terça-feira, 19 de abril de 2011
Eu e muitos queremos pagar 1%.
Quero ser breve neste artigo, apenas o escrevo para apontar uma solução para esta crise que vivemos, pagar o empréstimo a 1%, e não a taxas de 10% à malta da alta finança, aos grupos económicos e especulativos, que pretendem enriquecer com a nossa miséria.
Hoje muito se escreve sobre o FMI, sobre a sua vinda sobre os seus malefícios e impactos directos que terão sobre a nossa vida.
Sabemos que O FMI não vai a votos, mas faz capas em todos os jornais.
FMI quer aumentar o preço das casas… FMI quer menos câmaras municipais… FMI vai despedir funcionários públicos… FMI quer baixar salários e acabar com subsídios de férias…
Sinceramente, acho improvável que o FMI se tenha deslocado com uma prole de assessores de comunicação interessadíssimos pelo fenómeno da imprensa escrita em Portugal, ainda antes de assinar o contrato de transição de soberania.
Não será por esta via que estamos a conhecer o programa político real de PSD, PS e CDS para a próxima legislatura?
Quem se endividou escandalosamente foi a banca, é dela a maior parte da dívida. E fê-lo tão somente para ganhar facilmente e ganhou muito dinheiro. Os desgraçados que se foram obrigados a endividar-se a comprar casa, fizeram-no por absoluta necessidade e por pura racionalidade. Ninguém ignora que a partir dos anos 90 saia mais barato comprar do que alugar, aliás nem havia casas para alugar. E as que havia saiam mais caras que as prestações da compra.
E o que chamam “ajuda” não passa de garantias para a banca. A maior parte da massa nem cá entra. Mas todos vamos pagar com cortes salariais, aumentos de impostos e cortes nas prestações sociais. E principalmente com perda de direitos laborais, dos que ainda restam.
Só o Presidente da Républica tem o direito de convocar os partidos e compete ao governo dialogar com a oposição. Quem se julgam eles (FMI, UE, BCE) para convocarem partidos? Bem fez o Jerónimo de Sousa ao denunciar: “Ligaram de manhã para dizer que à tarde estariam na sede do PCP: reconhecemos este tom mandante”.
Outra coisa e também a propósito da entrevista na sic, de ontem da Clara de Sousa, Jerónimo de Sousa, errou ao não perguntar à jornalista laranjinha e saloia,digo até com frontalidade a roçar a provocação, ignorante, para sair da crise e das medidas leoninas do FMI, de exigir que o Banco Central empreste o dinheiro directamente, com o juro a que emprestam aos bancos?
Que neste caso seria de 1% em vez dos 6,7, 8, 9, 10 %, porque não?
Pensem nisso...
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Miguel Leite
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FMI: Resgate à banca e ao grande capital.
Ao anunciar a falência, Teixeira dos Santos ajudou os especuladores a ganharem mais uns milhões com os juros da nossa dívida soberana; mas, sobretudo, tornou claro que o Governo iludiu a situação real do país nos últimos meses e que a oposição falhou no seu papel fiscalizador. Não é por fazer 30 perguntas agora, quando sabemos que elas serão respondidas pelos técnicos estrangeiros instalados no Ministério das Finanças, que as supostas oposições o PSD,CDS-PP se redimem do seu rotundo fracasso.
A confissão de Teixeira dos Santos veio confirmar que quando José Sócrates rejubilava com os primeiros dados da execução orçamental de 2011, a bancarrota já estava iminente. E não seria o PEC 4 a impedi-la, dado que as principais medidas que ele consagrava só produziriam efeitos em 2012 e 2013.
Por exemplo aqui podem ouvir neste link http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1828896 o nosso ainda ministro das finanças a proclamar que ainda vai ajudar a banca, que com lucros de milhões ainda vai espremer o Estado, entenda-se todos os Portugueses, para aumentarem os seus lucros.
Portugal vive a crise mais grave depois do 25 de Abril, em que está em curso uma gigantesca operação de manipulação da opinião pública, levada a cabo pelo governo, pela direita, e pelos comentadores que têm acesso privilegiado aos grandes media, para levar os portugueses a pensar que existe apenas uma “solução” – a dos PEC´s e agora a da U.E., BCE e FMI- que devem aceitar e resignar-se, é fundamental mostrar que existe uma alternativa que, para ser mobilizadora, terá de ser global, coerente, consistente e exequível, não podendo se limitar a meras palavras de ordem, ou a propostas ou reivindicações isoladas ou desarticuladas. Mas para isso é necessário saber como se chegou e por que se chegou à actual situação.
