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domingo, 19 de setembro de 2010

Cuba rien que pour faire bonne mesure ?


Pois bem, eis que a revolução da minha geração visto que não tinha compreensão dos factos e do alcance que representou a queda do socialismo do centro e leste da Europa, chega a uma situação preocupante. Sempre achei e torno assim a minha opinião que sou convicto das reformas em qualquer sociedade, reformas estas que conduzam a melhorias substantivas e qualitativas da melhoria de cada sociedade, isto é o socialismo em acção, não reformas que o ponham em causa.
É certo que sempre achei no caso de Cuba, que as medidas severas e restritivas impostas pelos E.U.A. que sacrificavam o regime socialista Cubano, e fundamentalmente o povo Cubano, punindo severamente um povo que quis escolher o seu destino, o seu modo de vida, e alcançando os resultados magníficos reconhecidos por todos nas áreas da saúde e da educação, sectores na minha opinião fundamentais e vitais para o desenvolvimento de um povo, eram bandeiras pelas quais valeria e vale sempre lutar.
A notícia da saída de 500 mil trabalhadores da função pública cubana são más. Não porque essa gente vai ficar desempregada, serão todos transferidos do sector público para o privado, mas porque o papel dos sindicatos reduz-se a dizer amém ao partido e ao Estado.
Qualquer sindicato devia primeiro consultar esses trabalhadores e defender os seus interesses, em vez de funcionar como uma repartição do Estado.
Temos que assumir que condenaríamos isso se isso fosse efectuado em Portugal, eu iria considerar inaceitável isso.
A independência dos sindicatos esta claramente posta de parte.
O presidente Cubano Raul Castro anunciou um novo modelo económico para Cuba, o qual vai passar por uma série de reformas. As primeiras medidas passam por uma reestruturação imediata a nível de emprego, eliminando mais de meio milhão de empregos públicos e estimulando a abertura de empresas privadas. Aguardo mais pormenores sobre estas reformas.
Espero que estas reformas não sejam as "reformas" á "Gorbi", pois espero que as conquistas da revolução Cubana se reforcem, não que se percam com "reformas", sim, todo os países devem reexaminar as suas fraquezas, as suas debilidades, mas devem igualmente mostrar ser capazes de as resolver e não se declararem "vencidos" pelas dificuldades.
Ao menos em esta questão estou convicto, o socialismo renova e mostra sempre as suas potencialidades.
Por isso aguardo com serenidade e novos dados para o desfecho destas "reformas".
Deixo a pergunta... Cuba rien que pour faire bonne mesure ?

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