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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Continuam os crimes destes Fascistas




Pois bem, neste dia em que o Estado de Israel, realizou mais um massacre, mais uma violação do Direito Internacional, o exército de Israel realizou mais um acto cobarde e logicamente criminoso contra a Humanidade.
Nada de novo, para mim jovem que desde a minha tenra idade se habituou a ver estes actos terriveis, com a dita "Comunidade Internacional" a "condenar" falsamente estes actos de terrorismo de Estado, falsamente, porque Israel é o cão de guarda avançado dos E.U.A. no médio oriente, e porque a União Europeia, joga na mesma moeda com esta situação.
Escrevo mais este artigo, porque como é comum nestas situações, existem pessoas que teimam em defender Israel, e teimam em falsear a História, uns por manifesta ignorância, outros por manifesta má-fé, querendo impor o branqueamento e falsidade Histórica, num claro apoio ao sionismo criminoso.
Para quem não sabe fica aqui apenas alguns exemplos de terrorismo, de quem o iniciou, pois parece-me a mim, que se realmente o terrorismo brutou no povo palestiniano,eles aprenderam com alguém, deixo aqui uns breves exemplos:

ORIGENS DO TERRORISMO NO MÉDIO ORIENTE

Quem começou o terrorismo no conflito árabe-israelense?
Bombas em cafés: utilizadas pelos sionistas pela primeira vez na Palestina em 17/Março/1937, em Jaffa.
Bombas em autocarros: utilizadas primeiro pelos sionistas em 20/Agosto e 26/Setembro/1937.
Bombas em mercados: utilizadas primeiro pelos sionistas em 06/Julho/1938, em Haifa.
Bombas em hotéis: utilizadas primeiro pelos sionistas em 22/Julho/1946, em Jerusalém.
Bombas em embaixadas estrangeiras: utilizadas primeiro pelos sionistas em 01/Outubro/1946, em Roma (contra britânicos).
Minagem de ambulâncias: utilizadas primeiro pelos sionistas em 31/Outubro/1946, em Petah Tikvah.
Cartas bomba: utilizadas primeiro pelos sionistas em Junho/1947 contra alvos britânicos no Reino Unido. (1)
No entanto,para além dos crimes e crimes que já todos conhecem, ficam aqui alguns menos falados destes assassinos monstruosos, onde por exemplo se cita aqui o ex-chefe forense do Instituto de Israel, Abu Kabir, tem admitido a prática macabra segundo noticiado pelo The New Zealand Herald. Patologistas forenses de Abu Kabir colhem órgãos em cadáveres, principalmente de palestinos, sem o consentimento de suas famílias.
A HRW (Human rights watch) recolheu mais de 20 resíduos de bombas de fósforo branco de 155 milímetros - todas produzidas nos Estados Unidos - em ruas residenciais, telhados de casas, uma escola da ONU, um hospital, um mercado e outras instalações civis. A organização acusa Israel de não ter se limitado a utilizar o fósforo branco em áreas abertas para criar cortinas de fumaça para as tropas no terreno, como permite o direito da guerra, mas de ter usado o elemento repetidamente em locais densamente povoados, causando sofrimento e mortes desnecessárias entre a população civil. Em contato com a pele, a substância provoca profundas queimaduras e pode causar danos irreparáveis a fígado, rins e coração que levam à morte isto em 2009.
Além de munições com urânio empobrecido e armas de fósforo, proibidas pelas Convenções de Genebra, revela-se agora que o exército israelense utilizou um novo tipo de armamento em áreas civis densamente povoadas: "flechettes".
Trata-se de dardos de metal com 4 cm de comprimento com quatro aletas atrás. São acondicionadas 5000 a 8000 "flechettes" em cada bomba de 120mm, as quais costumam ser disparadas por tanques. A bomba explode no ar e dispersa as "flechettes" numa área de aproximadamente 300m por 100m.
A notícia está em Uruknet...


Para terminar com a moralidade aqui fica como estes senhores se tornaram bem piores que a Alemanha Nazi, em Abril de 1943 os judeus do Gueto de Varsóvia foram massacrados pela máquina militar do III Reich nazi. Em Dezembro de 2008 os palestinos do Gueto de Gaza são massacrados pela máquina militar do IV Reich nazi-sionista. Ambos os povos exerceram o seu direito inalienável à revolta contra a opressão.
É hipócrita e cínica a atitude do governo português a recomendar que cessem os ataques de ambos os lados. Com essa argumentação pretende-se comparar a resistência digna do povo palestino e a acção criminosa do invasor sionista que massacra a população civil e destrói a infraestrutura de Gaza, depois de sustentar durante meses um bloqueio total contra o seu povo.
Este genocídio só é possível porque o lobby judeu mundial concede-lhe o combustível necessário, porque os EUA dá cobertura política, económica e bélica ao agressor, porque a União Europeia lhe deu um sinal verde e porque grande parte da população israelense dá apoio à limpeza étnica promovida pelo governo nazi-sionista.
Só o levantamento generalizado no mundo árabe e a solidariedade internacional, com todo tipo de protestos por toda a parte, poderá deter essa acção criminosa. Neste momento é importante reiterar a solidariedade com o governo legítimo do Hamas e repudiar a posição cúmplice do actual presidente da Autoridade Nacional Palestina, sr. Mahmud Abbas. Este, apesar da carnificina em curso, optou por acusar o Hamas pelo que está a acontecer e de forma submissa procura negociar com os assassinos do seu povo.
DA RESPONSABILIDADE COLECTIVA DE UM POVO
As novas atrocidades cometidas pelo estado judeu colocam questões candentes. O bombardeamento indiscriminado da população de Gaza pelos caças F-16 da entidade sionista até agora já provocou quase 300 mortos e 900 feridos. Isto vem na sequência de um sitiamento prolongado, em que se priva aquela população de alimentos, combustíveis e medicamentos. A palavra genocídio tem razão de ser. Ele está a ser efectuado desde há anos. É um genocídio em câmara lenta. A cumplicidade/passividade da União Europeia e dos governos de muitos países árabes (a começar pelo do Egipto) é notória. Mas acima de tudo é notória a conivência de grande parte dos cidadãos de Israel.
Na década de 1930 o cidadão médio da Alemanha podia alegar desconhecimento dos crimes perpetrados pelo nazismo. O aparelho de propaganda hitleriano jamais mencionava o holocausto em curso. A existência dos campos de concentração e dos fornos crematórios era cuidadosamente escondida. Os media da Alemanha nazi nunca mencionavam a existência de tais infâmias.
E o que se passa hoje em Israel? Os crimes do estado sionista são bem conhecidos. A realidade do apartheid é evidente para todos, basta olhar as muralhas que esquartejam a Palestina. Os assassinatos das sinistras polícias políticas de Israel são (em parte) divulgados nos media. As 100 toneladas de bombas já despejadas sobre a população indefesa de Gaza são anunciadas nos jornais israelenses. As perseguições ao espoliado povo palestino (10 mil palestinos presos) são notórias. Por isso – ao contrário do povo alemão dos anos 30-40 – o povo de Israel não pode alegar ignorância. Assim, exceptuando as forças democráticas e progressistas (como o PCI, o Hadash e algumas personalidades dignas) deve-se colocar o problema da responsabilidade colectiva dos cidadãos israelenses que permanecem passivos ou dão apoio (inclusive com o seu voto) a um governo que comete tais atrocidades
Chega meus senhores. Basta disto.


(1)-Para documentação, consulte-se The Arab Women's Information Committee e The Institute for Palestine Studies, Who Are the Terrorists? Aspects of Zionist and Israeli Terrorism, (Beirut: Institute for Palestine Studies, 1972).

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Poema Para Adriano Correia de Oliveira ( De Rui Namorado)




a boémia bebida gota a gota com raiva
a boémia sorvida alegria tão breve
era então que nos ríamos do que havia de ser

uma casa cercando o bolor destes anos
o emprego roendo gota a gota levando
o que resta no fundo dessa larga memória

era então que aventura
era estar devagar nessa curva do tempo
onde a areia mais leve se perdia entre os dedos
dia a dia fugindo ansiosa e suave

era então que nos ríamos devagar sem saber
desta náusea futura que ainda havia de ser

Na secreta raiz de algum poema
tu nasceste por dentro das palavras.

Cantar era para ti uma viagem.
Sentias a revolta, nervo a nervo,
como um pássaro ferido.

Neste tempo rasteiro e abafado,
guardavas o veneno precioso.

Ias para longe de mais e o tempo passa:
os milhafres do nojo prosseguiam,
rasgando a carne pura do teu sonho.

Matavas o silêncio.
Mas na sombra do tempo houve uma pausa,
um outono mais rápido,
um inverno mais súbito.
E as pétalas da noite desabaram,
corroendo o teu nome de grinaldas perdidas

Rui Namorado

terça-feira, 18 de maio de 2010

Ao Amor que nutro pelo Porto e pelo rio Douro




PORT WINE

O Douro é um rio de vinho
que tem a foz em Liverpool e em Londres
e em Nova-York e no Rio e em Buenos Aires:
quando chega ao mar vai nos navios,
cria seus lodos em garrafeiras velhas,
desemboca nos clubes e nos bars.

O Douro é um rio de barcos
onde remam os barqueiros suas desgraças,
primeiro se afundam em terra as suas vidas
que no rio se afundam as barcaças.

Nas sobremesas finas, as garrafas
assemelham cristais cheios de rubis,
em Cape-Town, em Sidney, em Paris,
tem um sabor generoso e fino
o sangue que dos cais exportamos em barris.

As margens do Douro são penedos
fecundados de sangue e amarguras
onde cava o meu povo as vinhas
como quem abre as próprias sepulturas:
nos entrepostos dos cais, em armazéns,
comerciantes trocam por esterlino
o vinho que é o sangue dos seus corpos,
moeda pobre que são os seus destinos.

Em Londres os lords e em Paris os snobs,
no Cabo e no Rio os fazendeiros ricos
acham no Porto um sabor divino,
mas a nós só nos sabe, só nos sabe,
à tristeza infinita de um destino.

O rio Douro é um rio de sangue,
por onde o sangue do meu povo corre.
Meu povo, liberta-te, liberta-te!,
Liberta-te, meu povo! – ou morre.



Joaquim Namorado, in A Poesia Necessária

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Alta traição





Este titulo queria dedicar profundamente a duas categorias diferentes de pessoas, as primeiras obviamente ignorantes e lamentavelmente porque teimam em ser ignorantes, no caso de ter que citar o Severo "casos graves e sérios de anti-comunismo psiquiátrico", outros a quem pelos vistos ser visto como alguém, que realmente defende o socialismo real e autentico, não pode ser comparado, aos que acham votar no partido socialista "é liberdade, é rosas, é não ser extremista"... Pobres coitados esses, que estão na cartilha do Passos Coelho, todos iguais, todos defensores do mesmo, a politica ao serviço da alta finança, seja ela qual for, a nacional ou a internacional.
Pois bem, este titulo, não o escolhi o tema por acaso, não acredito nessa filosofia do acaso, pois neste país, fétido e que teima em se esconder como dizia Eça, os problemas são sempre constantes, alguns por muito que pareça incompreensível aos olhos dos leitores, são problemas que se arrastam á séculos, com questões quer de origem económica, como de mentalidades, como questões de dependência estrangeira, falta de soberania nacional acima de tudo, claro que para quem não teve lições de História, ou para quem não se interesse pelo nosso país, corre o sério risco, de continuar a afundar mais este triste país, decrépito e comparável a um mausoléu bafiento.
Espanhois, Ingleses, Franceses, Holandeses, outrora, hoje Espanhois, Franceses, Ingleses, mas sobretudo Alemães devido ao controlo da moeda Euro, sujeitam Portugal aos seus interesses, ás medidas leoninas deste P.E.C.que as passo a enumerar:

CORTE NO INVESTIMENTO PÚBLICO: o peso do investimento público no PIB vai cair de 4,2% em 2009 para 2,9% em 2013.

SALÁRIOS CONGELADOS: os funcionários públicos vão ter aumentos salariais abaixo da inflação até 2013.

APOIOS À ECONOMIA: algumas das medidas anti-crise, como o alargamento do subsídio de desemprego e o subsídio de contratação de jovens, vão ser retiradas já em 2011.

TECTO MÁXIMO PARA BENEFÍCIOS FISCAIS E DEDUÇÕES: os contribuintes vão passar a ter um tecto máximo para os montantes dos benefícios e deduções fiscais de que poderão beneficiar.
CORTE NAS PRESTAÇÕES SOCIAIS: o Governo vai cortar em 0,5% os gastos com prestações sociais até 2013.


RECEITA
NOVO ESCALÃO DE IRS: o Governo cria um novo escalão de IRS de 45% para quem tenha rendimentos anuais superiores a 150 mil euros. A nova taxa será temporária e vai durar até 2013. Estas medidas incidem já sobre os rendimentos obtidos em 2010.

PRIVATIZAÇÕES: Esta será a principal via para reduzir a dívida pública. O Governo prevê um encaixe de 6 mil milhões de euros de receitas.

Traduzem evidentemente mais sacrifícios aos do costume, mais miséria, mais estagnação, mais pobreza, menos desenvolvimento, mais dependência externa, maior submissãos aos interesses do Eixo Berlim-Paris.
Contudo não vou criticar nem Sócrates, nem Passos Coelho, Nem tão poucos os elogios de "Estado do Mário Soares", quando estes senhores, no fundo, bem lá no fundo, apesar dos problemas e dos males que trouxeram e continuam a trazer ao nosso povo, são "filhos do mesma besta" desde D. Leonor e o Conde de Andeiro seu marido, passando Os Governadores do Reino, tal como Judas, estavam vendidos a Filipe II, que pagara sete mil ducados a cada em 1580, passando em 1807 o clero, a nobreza, juizes, oficiais do exercito, alto funcionalismo público e a incipiente burguesia que não foi para o Brasil, adoptam uma atitude colaboracionista com os invasores restando apenas a Junot, afim de evitar qualquer insurreição armada, desmantelar o exército português, assim com as estruturas administrativas, ao Rei D. Carlos em 1890 no ultimato Inglês e o mapa cor-de-rosa, aos traidores Salazar e a cedência territorial dos Açores, ao Mário Soares e a sua cartilha sucessora e a submissão a Americanos, Franceses e Alemães.
Assim continua este país, feito de traições ao povo e á pátria.
Mas como a História nos ensina, como a resistência não acaba, havemos de colocar novamente um ponto final nisto.
Pois uma crise que vai demorar décadas a pagar, não pode ser suportada pelo povo que não têm culpa.
Em Ironia e em tragico-comédia histórica termino com um: Luís XVI por bem menos do que isto parou na guilhotina.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

A grande Vitória da U.R.S.S.




Começo com uma boa verdade, não sou imparcial, como disse alguém em uma entrevista ao jornalista do J.N. de uma forma jocosa "Quero que a imparcialidade se foda",no entanto não confundir imparcialidade, com independência e rigor históricos, isto porque como estamos habituados a ter péssimos professores de História e ainda piores conselhos científicos de História neste país, a necessidade imperiosa de quebrar o preconceito de algumas pessoas, o direito a escrever a verdade Histórica e a objectiva, com instrumentos de rigor e não de manipulação como assistimos nos mais variados quadrantes da sociedade, desde o sistema de ensino, passando pelos meios de comunicação social,através das mais variadas formas, torna possível não tirar as devidas lições da história, seus ensinamentos, suas experiências mais valiosas e mais negativas, isto até porque este artigo mesmo sendo dedicado ao país que ficou consagrado na história com União das Republicas Socialistas Soviéticas, aproveito para dizer o que ultimamente e felizmente sectores ligados á história militar, civil e quadrantes politicamente esclarecidos, que o branqueamento do fascismo Português é uma realidade, embora isso como tenha dito Álvaro Cunhal não seja um processo novo, e englobando uma ofensiva clara e um ajuste de contas com a história deste país.
Contudo é salutar e de extrema importância as pessoas terem um mínimo de contexto histórico sobre a segunda guerra mundial, tenho a mais profunda convicção que não existe um conhecimento alongado sobre as razões que levaram a que o Nazismo tivesse realizado a sua guerra imperialista, imperialista igualmente como a França Colonialista e Inglaterra Colonialista, assim como os imperialistas que supostamente venceram a segunda guerra mundial, isto claro para quem quer continuar cego, é uma boa tese, contudo antes de nós chegarmos, aproveito para dizer que os capitalistas americanos apoiaram o nazismo Alemão, foram cruciais, citando o jornalista americano Edwin Black. O lançamento mundial de seu livro IBM e o Holocausto acirrou as discussões em torno do holocausto anti-semita perpetrado pelos alemães. Segundo o autor, graças à tecnologia da Dehomag, a subsidiária da IBM na Alemanha, os nazistas puderam mais facilmente localizar, identificar e assassinar os judeus. "Quem acreditar que de algum modo o holocausto não teria ocorrido sem a IBM está redondamente enganado", escreve Black. "Mas há razões para examinar os fantásticos números atingidos por Hitler na matança de tantos milhões de seres humanos com tanta rapidez e analisar o papel crucial da automação e da tecnologia no genocídio Segundo Black, para que a máquina de morte engendrada por Hitler funcionasse, era preciso primeiro catalogar suas vítimas, tarefa nada fácil. Afinal, para começar, havia enorme quantidade de judeus e era preciso primeiro identificá-los e registrá-los em listas. Aí teria entrado a IBM. A poderosa corporação não dispunha ainda dos PCs que ajudaram a promover sua expansão, mas dominava uma tecnologia adequada para a tarefa: as máquinas Holleriths de cartões perfurados. Black tenta provar que os equipamentos desenvolvidos para uso no censo americano foram instrumentais na tarefa de dizimar o povo judeu empreendida pelos nazistas.

Precursora dos computadores modernos, a tecnologia consistia na perfuração de cartões em pontos específicos que serviam para a identificação das características de um determinado indivíduo. Com colunas e linhas numeradas, havia centenas de combinações possíveis. As colunas relacionavam diferentes categorias e as linhas tratavam de particularizar o indivíduo. As colunas 3 e 4, por exemplo, enumeravam dezasseis categorias de cidadãos. O furo na linha 3 identificava o homossexual. A linha 12 indicava um cigano e a linha 8 identificava os judeus.

Quando se passou da perseguição ao extermínio, as máquinas da IBM continuaram fazendo seu trabalho. Algumas delas, segundo o autor, instaladas em campos de concentração. Mesmo durante a guerra, ocasião em que empresas americanas ficaram proibidas de negociar com a Alemanha, a IBM usou suas subsidiárias europeias, principalmente a suíça e a alemã Dehomag, para continuar facturando alto com as demandas nazistas, sustenta Edwin Black. O fundador da IBM, Thomas J. Watson, acabou sendo condecorado por Hitler em 1937 pelos serviços prestados. Em 1940, pressionado, Watson, que não escondia sua simpatia pelo líder nazista, devolveu a comenda.

Isto é o que descreve Edwin Black. Os que examinaram o livro com experiência no tema acham que sua descrição força demais nas cores e nos fatos. "É ridículo imaginar que o holocausto ocorreu graças à IBM. A maioria dos planos e sua execução foram desenhados a mão mesmo, com lápis e papel", rebate Efraim Zuroff, diretor do Simon Wiesenthal Center, de Israel, um dos maiores centros de estudo do holocausto no mundo. "Não há novidade nessas revelações. Acho que estão fazendo uma tempestade m copo d’água para vender livro", diz Zuroff. Um dos mais controversos estudiosos do assunto, o historiador americano Norman Finkelstein, lembrou imediatamente do argumento de seu livro The Holocaust Industry (A Indústria do Holocausto), lançado no ano passado, no qual condena as tentativas de responsabilização de empresas e governos pelo genocídio com o propósito de auferir vantagens. Ele se recusou a comentar as acusações à IBM, por não ter lido o livro de Black, mas disse que o lançamento da semana passada pode estar incluído na categoria caça-níquel.

Especialista em temas relacionados ao holocausto, a geógrafa Solange Terezinha Guimarães, da Universidade Estadual Paulista, lembra que não foram apenas a IBM e suas subsidiárias que colaboraram com o regime de Adolf Hitler. "Se vamos falar de responsabilidades, temos de citar outras empresas, como a IG-Farben, que deu origem à Basf e foi a principal fornecedora do gás usado nas câmaras dos campos de concentração", diz. A IG-Farben era o principal conglomerado industrial da Alemanha nazista e, com o fim do conflito, teve vários de seus executivos condenados por crimes de guerra pelo Tribunal de Nuremberg, que julgou as atrocidades cometidas no período. A empresa se dividiu em companhias menores, hoje tão famosas quanto a IBM, como é o caso de Basf, Hoescht e Bayer.
A farta documentação que o sustenta não livra o trabalho de Edwin Black de um equívoco fatal: a falta de perspectiva histórica. Black avalia principalmente acontecimentos ocorridos entre 1933 e 1939, época da ascensão do nazismo na Europa, com a visão actual do fenómeno. Diferentemente da percepção que se tem hoje do nazismo, uma ideologia contrária à própria humanidade, o conceito que se tinha na época não era tão nítido nem tão clara a informação sobre seus actos. Hitler era chefe de um governo legítimo e democraticamente eleito, que estava promovendo a recuperação económica da Alemanha e suscitava simpatias mesmo nos Estados Unidos e na Europa democrática. As atrocidades do nazismo contra os judeus, que já estavam ocorrendo, não eram amplamente conhecidas e, de certa forma, batiam com o largamente disseminado anti-semitismo que grassava em toda a Europa, da Rússia até a França. Assim, muita gente acima de qualquer suspeita acabou aderindo ao fascínio do führer alemão.
Henry Ford, fundador da maior fabricante de carros dos Estados Unidos, nunca escondeu sua admiração por Hitler. A simpatia era correspondida e Hitler cita o nome do empresário americano em Mein Kampf, livro autobiográfico do líder nazista. A exemplo de Watson, Ford também foi condecorado por Hitler em 1938. As boas relações com os nazistas renderam à Ford alemã uma encomenda de 100.000 caminhões para o Exército alemão em 1942. A imagem romântica e combativa da resistência francesa também não corresponde à realidade. Até meados de 1941, os nazistas foram muitos bem tratados na França ocupada. Paris fez uma festa com a dinheirama dos soldados e oficiais nazistas. Pelas salas suntuosas do Hotel Ritz, onde morava, a famosa estilista Coco Chanel exibia seu amante, um oficial nazista atlético, jogador de ténis, bom bebedor de champanhe. Depois da guerra, Chanel tentou minimizar o caso. "Na minha idade, quando um homem quer dormir com você, não dá para pedir seu passaporte", disse. Documentos revelados na França, em 1999, mostram seu envolvimento político com oficiais alemães. Chanel teria inclusive sido incumbida pelo alto comando da Wehrmacht, o Exército nazista, de sondar o primeiro-ministro inglês, Winston Churchill, sobre a possibilidade de a Inglaterra assinar um acordo de paz em separado com a Alemanha. Colaboração mais direta teve Ferdinand Porsche, um dos mais talentosos designers de automóveis da época. A admiração de Hitler por Ford levou-o à idéia de produzir na Alemanha um carro popular. Encarregado da tarefa, Porsche inventou o Volkswagen ("carro do povo") em 1935. Com o início da guerra, passou a desenhar tanques para o Exército alemão.
Com o lusco-fusco ideológico que caracterizou a época, fica difícil traçar a fronteira entre o colaboracionismo explícito com o regime nazista e a prestação de serviço a um cliente. Essa confusão atingiu seu grau mais dramático na França ocupada pelos nazistas em 1940. Ao dominar o país, os alemães instalaram um governo na cidade de Vichy, de onde o país seria governado pelos próprios franceses mas a serviço do führer. Coube ao marechal Henri-Philippe Pétain o serviço sujo. Mas ele não estava sozinho. A França de Vichy só sobreviveu graças ao anti-semitismo latente entre os franceses, que aumentou ainda mais após a ocupação. A febre do colaboracionismo acabou levando Louis Renault a colocar suas fábricas de automóvel a serviço do adversário. Ao contrário de Ford e Porsche, Renault foi preso em 1944. Acusado de traição, morreu na cadeia no mesmo ano.
O papel chave na definição da estratégia do Ocidente no pós-guerra foi desempenhado pelas principais instituições financeiras da Grã-Bretanha e dos EUA – o Banco da Inglaterra e o Federal Reserve System – e as organizações financeiras e industriais que estavam estreitamente com elas relacionadas. Elas procuraram controle absoluto sobre o sistema financeiro alemão a fim de dominar a política central europeia. As fases da implementação da estratégia foram:



1919-1924 – Criação das condições para influxos financeiros estado-unidenses maciços na economia alemã.


1924-1929 – Estabelecimento de controle sobre o sistema financeiro alemão e o apoio financeiro ao movimento nacional socialista.


1929-1933 – Período em que foi provocada uma profunda crise económica na Alemanha e aos nazis foi dada a oportunidade de tomarem o poder.


1933-1939 – A cooperação financeira com o regime nazi e o apoio à sua política internacional expansionista, o que significava preparar e desencadear a nova Guerra Mundial.
Durante a primeira fase, a expansão financeira dos EUA sobre a Europa foi tornada possível principalmente pelo endividamento do tempo da guerra e o problema estreitamente relacionado das reparações alemãs. Além de formalmente ficarem envolvidos na I Guerra Mundial, os EUA proporcionaram US$8,8 mil milhões em empréstimos aos seus aliados. A maior parte do dinheiro foi para a Grã-Bretanha e a França. Quando no endividamento geral do tempo da guerra se incluem os empréstimos proporcionados pelos EUA em 1919-1921, ele totaliza mais de US$11 mil milhões [1] . Por sua vez, os países que receberam os créditos tentavam resolver os seus problemas às expensas da Alemanha sobre a qual impuseram enormes reparações a serem pagas em termos extremamente pesados. A saída de fluxos financeiros e a inevitável evasão fiscal dentro da Alemanha sob estas condições deixaram-na com um défice orçamental de tais proporções que só podiam ser compensados pela desmedida impressão de dinheiro a qual disparou um colapso da divisa alemã. Em 1923 a inflação na Alemanha atingiu os 578,513% e US$1 valia 4,2 milhões de milhões de marcos. Os industriais alemães começaram a ignorar abertamente as exigências de reparação, sendo o resultado a crise de Janeiro de 1923 durante a qual o Ruhr foi ocupado pela França e pela Bélgica.

Isto foi exactamente a situação que os círculos dirigentes anglo-americanos aguardavam, pois – quando a França envolveu-se e demonstrou incapacidade total – apresentou-se-lhes a oportunidade de assumir o comando. O secretário de Estado dos EUA, C.E. Hughes, disse que os EUA estavam à espera de a Europa ficar pronta para aceitar a oferta estado-unidense. [2]

Os contornos do novo projecto foram traçados no J.P. Morgan and Co. a pedido do governador do Banco da Inglaterra, Montagu Norman . Era baseado na ideias do representante do Dresdner Bank, Hjalmar Schacht, as quais havia formulado em Março de 1922 para John Foster Dulles, o qual fora um conselheiro legal do presidente Woodrow Wilson na Conferência de Paz de Paris e subsequentemente o secretário de Estado dos EUA sob D. Einsenhower. Dulles passou o documento de Schacht ao principal emissário da J.P. Mongan and Co. e depois disso a J.P. Morgan recomendou J. Schacht a M. Norman e ele aos líderes da República de Weimar. Em Dezembro de 1923 J. Schacht foi nomeado presidente do Reichsbank e foi providencial para juntar os círculos financeiros anglo-americanos e alemão. [3]

No Verão de 1924 o projecto que se tornou conhecido como Plano Dawes (de acordo com o nome do presidente do grupo de peritos que o redigiu, um banqueiro estado-unidense que dirigia um dos bancos do grupo Morgan) foi adoptado na Conferência de Londres. Ele previa reduzir as reparações à metade e especificava de que fontes o dinheiro para pagá-las deveria ser retirado. Numa perspectiva mais ampla, a prioridade era criar um ambiente hospitaleiro aos investimentos estado-unidenses, sendo a estabilização do marco alemão um pré requisito. Um grande crédito – US$200 milhões (800 milhões de marcos) – foi concedido à Alemanha, metade da quantia vindo do J.P. Morgan. No processo, os bancos anglo-americanos ganharam controle não só sobre a transferência de pagamentos da Alemanha como também sobre o orçamento do país, a circulação monetária e numa grande medida sobre o seu sistema bancário. Em Agosto de 1924 a Alemanha emitia uma nova divisa, a sua situação financeira tornava-se relativamente estável e, como escreveu G. Preparata, a República de Weimar estava pronta para a mais espectacular assistência económica da história à qual seguir-se-ia a pior tragédia mundial – o sangue americano fluía dentro das veias financeiras da Alemanha. [4]

As consequências seguiram-se imediatamente.

Primeiro, emergiu o chamado círculo absurdo de Weimar porque as reparações anuais foram gastas pelos aliados dos EUA para reembolsarem as suas dívidas. O ouro que a Alemanha entregava como reparações era vendido e aterrava nos EUA, de onde retornava como ajuda à Alemanha de acordo com o plano. Então a Alemanha passava-o outra vez para a Grã-Bretanha e a França, e ambos usavam-no para reembolsar as suas dívidas do tempo da guerra aos EUA. Os EUA ganhavam juros sobre o ouro e enviavam-no de volta para a Alemanha. Em resultado, todos na Alemanha sobreviviam a crédito e era claro que se a Wall Street retirasse os créditos seguir-se-ia a completa bancarrota do país. Sob tal cenário os bancos dos EUA não teriam sofrido danos uma vez que vendiam os títulos que obtinham em retorno dos créditos a cidadãos dos EUA.

Segundo, embora formalmente os créditos fossem concedidos para facilitar pagamentos, na realidade a Alemanha estava a reconstruir o seu potencial militar-industrial. Estava a pagar os créditos com acções de companhias alemãs e no todo o processo traduzia-se na integração activa dos capital estado-unidense na economia alemã. Um total de aproximadamente 63 mil milhões de marcos ouros foram injectados na economia alemã em 1924-1929 (30 mil milhões dos quais na forma de empréstimos), enquanto as reparações montavam a apenas 10 mil milhões [5] . Uns 70% dos recursos financeiros vieram de bancos dos EUA, principalmente do J.P. Morgan. Já em 1929 a indústria da Alemanha evoluía para a segunda maior do mundo, sendo em grande medida controlada pelos principais grupos estado-unidenses.

A IG Farben, por exemplo, que foi o fornecedor número um do exército alemão – e também cobriu 45% do custo da campanha eleitoral de A. Hitler em 1930 – estava sob o controle da Standard Oil de Rockefeller. Os Morgans controlavam os grandes das indústrias electro-técnicas e de rádio alemãs – AEG e Siemens – via General Electric (a GE detinha 30% da AEG em 1933) e 40% da rede telefónica alemã – via ITT Corporation, que também possuía 30% do fabricante de aviões Focke-Wulf. A General Motors, a qual pertencia à família Dupont, ganhou o controle da Opel. Henry Ford possuía 100% das acções da Volkswagen. O segundo maior monopólio industrial da Alemanha, a Vereinigte Stahlwerke possuída por Thyssen, Flick, Wolff, Vogler e outros, foi criado em 1926 com a ajuda da Dillon, Read & Co. de Rockfeller. [6]

A cooperação estado-unidense com o complexo militar-industrial alemão era tão vasta e intensa que em 1933 os bancos dos EUA controlavam os principais sectores da indústria alemã e bancos como o Deutsche Bank, Dresdner Bank, etc. Os concederam mais de 150 empréstimos a longo prazo durante sete anos para atingirem o objectivo e o Plano Dawes é muitas vezes mencionado como o primeiro plano quinquenal da Alemanha anterior à guerra.

Como um processo paralelo os mesmo actores promoveram a força política que deveria desempenhar o papel chave na realização dos planos anglo-americanos. Ao partido nazi e pessoalmente a Adolf Hitler foram dados generosos apoios financeiros.

Constituído em 1919, o partido nazi entrou na fase de crescimento só na Primavera de 1922 quando o seu líder começou a receber financiamento substancial. O antigo primeiro-ministro Heirich Brüning afirmou por escrito que a partir de 1923 recebeu grandes somas de dinheiro do exterior. A sua fonte era obscura mas sabia-se que elas chegavam através de bancos da Suíça e da Suécia. Também se sabe que em 1922 teve uma reunião como o adido militar dos EUA na Alemanha, capitão Truman Smith, o qual apresentou a Washington um relato pormenorizado da mesma com uma avaliação positiva de Hitler. Foi Smith que apresentou ao círculo de Hitler o licenciado por Harvard Ernst Franz Sedgwick Hanfstaengl (Putzi) , um indivíduo que teve séria influência sobre Hitler nos anos de formação da sua carreira política, proporcionando-lhe apoio financeiro substancial e conectando-o a políticos britânicos de alto escalão. [7] Hanfstaengl deixou a Alemanha em 1937 e serviu como conselheiro de Roosevelt durante a II Guerra Mundial.

Hitler foi condicionado para actuar em altos escalões políticos, mas o seu partido estava destinado a permanecer periférico enquanto a prosperidade da Alemanha continuasse. A perspectiva para ele mudou subitamente quando irrompeu a crise.

A terceira fase da estratégia dos círculos financeiros anglo-americano começou a materializar-se no fim de 1929, a seguir ao crash do mercado de acções dos EUA provocado pelo Federal Reserve. É indicado dos planos de grande alcance que já em 1928 a Wall Street começasse a cancelar créditos para a Alemanha. Após o colapso financeiro nos EUA, o Banco da Inglaterra, o Federal Reserve e o J.P. Morgan decidiram cortar créditos à Alemanha e portanto dispararam uma crise bancária e uma depressão económica na Europa Central. Em Setembro de 1931 a Grã-Bretanha abandonou o padrão ouro, assim destruindo deliberadamente o sistema de pagamentos internacional e, entre outras coisas, sufocando financeiramente a República de Weimar. Mesmo um prolongamento mínimo de créditos proporcionados moderadamente podia impedir a crise [8] mas Hjalmar Schacht inesperadamente optou por demitir-se, e o novo presidente do Reichsbank, Hans Luther, nomeado a pedido de Montagu Norman e do responsável executivo chefe do Federal Reserve, George Harrison , obedientemente absteve-se de quaisquer tentativas de impedir o colapso dos principais bancos alemães.

Ao mesmo tempo, o Partido Nacional Socialista Alemão experimentou uma espécie de milagre financeiro. Tendo recebido donativos maciços da Thyssen, IG Farben e Kirdorf teve 6,4 milhões de votos em Setembro de 1930 e tornou-se o partido número dois no Reichstag. Após o êxito eleitoral ele começou a receber generosas entradas financeiras do exterior. Hjalmar Schacht actuava como a ligação entre industriais alemães e centros financeiros estrangeiros.

Em Outubro de 1931 A. Rosenberg visitou Londres e encontrou-se com os principais banqueiros e homens de negócios britânicos, incluindo Montagu Norman, o presidente da Royal Dutch-Shell Henri Deterding que deu a Hitler 10 milhões de marcos antes de 1933, e Frank Tyarks presidente do Schroder Bank filiado ao J. Henry Schroder Bank AG de Nova York e o Stein Bank com sede em Colónia possuído pelo barão Kurt von Schroder. O Schroder Bank ocupava uma posição extremamente influente na rede bancária global e era membro do círculos estreito de bancos de Londres que tinham influência reconhecida sobre a administração do Banco da Inglaterra. Tyarks era o confidente de Schroder no Banco da Inglaterra em 1918-1945. Schroder também mantinha relações estreitas com Morgan e Rockefeller e seus interesses eram representados oficialmente na Wall Street por Sullivan e Cromwell, uma firma legal que empregava John Foster e Allen Dulles (o último participava no conselho de directores do banco de Schroder).

As conexões eram de importância crucial para os nazis desde quando – depois de 1931 – o barão von Schroder e Schacht pediram aos industriais e magnatas financeiros da Alemanha para apoiar os nazis e a primeira pergunta que eles lhes fizeram era como a comunidade financeira internacional e Montagu Norman em particular viam a perspectiva de um governo alemão liderado por Hitler e se eles estariam prontos a conceder créditos. A resposta foi positiva e em 4 de Janeiro de 1932 Hitler encontrou-se com Papen na villa de Kurt von Schroder e fizeram um acordo secreto para o apoio do Partido Nacional Socialista Alemão, o qual na altura estava sobrecarregado com enormes dívidas. Os irmãos Dulles também estavam presente, o que é um facto que os seus biógrafos preferem não mencionar [9] . Outra reunião entre Hitler, Schroder, Papen e Kepler, durante a qual o programa de Hitler foi plenamente aprovado, teve lugar em 14 de Janeiro de 1933. A decisão de transferir o poder para os nazis foi tomada durante esta reunião e em 30 de Janeiro Hitler tornou-se o chanceler do Reich. Estes desenvolvimentos abriram a quarta fase da implementação da estratégia.

Os círculos dirigentes anglo-americanos encaravam o novo governo alemão bastante favoravelmente. Quando Hitler se recusou a pagar reparações, pondo em risco o esquema da Grã-Bretanha e da França de reembolso das suas dívidas de guerra, nenhum dos dois países reagiu com quaisquer reclamações. Além disso, os EUA concederam um total de US$1 mil milhões em novos créditos à Alemanha em Maio de 1933 a seguir à visita aos EUA de Schacht, que foi reintegrado como presidente do Reichsbank, onde manteve reuniões com o presidente dos Estados Unidos e os principais banqueiros da Wall Street. Schacht também visitou Londres em Junho, encontrou-se com Norman e conseguiu obter um empréstimo de US$2 mil milhões da Grã-Bretanha bem como uma renúncia a velhas dívidas. Portanto os nazis alcançaram o que governos alemães anteriores não podiam sequer sonhar.

Quando um grupo de grandes banqueiros encontrou-se com Norman para discutir a situação política na Europa no princípio de 1934, a Alemanha foi avaliada como força estabilizadora. Norman visitou Berlim em Maio do mesmo ano para efectuar um acordo sobre o apoio financeiro secreto ao novo regime. No Verão de 1934 a Grã-Bretanha assinou o acordo de transferência britânico-germânico o qual tornou-se um dos fundamentos da política britânica nas relações com o Terceiro Reich e no fim da década de 1930 a Alemanha tornara-se o principal parceiro comercial da Grã-Bretanha. Ao mesmo tempo, a Grã-Bretanha restaurou em 1931 a moratória sobre o reembolso de dívidas relativas ao Plano Dawes e de todas as dívidas da Alemanha a bancos britânicos. Além disso, Montagu Norman avançou um novo empréstimo de 4 milhões de libras aos nazis a fim de injectar liquidez adicional à economia alemã. Companhias privadas alemãs, tais como a IG Farben, também puderam tomar dinheiro emprestado na Grã-Bretanha enquanto o Banco da Inglaterra advertia os seus empregados de que o assunto era estritamente confidencial. [10] O Schroder Bank serviu como o principal agente da Alemanha na Grã-Bretanha e em 1936 a sua divisão de Nova York fundiu-se com o império Rockefeller para formar o banco de investimento Schroder Rockefeller and Co. o qual The Times descreveu como o propagandista económico do eixo Berlim-Roma.

Finalmente, em 1939, a Alemanha reembolsou apenas 10% do seu endividamento de 1932, mas os círculos financeiros internacionais continuaram a ser gentis com os nazis. Hitler disse que o seu plano de quatro anos era baseado em créditos externos e ele nunca teve quaisquer preocupações de que se levantassem problemas quanto a isto.

Sob o regime nazi, o dinheiro estrangeiro na Alemanha aumentou principalmente na base de investimentos directos. Em Agosto de 1934 a Standard Oil comprou 730 mil acres [295.422 hectares] de terra na Alemanha para construir refinarias, as quais abasteciam os nazis com combustível. Aproximadamente ao mesmo tempo, equipamentos avançados dos EUA no valor de US$1 mil milhões foram entregues secretamente a fábricas de aviões alemãs. A Pratt and Whitney, a Douglas e a Bendix Aviation forneceram à Alemanha um grande número de patentes militares e os Junkers 87 alemães eram fabricados utilizando tecnologias importadas dos EUA. Em 1941 os investimentos estado-unidenses na Alemanha atingiam US$475 milhões. A Standard Oil investiu US$120 milhões, a General Motors US$35 milhões, a ITT US$30 milhões e a Ford US$17,5 milhões [11] .

O Bank for International Settlements , criado em 1930 no âmbito do Plano Young para regular a extracção e distribuição das reparações alemãs, desempenhou um papel particular na manutenção das ligações entre os círculos financeiros dos EUA e da Alemanha. Inicialmente estabelecido para controlar a transferência de divisas estrangeiras da Alemanha para o exterior, assumiu uma missão oposta e começou a actuar como canal para despejar dinheiro dos EUA e da Grã-Bretanh nas reservas nazis. No princípio da II Guerra Mundial o Bank for International Settlements estava sob o controle total de Hitler apesar de ser dirigido por Thomas McKittrick, um americano. O novo objectivo foi inventado pelo mesmo Hjalmar Schacht, que almejava criar uma instituição capaz de manter os banqueiros do mundo conectados no caso de um conflito militar global. Para este objectivo, os estatutos do Bank for International Settlements garantiam que ele permaneceria intacto – não sujeito a confisco, liquidação ou controle – sob quaisquer circunstâncias.

A estreita cooperação financeira e económica entre os anglo-americanos e os círculos de negócios nazis foi o pano de fundo das políticas de apaziguamento e do Acordo de Munique. Nos dias de hoje, quando a elite financeira global está a implementar o seu plano de Grande Depressão-2 como um prólogo para a instituição da "nova ordem mundial", é uma tarefa urgente revelar o papel chave que a mesma desempenhou na organização dos crimes do passado contra a humanidade.
Contudo para isso é necessário entender isto, e a necessidade de a Alemanha nazi classificar como seu inimigo mortal a União Soviética, a pátria dos trabalhadores, a necessidade de acabar com o ideal de classe e o sonho do fim da exploração do Homem sobre o Homem, os capitalista desde o surgimento da pátria dos trabalhadores e do ideal comunista, apoiaram as ditaduras como a nossa, a Espanhola, A Alemã, A itália primeiramente, a Romena, entre outros regimos torcionários.
Obviamente que esse desfecho seria inevitável com o inicio da "Operação Barba Ruiva" ou "Barbarosa" no 22-06-1941, que consistiu na ataque feito em três frentes destinava-se a atacar Leninegrado no sector norte, Moscovo no sector central e Kiev no sector sul.
Segundo os planos da operação determinados pelo próprio Hitler a operação deveria ser rápida e incisiva, com o envolvimento de grandes forças russas pelas pinças das forças blindadas alemãs, com o objectivo de desarticular as forças soviéticas, cerca-las e extermina-las.

O objectivo de «Barbarossa» era a destruição completa da União Soviética, reduzindo a Rússia a um estado tributário empurrado para oriente dos montes Urais, e para a extensão da estepe siberiana, para onde também seriam enviados os sobreviventes e os indesejáveis.

Estava previsto que a União Soviética fosse vencida em 12 semanas, devendo a operação acabar portanto em 22 de Setembro, antes do inicio do inverno russo.
A operação, preparada para o inicio da Primavera, foi atrasada por causa dos acontecimentos nos Balcãs, com a operação contra a Jugoslávia e posteriormente contra a Grécia, que acabou por resultar num atraso e na marcação do inicio da operação para 22 de Junho de 1941.

A maior operação militar da História

O dispositivo alemão

A força de invasão alemã dividia-se em três grandes grupos de exércitos, cada um com objectivos definidos:

O grupo norte, comandado por Von Leeb era o mais pequeno e estava composto pelo 18º exército, o 16º exército e o 4º exército blindado, este último colocado numa posição central. Esta força destinava-se a tomar os estados do Báltico e a dirigir-se contra Leninegrado.

O grupo central, sob o comando de Von Bock era constituído pelo 9º exército, pelo 4º exército (o mais poderoso exército alemão em 1941), juntamente com o 3º exército blindado e o 2º exército blindado. Tratava-se do ponto de vista da operação do mais importante grupo, pois possuía dois exércitos blindados, os quais inicialmente tinham como objectivo uma operação em «pinça» para cercar os exércitos soviéticos na região de Bialystok, mas que posteriormente poderiam ser utilizados em apoio das forças dos outros dois grupos (o que veio a acontecer, quando os blindados do gen. Guderian inflectiram para sul, para apoiar a tomada de Kiev).

O grupo sul, sob o comando de Von Rundstedt incluía o 6º exército, o 17º exército e o 1º exército blindado. Além destas forças, a sul, na Roménia, sob o seu comando estavam os 3º e 4º exércitos romenos e entre estes dois exércitos, o 11º exército alemão.

De forma isolada, na fronteira finlandesa, uma outra ofensiva seria levada a cabo pelo exército finlandês, que no entanto só actuará uma semana depois do ataque inicial e com o objectivo de recuperar o território que a URSS tinha subtraído à Finlândia em 1939.


O dispositivo soviético

Os exércitos da União Soviética, estavam dispostos em profundidade e numa posição eminentemente defensiva. Esta disposição foi resultado de ordens directas de Estaline para evitar hostilizar os alemães.

As forças soviéticas também estavam dispostas em três grandes comandos, embora não coincidentes com os alemães.

A norte, a Frente de Noroeste, com o comando do general Kuznetsov, dispunha de dois exércitos, o 8º e o 11º. Alguns dias após a invasão, será criado o comando norte, quando se torna evidente o objectivo alemão de tomar Leninegrado.

A sul deste e na Frente Ocidental soviética, correspondente à Bielorússia, estavam três exércitos sob o comando do general Pavlov, a saber, o 3º, o 10º e o 4º. A este juntava-se um comando sob a responsabilidade do grupo de exércitos (13º exército) que geria unidades independentes.

No sudoeste, os soviéticos tinham colocado as suas forças mais poderosas, com um total de seis exércitos sob o comando do marechal Budenny, e com o general Kirponos no comando operacional.
Este grande grupo de exércitos, com mais de 1.000.000 de efectivos contava acima de tudo com a força do 5º e do 6º exércitos, os quais tinham atribuídos cada um deles seis divisões de tanques e que estavam directamente em contacto com as forças alemãs na Polónia ocupada.
Mais para sul, Kirponos tinha dispostos mais quatro exércitos, em frente às fronteiras da Hungria e da Roménia. Estes eram o 26º, o 12º, o 18º e 9º exércitos
Às primeiras horas da manhã de 22 de Junho (um Domingo) a Luftwaffe destrói milhares de aviões soviéticos no chão e a fronteira começa a ser atravessada em enumeros pontos. A aviação soviética é alias a arma mais afectada, pois as perdas são tremendas e os aviões russos praticamente desaparecem dos céus. Há notícia de alguns ataques levados a cabo por bombardeiros russos que foram mandados atacar sem qualquer protecção de caças.
O descalabro foi completo, a maioria dos aviões abatidos no chão e os que sobravam foram utilizados de forma absolutamente incompetente.

Em terra, os objectivos alemães começam a ser tomados rapidamente, com a principal operação em «pinça» a ser levada a cabo pelo avanço dos dois exércitos blindados do grupo de exércitos centro «Mitte». Os tanques do general Hoth deverão encontrar-se com os tanques de Guderian em Minsk, a capital da Bielorússia.
Foi assim que o imperialismo se lança na ofensiva, orgulhoso e confiante depois de ter ajoelhado a seus pés a Europa, Julgou que em 8 semanas (dois meses atente-se) que ia esmagar a pátria do socialismo.
No entanto a resistência do povo soviétio foi fascinante, abnegada e carregada de heroísmo, pois estava em causa a sua sobrevivência, e também as grandiosas conquistas da revolução de Outobro de Lénine.
Sob o lema de conquistar, dividir e reinar, escravizando o povo sociético, este exercito criminoso praticou os piores crimes, os piores massacres e sevicias, sendo elogiados por bastantes quadrantes, desde o nosso país, passando pelo Franquismo Espanhol, a Alemanha Nazi lançou-se na ofensiva, que inicialmente correu bem para as suas hordas, no entanto a União Soviética lançava-se na defese com unas e dentes do seu espaço.
Existe hoje quem queira dizer que a batalha de Estalinegrado era o símbolo de esta ostentar o nome do secretário-geral do PCUS, não obstante, escondendo os motivos reais que levaram a que essa cidade tivesse que ser tomada, porque era o ultimo bastião antes dos grandes campos petroliferos do caûcaso, ou então do cerco de Lenigrado para asfixiar a zona central da guerra, os as portas de Moscovo, onde estavam os dirigentes e a liderança soviéticas, com a estratégia da resistência.
De conferir que hoje diz-se que a principal batalha foi a de Estalinegrado, embora fosse ai, que realmente se desfize-se o mito da invencibilidade nazi, a principal batalha foi a batalha de Kursk, onde a 12 de Julho, se desfez a espinha dorsal da Alemanha nazi, onde a 12 de Julho, os exércitos soviéticos sob o comando de Popov lançam no sector norte, entre o 2º exército blindado e o 9º exército, um fortíssimo contra-ataque, na direcção de Bryansk e perante a violência do ataque soviético, que faz tremer toda a frente alemã, Hitler ordena o cancelamento da operação Cidadela.

Na batalha de Kursk, participaram mais de quatro mil e quinhentos blindados e foi a maior batalha de tanques da II Guerra Mundial.

Para muitos historiadores, a vitória soviética em Kursk, ao conseguir pela primeira vez desarticular completamente uma ofensiva alemã, feita segundo as regras do Blitzkrieg, foi mais que Estalinegrado, o verdadeiro ponto de viragem da guerra.

A vitória de Kursk, mostrou ainda que ao contrário do mito até então criado, o exército soviético tinha capacidade para efectuar ataques com sucesso mesmo durante o Verão.

A Alemanha perdeu 30 divisões, sete das quais blindadas, durante os seis dias da batalha. Kursk foi a ultima batalha em que do lado alemão ainda se considerava a possibilidade de vitória.
Aprendam História senhores, porque para se chegar no Reichstag no dia 8 de Maio, tiveram que superar estas forças e estas resistêncis da Alemanha Nazi, pois ao contrário de alguns vencedores, que desembarcaram na Normandia, com "meia-duzia" de forças e de dispositivos, viu-se quais as preocupações da Alemanha Nazi, assustados com o Exercito do Povo.
Pois a grande vencedera desta guera foi mesmo a união soviética.
Um obrigado aos corajosos povos que triunfaram sobre o mal.
Um bem-haja.