A situação actual é muito diferente da que existia aquando das intervenções do FMI em1978/79 e em 1983/84. E isto porque foi a partir da última intervenção do FMI em Portugal, que se iniciaram, com Cavaco Silva, as privatizações em larga escala das empresas públicas, perdendo o Estado instrumentos importantes de politica macroeconómica, e passando o poder económico a dominar o poder politico e a condicionar toda a politica económica do País. Pode-se mesmo dizer que a situação actual do Pais resulta de uma politica económica orientada para servir os objectivos desses grupos de elevados lucros. Para o conseguir, face ao crescimento anémico da economia portuguesa, o País, o Estado, as empresas e as famílias endividaram-se profundamente.
O Estado endividou-se para construir, entre outras coisas, estádios de futebol, auto-estradas e adquirir submarinos, ou então cobrir gastos em que não existiu uma vontade politica séria para combater eficazmente o desperdício e a má gestão garantindo assim gigantes lucros aos grupos económicos. Promoveu-se o transporte rodoviário muito mais caro, poluente e criador de dependência externa, em prejuízo do transporte ferroviário e marítimo. O governo multiplicou Parcerias Público Privadas, a maioria auto-estradas, cujos custos atingirão nos próximos anos cerca de 60.000 milhões €, que asseguraram elevados lucros aos grupos financeiros e da construção civil.
Ainda quero acrescentar que a situação actual é também diferente e mais grave do que a existente em 1977/78 e em 1983/84, quando os governos de então pediram também a intervenção do FMI, porque Portugal, com a entrada no euro, perdeu o poder para alterar a taxa de câmbio e para emitir moeda.
Agora pergunto eu, se realmente é isto que querem? Se sim então votem na Troika PS, PSD, CDS-PP, se não, votem na Esquerda patriótica que nunca teve responsabilidades na situação que vivemos.
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Miguel Leite
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quinta-feira, 14 de abril de 2011
OTELO ou SERÁ MAIS O OTOLO??
OTELO ou SERÁ MAIS O OTOLO??
Como sempre, desde míudo, que desde que leio ou ouço qualquer palavra oriunda deste indivíduo, que um certo e determinado desprezo, acompanhado de uma certa vontade que não vou confessar aqui, porque prezo a justiça, não a comentando aqui, me invadem para dizer algo sobre este fulano,hoje cheguei a uma conclusão além de reaccionário e de ser apoiante de uma das "pérolas" do nosso Portugal, o Isaltino Morais, é mais um caso de doença psiquiátrica profunda e irreversível, por isso hoje e para calar alguns "catedráticos" da politica, findo aqui as últimas palavras sobre o Otelo.
A 12 dias do 37º aniversário do 25 de Abril, numa declaração com poderosíssimos efeitos mediáticos causando efeitos práticos , Otelo Saraiva de Carvalho resolveu declarar que se soubesse como o país ia ficar, não fazia a Revolução. Então hoje não poderíamos falar, os grandes dominavam na mesma, todos teríamos a 4ª classe, não nascíamos em Hospitais, a minha avó viúva viveria na miséria, tinha acabado de comer meia sardinha agora e logo comia outra meia sardinha, e não poderia ouvir José Afonso e Adriano como ouço agora, talvez já estivesse sido denunciado pelo Pachel. Felizmente que quem faz revoluções são os povos e não loucos. OTELO?? CALEM ESSE (O)TOLO agora e para sempre.
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Miguel Leite
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quarta-feira, 6 de abril de 2011
A receita para a sopa dos pobres. Agora pode sorrir... Está a ser gamado
Hoje é mais um dia negro na história do nosso país, digo mais um, porque nos últimos séculos o país tem regredido para a idade da pedra, em mentalidades, em práticas e vícios, uma corrupção legalizada e institucionalizada, outra nem por isso, formada por um poder politico podre, uma justiça sem moral nem virtude, um poder económico nacional e antinacional-internacional que em conivência estrita com as agência de rating espremem os euros do povo, para aumentar o lucro do rei-milhão, assim sendo apenas resta a sopa dos pobres, pois aqui está a receita para a sopa.
O INE, divulgou o "Procedimento dos Défices Excessivos" que enviou à Comissão Europeia, para esta controlar o défice orçamental português, onde revela que, contrariamente àquilo que constava do PEC-4 do governo, a Divida Publica em 2010 não era 142.178 milhões € (82,4% do PIB) mas sim 159.433 milhões € (92,4% do PIB), ou seja, mais 17.255 milhões €; e que, em 2011, a Divida Pública atingirá não 152.486 milhões € (87,9% do PIB) como dizia o governo no PEC-4, mas sim 168.793 milhões € (97,3 do PIB), ou seja, mais 16.203 milhões €. Este aumento da Divida Pública resulta (uma parte) de dívidas que até agora o governo tem procurado ocultar (desorçamentando-as), no seu intuito de iludir a opinião pública e que agora, por imposição da UE, foi obrigado a incluir.
Essas dívidas são os "buracos" de 1.800 milhões € do BPN e de 450 milhões € do BPP, consequências de uma gestão danosa, que o governo assumiu, e que agora os contribuintes terão de pagar; e de 3.169 milhões € de euros de dividas das empresas de transportes públicos que, como consequência da politica irresponsável que o governo tem seguido neste sector (até a esta data o governo não assinou um único contrato com qualquer uma delas, como recomendou o Tribunal de Contas, que definisse com rigor os direitos e obrigações dessas empresas, o que permitiu, por um lado, que o governo transferisse para elas uma parte dos défices orçamentais e, por outro lado, se multiplicassem nelas, com total impunidade, actos de má gestão dos "amigos" que nomeou como administradores, com elevados custos para o País); repetindo, o governo foi obrigado agora a incluir mais 5.419 milhões € de dividas, o que fez subir o défice orçamental, em 2009, dos 9,3%, que tinha anunciado anteriormente, para 10%, e, em 2010, dos 7,3% previstos para 8,6% do PIB. Como temos denunciado nos estudos que temos divulgado, existem ainda mais défices orçamentais que o governo tem transferido para as empresas públicas que ainda não foram incluídos. São, por ex., os casos da CP cujos prejuízos acumulados até ao fim de 2009 já eram superiores aos seus capitais próprios em 2.234 milhões €, e os dos Hospitais EPE de 1.341,3 milhões € de prejuízos até 1º sem. 2010.
Desta forma, está-se a criar uma situação que é incomportável para o País e para os portugueses. Segundo o INE, em 2010, os juros da Divida Pública atingiram 5.195 milhões €, o que representa uma taxa de juro média ponderada de 3,5% ao ano. Em 2011, a Dívida Pública consolidada das Administrações Públicas atingirá, segundo o INE, 168.756,6 milhões €. Se se tivesse de pagar uma taxa de juro de 8% por esta divida, que é aquela que os chamados "mercados" já estão a impor em certos empréstimos a Portugal, o País teria de pagar pela mesma, só de juros, 13.503 milhões € – o que é mais daquilo que, segundo o INE, existe em 2011 para investimento público (3.807 milhões €) e no OE de 2011 para transferir para o SNS (8.140 milhões €). Mesmo admitindo uma taxa de 6%, que é aquela que a Irlanda está a pagar ao FMI e à UE, Portugal teria de pagar por uma dívida com aquela dimensão 10.128 milhões € de juros por ano, o que continua a ser incomportável para um país em profunda crise económica (recessão económica) e social. E a banca que impõe estas taxas depois vende essa mesma dívida ao BCE (mas os Estados estão impedidos de o fazer) pagando uma taxa entre 1% e 1,75% e embolsando lucros especulativos. O BCE transformou-se assim num instrumento ao serviço dos bancos na exploração dos contribuintes europeus. É urgente acabar com esta espoliação. Na Islândia a população protestou e os credores tiveram de baixar a taxa de juro e de alargar o período de amortização para 37 anos. É necessário também que os portugueses ponham cobro a esta politica de desastre que Sócrates e, agora também Passos Coelho, querem prosseguir.
A situação em 2011 e nos anos seguintes será ainda mais grave. