde, comentaria com ironia, em termos semelhantes aos de Sá Carneiro.Mas não obstante a «subtil» distinção e a demarcação progressista dos seusprincipais dirigentes, a verdade é que a adesão dos socialistas portugueses à Internacional Socialista representa o ponto mais alto do movimento no período que antecedeu o 25de Abril de 1974. Na história do PS, a suafiliação internacional sobressai destacadamente da manifesta «probreza» do seu passado. O PS, «sobrevivente apagado dos anos 30, que não resistiu,como organização autónoma, à repressão e clandestinidade, queno final da Segunda Grande Guerra era constituído apenas por um pequenogrupo de abencerragens, sem qualquer influência real no País».


João Soares perdeu a Câmara de Lisboa, entre outras coisas, por chamar fascista e salazarista a Santana Lopes e ao PSD. 8 anos depois, demonstrando que não aprendeu com a derrota, volta à carga e apelida Manuela Ferreira Leite de «a outra senhora», fazendo uma clara analogia com Salazar. Tem sido, de resto, a tónica da campanha do PS: atacar pessoalmente Manuela Ferreira Leite e associá-la à Ditadura. Pode ser que a estratégia lhes corra mal. Ainda por cima, não me parece que o Partido Socialista possa dar grandes lições de democracia seja a quem for. Enquanto Álvaro Cunhal apodrecia na prisão até conseguir fugir para uma vida dura no Leste, e Sá Carneiro (nos últimos dias tão louvado pelo PS) lutava no interior do regime pelas condições dos presos de Caxias, Mário Soares vivia de forma desafogada em apartamentos caríssimos de Paris. Pagos certamente pelo influente banqueiro Manuel Bullosa, um dos maiores empresários portugueses da Ditadura, que o empregara como consultor num dos seus Bancos. Quem tem este passado não pode abrir a boca para falar do PSD ou de qualquer outro Partido.
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«A editora Perspectivas & Realidades, hoje propriedade de João Soares, foi constituída por escritura notarial de 24 de Setembro de 1975, com um capital de 300 contos dividido em partes iguais entre João Soares e Victor Cunha REgo. Era inicialmente co-dirigida por Bernardino Gomes e Ivone Cunha Rego, sendo o seu primeiro lançamento «O Triunfo dos Porcos», de George Orwell. Mas quando este conhecido livro foi publicado, já o PCP estava em declínio e as «P & R» acabariam por se transformar essencialmente, nos anos seguintes, na editora dos livros sem mercado dos principais dirigentes do PS, com destaque para os de Mário Soares. (…)
No seguimento da Conferência de Estocolmo, aumentaram as delegações que vieram a Portugal exprimir o seu apoio ao PS, sendo os apoios financeiros normalmente canalizados através da já referida conta na Holanda. Por vezes, contudo, o dinheiro vinha das maneiras mais improvisadas, tendo eu assistido, em casa de Tito vde Morais, a uma entrega por parte de uma delegação sueca que acabara de chegar e que, de repente, começou a triar maços de notas dos bolsos de cada um dos membros da delegação. Nessa altura ainda Carlos Carvalho era tesoureiro do Partido, mas era assessorado por José Manuel Duarte. A partir de certa altura, Carvalho, que fora fundador do PS em Bad Munstereifel, desapareceria para sempre da cena política, passando essa tarefa para Fernando Barroso, que acabara de chegar de Moçambique, onde vivera durante muitos anos. A partir de então Fernando Barroso ocupar-se-ia desse cargo, assim como da administração financeira das Fundações ligadas ao Partido, até ao IV Congresso em 1981. O secretário-geral tinha entretanto saído do Governo e ao ocupar-se do dia-a-dia do PS, compreendera a importância das finanças, que controlaria rigorosamente através do seu cunhado. Uma das medidas adoptadas nesta área seria a progressiva descapitalização da conta na Holanda, movimentada por José Neves e a abertura de uma conta pelo próprio secretário-geral no Bank fur Gemeinwirtschalf em Frankfurt. Esta conta a que Gunter Grunwald chamaria «contas especial do Mário» só seria encerrada anos mais tarde e, pelo que consegui apurar, movimentaria somas consideráveis. (…)
Naquele período, a resistência ao PCP representava um verdadeiro sorvedouro de dinheiro, que Mário Soares ia mandando entregar por intermédio dos seus colaboradores.

E bem melhor do que a minha memória, os meus registos mostram as seguintes entregas em dinheiro para acções de resistência ao PCP: a 23 de Setembro, 300 contos depositados na conta da Associação António Sérgio e, nesse mesmo dia, 1000 contos entregues a Gustavo Soromenho para o jornal «A Luta». No dia 27 de Setembro, 1000 contos entregues ao cunhado de Mário Soares, José Manuel Duarte. Depois, ao tesoureiro do PS entregaria 1000 contos a 30 de Setembro, 2000 contos a 28 de Outubro e 500 contos a 11 de Novembro. A 20 de Novembro, seriam entregues quinhentos mil escudos mais. No rescaldo do 25 de Novembro, certamente para pagar despesas pendentes, seriam entregues a 1 de Dezembro 1800 contos à Administração Financeira do PS e, a 4 de Dezembro, mais 500 contos ao tesoureiro Carlos Carvalho.
Evidentemente que não conheço a totalidade do conteúdo das caixas de biscoitos, nem os movimentos das contas de Frankfurt e da Holanda, nem, tão-pouco, outras verbas relacionadas com este período, oriundas dos americanos ou as que o ex-presidente Carlos Andres Perez disse ter entregue a Mário Soares. Consegui, contudo, apurar que antes da reunião de EStocolmo Rolf Theorin mandaria transferir para a conta na Holanda mais meio milhão de coroas suecas. Também o PSD da Dinamarca enviaria mais 304 690$00 em Março e 29 734 coroas em Setembro.


O antigo chefe de gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros e secretário-geral do PS, Vítor Cunha Rego, tivera contacto anteriores ao 25 de Abril com o chefe da CIA em Lisboa, John Morgan. Após o assalto ao «República» e quando Carlucci adquirira a certeza de que Soares entrara no «bom caminho», seriam designados Cunha Rego e Bernardino Gomes para veicular os futuros contactos e o apoio da CIA ao PS.
Com o caso «República» ainda fresco e tendo em conta que aquela organização considerava prioritárias as acções na imprensa e em editoras, como o senador Edward Boland de Massachusset apuraria no final dos anos 70, foi decidido combater a predominância do PC nestes sectores. Assim nasceria a editora «Perspectivas Realidades», ao mesmo tempo que era adquirido o edifício onde iria funcionar a CEIG, Cooperativa de Edições e Impressão Gráfica, com a finalidade de imprimir o diário «A luta» em substituição do «República». O contacto americano era um «operacional» das chamadas «covert operations», ou operações clandestinas, da CIA, a que chamarei apenas KC. (…)
Em entrevista à TVI e a Miguel Sousa Tavares na SIC [1994], o Presidente da República [Mário Soares], para além de se colocar no papel de principal líder da resistência à tentativa comunista de 25 de Novembro, adiuantaria que, de facto, «conspirara» com Callaghan e os serviços secretos ingleses, embora negasse qualquer apoio dos norte-americanos. (…) Mas o general Ramalho Eanes, um pouco esquecido pelos media, viria a contestar o paperl de Mário Soasres no 25 de Novembro, afirmando poder «garantir que a versão dos mesmos apresentada pelo Dr. Mário Soares contém algumas inverdades». Chegaria mesmo a acusar o seu sucessor de pretender adulterar a história, de não ter lido os documentos oficiais sobre o 25 de Novembro e de ter tendência para valorizar os seus contactos internacionais. Mas, segundo refere, «a verdade é que os militares trabalharam essencialmente com matéria-prima nacional».


E esta hein? lindo não é? Escrito por quem conhecia o sistema por dentro......
Não preciso de dizer mais nada, termino com um ja se calculava que assim fosse, agora existe a certeza que afinal o era e não se sabe bem tudo......

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Lealdades Dividas: Para que serve uma g3? Deve ser para ser pacifista....

Pois bem, o titulo pode parecer que o autor poderia estar dividido entre "lealdades" de grupos, ou pessoas, mas isso no mundo próprio de quem recusa ceder hoje ou amanha numa questão que não é nada pessoal, mas sim colectiva não se confronta perante as duvidas mas sim as certezas.
O Portugal não se fez hoje, foi um longo processo de construção de História nacional, envolvendo vários processos, enumeras pessoas, com enormes avanços e recuos.
Mas uma coisa é certa, e disso o autor não tem a menor duvida, o período mais luminoso deste País aconteceu durante o período de 1974-1976, pois nem me refiro somente á questão social e cultural, económica e politica, pois esse período foi uma mudança de mentalidades, o inicio de um sonho novo, a tentativa derradeira de colocar Portugal no caminho certo, no rumo que teimava não aparecer, sair do obscurantismo, colocar definitivamente este país e o seu povo na órbita da dignidade, do progresso e do bem-estar.
Para isso enumeras pessoas lutaram, enumeras, não foi um processo que possa ser reclamado por este ou por aquele partido, por este ou aquele grupo, porque quem o realizou de facto foi o povo Portugûes, que determinou que esse seria o seu destino.
O povo determinou que o rumo fosse hoje, escolheu-o sentindo com o coração e com a razão.
Mas isso não implica que a escolha fosse certa, que a escolha fosse de facto a mais digna, porque essa escolha contemplou que um determinado numero de pessoas fizeram de um Estado a sua coutada, o seu terreno, onde a seu prazer e conforme os seus interesses (não os do povo) governam para si próprios e para seus amigos ou Patronos.
Essa escolha foi feita crucialmente não no dia 25 de Abril, não no dia do Golpe Palma Carlos, não no dia 28 de Setembro, não no dia 11 de Março, MAS NO DIA 25 DE NOVEMBRO.
Esse dia terrível e nefasto, em que puseram os progressistas na prateleira, e que marca definitivamente o dia em que o grande capital lentamente começa a chegar ao poder, destruindo as conquistas do PREC (ainda hoje sendo destruídas e discutidas em orçamento de estado).
Mas este artigo quer atingir alguém, alguém que á dias escreveu (Grande homem Salgueiro Maia, grande pacifista, liderou uma revolução)
Não vou me "cansar" a ensinar o "A,B,C,", mas para aqueles "comunistas" que apenas o dizem ser, porque de comunistas apenas têm a "ilusão de o serem" nunca o foram, nunca o serão, sendo que vou mais longe ainda, se algum dia o forem....... o P.C.P era um partido Capitalista, inimigo das classes trabalhadoras.
Mas alguém se diz Comunista, proferindo tamanha sentença por alguém como Salgueiro Maia?
Alguém em seu perfeito juízo haveria de homenagear alguém contra os seus "ditos sonhos e aspirações de um Portugal e seu povo melhores"?
Mas o que eu "amo" mais é como pode alguém dizer que ama o seu povo, gozando-o desta forma?
Chamo a isto demência! demência! demência! demência absoluta de quem apregoa aos sete ventos "socialismo" mas lutando com todos os dentes pelo capitalismo!
Aos senhores que se dizem "comunistas" votando em vários partidos, até em pseudo partidos da terra (ecologistas do psd) daqueles que amam o ambiente, queimando a camada de ozono diariamente, ou então a favor de aterros, devo dizer que votar no ps ou no psd conforme seus interesses pessoais, é de facto "comunismo exacerbado", mas la esta "demencial", pois quem é apologista de Salgueiros Maias, não lhe resta outra solução, que não seja a de se converter em utente da casa de saúde mais próxima do local da sua residência.
Mais ainda um comunista não se deixa impressionar por causas "ensinadas por papás riquinhos, admiradores do socialismo Etarra sem o saber", gudariaks????? Guerreiros? Obviamente que sim... Claramente que sim? Pergunto-me contudo, se realmente ficais impressionado com a causa Basca, quando esta se tornou apelativa? Lembrarme-ei que foi na "suite suvenir" de alguém que manifestamente é favorável á causa "tua recentemente adoptada de bloquismo", pois o deve ser de facto visto que afinal os gostos servem para todos os "dementes", afirmando que uma revolução se faz num estádio de futebol......
Mas sera que foi ai que morreu Carrera Blanco? Gudariak? Guerreiros como tu, foram apelidados mullah omar dos taliban, fomentados por Washington!
Ninguém quer socialistas de "mercados e de vaidades escondidas" ou por vontades circunstâncias.
Por existem aqueles que á 34 anos eram comunistas, continuam a ser.... NÃO VOTAM POR QUESTÕES PESSOAIS, POR INTERESSES, POR MOMENTOS, POR IRREVERÊNCIAS, POR ATITUDES, POR CONVENIÊNCIAS!!!! NÃO ORA HOJE PS, ORA AMANHA PSD, ORA ISTO, ORA AQUILO!
Conheço enumeras que votaram, votam, irão morrer a votar, não vivem de interesses.
Que adianta ter votado á 34 anos, e agora votar rosinha, ou laranjinha? Adianta para a sua carteira, não adianta para o povo.

Mas mais não digo, pois não vou perder tempo com "supostos amigos" que para mim estão enterrados e bem enterrados!!!!!! Com amigos destes, ninguém precisa de inimigos, mas também nunca te chamei camarada, pois camarada se chama a quem o merece, não se chama a quem se "quer insinuar"
Eis uma lição de Jornalismo para os "comunistas do partidinho da "terriola" parola e sobranceira!

Álvaro Cunhal, afinal apareces no facebook! Deves ter adorado essa Homenagem, junto daquele que tudo fez para destruir em que acreditavas! Perdoa-me se fui me fraco e tive ilusões.....

Agora leiam :Arquivo: Edição de 23-04-2008SociedadeJosé Niza conta que havia no local um equipamento de transmissões do Exército “Salgueiro Maia quis entregar cento e cinquenta G3 na sede do PS de Santarém”
Na véspera do 25 de Novembro de 1975, numa altura de grande instabilidade e com o Exército dividido, Salgueiro Maia disponibilizou-se para entregar armas no PS de Santarém. A história é contada pelo ex-dirigente socialista, José Niza.

Na véspera das operações militares de 25 de Novembro de 1975, o capitão Salgueiro Maia disponibilizou-se para entregar 150 espingardas G3 na sede do Partido Socialista de Santarém. As armas não chegaram às mãos dos civis porque o então dirigente do partido, José Niza, se recusou recebê-las. “ Ele quis-me despejar, lá na sede do PS, 150 G3 e eu não quis. Disse-lhe: Ó Salgueiro Maia, desculpe lá. O único tipo que sabe mexer nas G3 sou eu que estive em Angola. E não vejo aqui nenhum inimigo à vista. Portanto não me ponha cá essa coisa”, conta o conhecido médico, compositor e ex-deputado.
O ambiente que se vivia em Portugal era de grande instabilidade. Nas forças armadas havia várias facções. Os chamados gonçalvistas, afectos ao ex-primeiro-ministro Vasco Gonçalves, a corrente revolucionária, conotada com Otelo Saraiva de Carvalho, e o Grupo dos Nove, liderado por militares considerados moderados, entre os quais Melo Antunes e Vasco Lourenço. Na lista de unidades militares afectas ao Grupo dos Nove estava a Escola Prática de Cavalaria de Santarém de onde tinha partido a coluna militar que cercara o Quartel do Carmo no 25 de Abril. José Niza afirma que nunca participou em nenhuma reunião com militares mas confirma contactos com os moderados. “Não houve reuniões formais. Havia uns telefonemas. Havia contactos directos e indirectos”.
O ex-dirigente do PS confessa que só mais tarde percebeu para quem eram as G3 que ele recusara. “O Rodolfo Crespo (fundador do PS e seu dirigente nacional) telefonou-me a dizer que iriam aparecer lá na sede uns 150 tipos. Ex-comandos de Rio Maior, Torres Vedras, etc... Eu ouvi aquilo e pensei que ele estivesse a brincar. Que fosse uma invenção qualquer. Que alguém lhe tinha contado essa história. Na verdade não era. Nessa noite entre as duas e as três da manhã, eles começaram a aparecer”. Os indivíduos estiveram até ao nascer do dia. “Isto foi uns dias antes do 25 de Novembro. Foram embora porque já estavam fartos e não tinha acontecido nada”.
