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sábado, 1 de maio de 2010

Socialismo ou barbárie: Ao povo o que é do povo.







Passados trinta e seis do 25 de Abril e hoje que também se celebra o dia do trabalhador, celebrado pela primeira vez no primeiro de Maio de 1974, não poderia deixar algumas notas e alguns pensamentos sobre o Estado da nossa nação.
É nestes dias e em todos os outros do ano que convém lembrar o que foram as conquistas de Abril, o que representaram em toda a sua dimensão social, cultural, económica e mesmo politicamente, que as conquistas de Abril representaram para o nosso país o rumo ao progresso, sendo que o povo, tomou o que lhe pertencia por direito, e ainda que muita gente "não saiba", o direito do povo, foi conquistado e regulamentado por Constituição, ao qual o povo foi chamado a votar, para a composição da assembleia constituinte.
Convém lembrar o papel que os comunistas, os progressistas, os que queriam o socialismo real e autêntico (não aquele que nem sequer algum dia saiu da gaveta)na luta no terreno, nas demonstrações de força popular e de grande iniciativa ao lado do povo que conquistou e que determinou que fossem impressas no texto constitucional que entrou em vigor no dia 25 de Abril de 1976.
Passados estes anos todos, depois de sucessivos (des)governos de direita que este país conheceu, pouco é preciso para se chegar a conclusões definitivas sobre a ofensiva que o grande capital exerceu e exerce para aumentar os seus "modus vivendi" prejudicando com a sua natureza opressiva e exploradora o país, destruindo direitos e as conquistas que tão custosamente o nosso povo conquistou durante Abril e o prec.
O poder politico representado pelas forças politicas do partido socialista, dos sociais-democratas e dos democratas-cristãos ao serviço do grande capital, têm cumprido o seu papel, a restituição dos monopólios e dos privilégios de classe ao grande capital.
Destruíram o aparelho produtivo, a iniciativa pública, os serviços nacionais de saúde e de educação têm sido mercantilizados, ostracizados com guerras sem quartel, a qualidade de vida têm se deteriorado, os trabalhadores não passam de mão escrava, sendo as chantagens e as ameaças diárias, com uma realidade social imposta de um salário mínimo nacional em que a lógica é a sobrevivência e não a qualidade de vida do ser Humano, querendo agora para cumulo acabar com subsidio de férias das classes trabalhadoras para aumentar ainda mais a miséria do nosso povo, mas para manter os lucros dos parasitas que tentam enforcar o nosso povo na miséria.
Muitos podem pensar que isto é inevitável, que esta ofensiva do grande capital que em particular depois do desaparecimento do campo socialista de leste, tem condenado á morte milhares de seres Humanos, agravando as desigualdades do mundo, aumentando o fosso entre as sociedades, entre as classes trabalhadoras e aqueles que as exploram, onde os "teoricos e professores" profetizam "milagres", "saídas milagrosas para a crise", onde as suas previsões se mostram erradas para os povos, mas certeiras para o grande capital, querendo transmitir a ideia de que é irreversível, de que nada se pode fazer, que é inevitável, que os povos estão condenados a isso.
Mas nós comunistas Portugueses, orgulhosos do nosso passado, do nosso presente de luta e resistência, ao serviço do povo portugûes, mostra-mos com confiança e determinação que outra solução é possível, não com estas politicas, mas sim com Socialismo.
E a experiência histórica que acumulamos do passado de Abril, com outros fenómenos e processos históricos ocorridos em outros países, sempre com a análise e correcção constante dos processos políticos e sociais, com o objectivo de transformar a sociedade, acabar com as desigualdades sociais e fenómenos que a nossa sociedade começa a viver agora, nas suas mais variadas expressões negativas, querendo colocar o rumo certo para o nosso povo e o nosso país.
Não vamos nunca desistir do nosso ideal de justiça, pois é isto que estamos a abordar o conceito de justiça, do qual sem problema nenhum não nos importamos de querer e de desejar outra revolução, mesmo com grande sentido de verdade assumimos perante a história, diante dos homens e mulheres, que uma revolução acarreta sempre sofrimento de pessoas, mas isso é o que passarei a explicar, pois como Álvaro Cunhal disse e bem, na nossa revolução os que sofreram e bastante foram os Melos, os Champalimaud, os Espírito-Santo,entre outros, mas justamente nesse conceito de sofrimento destes senhores quando se viram desposados de propriedades e de meios de produção, da banca, de sectores estratégicos, o conceito de justiça estava presente, pois o sofrimento real destes senhores,mas que inaugurou a justiça para os explorados e oprimidos, que com os instrumentos nacionalizados ao serviço do povo e da pátria para melhorar a vida de milhões de portugueses, sendo que nessa justiça eu voto e votarei sempre reconhecendo a história como um processo de luta de classes, não abdicando dos valores de Abril, provando ser possível transformar e recuperar a sociedade, mostrando potencial e iniciativa histórica, sendo o Homem o objecto da acção, comandando o seu destino, através da economia, da politica, da cultura e da acção social directa e institucionalizada.
Esta experiência histórica foi coroada de sucesso, somente sendo fracassada porque os sucessivos governos, cães obdientes do grande capital revogaram, destruíram e sabotaram as politicas verdadeiramente socialistas, não porque o socialismo fracassou, mas porque ps, psd, cds-pp restauraram os monopólios e as politicas dos "trusts" (cito até em outros tempos quando o "socialista" Françõis Miterrand apregoava "Non à l'Europe des marchands".
É por isso que como nós sabemos que efeito prático estas politicas tiveram na sociedade, as classes trabalhadoras cada vez mais pobres, as classes possidentes recuperaram o perdido, e aumentaram as suas fortunas pessoais em milhões de Euros.
Este é o resultado destas politicas de direita que todos assistimos dia-á-dia, onde este maldito governo que teima em se chamar "socialista", mostrando todos os podres que emana do seu moribundo e corrupto corpo que assola este país, mostrando ser mais de direita do que os próprios sociais-democratas do senhor Coelho, mas em hierarquia de valores são gémeos puros e siameses, pois só os conseguimos diferenciar porque um tem mais "D" de dinheiro do que o partido "socialista".
Por isso neste 1 de Maio como não poderia deixar de ser, a solidariedade com os trabalhadores e com os desempregados, os desesperados e os aflitos da sociedade está presente, ao lado do meu povo, ao lado dos valores da humanidade e do progresso social e da liberdade.
Viva o 1º de Maio, viva Abril, viva o Socialismo, ontem, hoje e sempre.
Socialismo ou barbárie é esta a escolha que temos de fazer como fez Rosa Luxemburgo.

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