1. A.A. Gromyko. Foreign Expansion of Capital. History and Modernity. Moscow, Mysl Publishers, 1982. P. 84
2 Ver: History of Diplomacy. Moscow. Political Literature Publishers, 1965. V. 3, P. 357
3 G. Preparata, "Conjuring Hitler: How Britain and America Made the Third Reich"
4 Ibid. P. 34
5 History of Diplomacy, P. 502.
6 Ver: C.Sutton A. Wall Street and the Rise of Hitler. Arlington House Publishers, New Rochelle, New York. 1976, http://www.reformation.org/wall-st-hitler.html . R. Epperson. The Invisible Hand. Viewing History as Conspiracy. Kyiv, 2003
7 Ver; Sutton, Opt. Cit. Starikov. Who Made Hitler Attack Stalin. St. Petersburg, Piter Publishers, 2008. P. 78-80
8 F. Engdal. Century of War -Anglo-American Oil Politics and the New World Order. Pluto Press, 2004
9 Mullins E. Secrets of the Federal Reserve. Published by the Federal Reserve Bank of Boston in its seventh printing, 1982, http://www.apfn.org/apfn/reserve.htm
10 Preparata, Ibid. Nenhuma evidência referente ao assunto pôde ser encontrada nos arquivos do banco.
11 Ch. Higham's Trading With the Enemy: An Expose of the Nazi-American Money Plot, 1933-1949. Escrito com base em materiais desclassificados em 1978-1980, proporciona o quadro mais completo da cooperação financeira, económica e política entre os EUA e os negócios alemães na época antes e durante a guerra.

sábado, 1 de maio de 2010

Socialismo ou barbárie: Ao povo o que é do povo.







Passados trinta e seis do 25 de Abril e hoje que também se celebra o dia do trabalhador, celebrado pela primeira vez no primeiro de Maio de 1974, não poderia deixar algumas notas e alguns pensamentos sobre o Estado da nossa nação.
É nestes dias e em todos os outros do ano que convém lembrar o que foram as conquistas de Abril, o que representaram em toda a sua dimensão social, cultural, económica e mesmo politicamente, que as conquistas de Abril representaram para o nosso país o rumo ao progresso, sendo que o povo, tomou o que lhe pertencia por direito, e ainda que muita gente "não saiba", o direito do povo, foi conquistado e regulamentado por Constituição, ao qual o povo foi chamado a votar, para a composição da assembleia constituinte.
Convém lembrar o papel que os comunistas, os progressistas, os que queriam o socialismo real e autêntico (não aquele que nem sequer algum dia saiu da gaveta)na luta no terreno, nas demonstrações de força popular e de grande iniciativa ao lado do povo que conquistou e que determinou que fossem impressas no texto constitucional que entrou em vigor no dia 25 de Abril de 1976.
Passados estes anos todos, depois de sucessivos (des)governos de direita que este país conheceu, pouco é preciso para se chegar a conclusões definitivas sobre a ofensiva que o grande capital exerceu e exerce para aumentar os seus "modus vivendi" prejudicando com a sua natureza opressiva e exploradora o país, destruindo direitos e as conquistas que tão custosamente o nosso povo conquistou durante Abril e o prec.
O poder politico representado pelas forças politicas do partido socialista, dos sociais-democratas e dos democratas-cristãos ao serviço do grande capital, têm cumprido o seu papel, a restituição dos monopólios e dos privilégios de classe ao grande capital.
Destruíram o aparelho produtivo, a iniciativa pública, os serviços nacionais de saúde e de educação têm sido mercantilizados, ostracizados com guerras sem quartel, a qualidade de vida têm se deteriorado, os trabalhadores não passam de mão escrava, sendo as chantagens e as ameaças diárias, com uma realidade social imposta de um salário mínimo nacional em que a lógica é a sobrevivência e não a qualidade de vida do ser Humano, querendo agora para cumulo acabar com subsidio de férias das classes trabalhadoras para aumentar ainda mais a miséria do nosso povo, mas para manter os lucros dos parasitas que tentam enforcar o nosso povo na miséria.
Muitos podem pensar que isto é inevitável, que esta ofensiva do grande capital que em particular depois do desaparecimento do campo socialista de leste, tem condenado á morte milhares de seres Humanos, agravando as desigualdades do mundo, aumentando o fosso entre as sociedades, entre as classes trabalhadoras e aqueles que as exploram, onde os "teoricos e professores" profetizam "milagres", "saídas milagrosas para a crise", onde as suas previsões se mostram erradas para os povos, mas certeiras para o grande capital, querendo transmitir a ideia de que é irreversível, de que nada se pode fazer, que é inevitável, que os povos estão condenados a isso.
Mas nós comunistas Portugueses, orgulhosos do nosso passado, do nosso presente de luta e resistência, ao serviço do povo portugûes, mostra-mos com confiança e determinação que outra solução é possível, não com estas politicas, mas sim com Socialismo.
E a experiência histórica que acumulamos do passado de Abril, com outros fenómenos e processos históricos ocorridos em outros países, sempre com a análise e correcção constante dos processos políticos e sociais, com o objectivo de transformar a sociedade, acabar com as desigualdades sociais e fenómenos que a nossa sociedade começa a viver agora, nas suas mais variadas expressões negativas, querendo colocar o rumo certo para o nosso povo e o nosso país.
Não vamos nunca desistir do nosso ideal de justiça, pois é isto que estamos a abordar o conceito de justiça, do qual sem problema nenhum não nos importamos de querer e de desejar outra revolução, mesmo com grande sentido de verdade assumimos perante a história, diante dos homens e mulheres, que uma revolução acarreta sempre sofrimento de pessoas, mas isso é o que passarei a explicar, pois como Álvaro Cunhal disse e bem, na nossa revolução os que sofreram e bastante foram os Melos, os Champalimaud, os Espírito-Santo,entre outros, mas justamente nesse conceito de sofrimento destes senhores quando se viram desposados de propriedades e de meios de produção, da banca, de sectores estratégicos, o conceito de justiça estava presente, pois o sofrimento real destes senhores,mas que inaugurou a justiça para os explorados e oprimidos, que com os instrumentos nacionalizados ao serviço do povo e da pátria para melhorar a vida de milhões de portugueses, sendo que nessa justiça eu voto e votarei sempre reconhecendo a história como um processo de luta de classes, não abdicando dos valores de Abril, provando ser possível transformar e recuperar a sociedade, mostrando potencial e iniciativa histórica, sendo o Homem o objecto da acção, comandando o seu destino, através da economia, da politica, da cultura e da acção social directa e institucionalizada.
Esta experiência histórica foi coroada de sucesso, somente sendo fracassada porque os sucessivos governos, cães obdientes do grande capital revogaram, destruíram e sabotaram as politicas verdadeiramente socialistas, não porque o socialismo fracassou, mas porque ps, psd, cds-pp restauraram os monopólios e as politicas dos "trusts" (cito até em outros tempos quando o "socialista" Françõis Miterrand apregoava "Non à l'Europe des marchands".
É por isso que como nós sabemos que efeito prático estas politicas tiveram na sociedade, as classes trabalhadoras cada vez mais pobres, as classes possidentes recuperaram o perdido, e aumentaram as suas fortunas pessoais em milhões de Euros.
Este é o resultado destas politicas de direita que todos assistimos dia-á-dia, onde este maldito governo que teima em se chamar "socialista", mostrando todos os podres que emana do seu moribundo e corrupto corpo que assola este país, mostrando ser mais de direita do que os próprios sociais-democratas do senhor Coelho, mas em hierarquia de valores são gémeos puros e siameses, pois só os conseguimos diferenciar porque um tem mais "D" de dinheiro do que o partido "socialista".
Por isso neste 1 de Maio como não poderia deixar de ser, a solidariedade com os trabalhadores e com os desempregados, os desesperados e os aflitos da sociedade está presente, ao lado do meu povo, ao lado dos valores da humanidade e do progresso social e da liberdade.
Viva o 1º de Maio, viva Abril, viva o Socialismo, ontem, hoje e sempre.
Socialismo ou barbárie é esta a escolha que temos de fazer como fez Rosa Luxemburgo.