Para além do episódio das espingardas G3, José Niza conta que a sede do PS em Santarém era usada como ponto de apoio do Grupo dos Nove. “Tivemos lá montado um sistema de comunicações da tropa. Do exército. Alguém foi lá montá-lo porque não tinham confiança nas comunicações da Escola Prática. Aquilo era um sistema paralelo. Uma alternativa. Não sei se o chegaram a usar ou não”.
Salgueiro Maia não comandou apenas a coluna militar do 25 de Abril. No dia 25 de Novembro saiu com outra coluna militar em direcção a Lisboa. O objectivo era neutralizar o Regimento de Artilharia de Lisboa, o conhecido RALIS, quartel afecto à facção revolucionária das Forças Armadas. No livro “Abril nos Quartéis de Novembro” os autores, jornalistas Avelino Rodrigues, Cesário Borga e Mário Cardoso, alvitram que Salgueiro Maia teria um “pacto de sangue” com o comandante daquela unidade militar, o capitão Dinis de Almeida, segundo o qual não se atacariam mutuamente.
E escrevem que por causa disso a coluna de Santarém só chegou quando estava tudo resolvido. “No dia 26 (de Novembro de 1975) à tarde, entra em Lisboa uma força da Escola Prática de Cavalaria (…). Surpreendentemente, as tropas do capitão Maia, que em 25 de Abril de 1974 tinham demorado pouco mais de duas horas a chegar a Lisboa, levaram quase vinte e quatro horas a atingir a capital”.
José Niza diz que estava à porta do RALIS com Jaime Gama, Sotto Mayor Cardia e António Reis na altura em que a coluna de Santarém ali chegou. E que assistiu à saída dos soldados que foram desmobilizados. “Alguns vinham a chorar”. Sobre Salgueiro Maia, que só conheceu depois do 25 de Abril e que morava perto da sua casa em Santarém, diz: “Era muito determinado mas demasiado radical. Não era de meias tintas quando achava que tinha razão”. Mas elogia-lhe a coragem e a dignidade. “Foi muito injustiçado. Não se pode aceitar que uma pessoa daquelas, depois daquilo que fez, tivesse sido colocada, por exemplo, a comandar o Presídio Militar. Ou que o tivessem mandado para os Açores. Trataram-no muito mal. Mas ele nunca se lamentou. Foi uma pena ter morrido tão cedo”.


Tenho orgulho e vaidade em ter de facto defeitos mas até nisso não vivo á pendura como tu, porque se os tenho, afinal pago por eles, não vivo da sombra da Chulice, do interesse, da aparência, porque afinal eu é que pago, tu vivias á sombra do que eu paguei e outros pagavam.
E sim, apoiei o cangalheiro, mas lembra-te para se apoiar alguém no pcp tem que se ser militante, têm que se pagar quotas, e respeitar fielmente os estatutos, mas termino com a democracia é feita de maiorias, e eu minoria, sujeitei-me a esta, mas uma verdade é que o cangalheiro la não esta, mas conheço quem foi adversário do cangalheiro, e rodou em pouco tempo para "outros tachinhos", pois mesmo o cangalheiro seja uma "merda" o cangalheiro não se vendeu por pouco....... por uns Eurinhos......
Orgulhosamente Comunista!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!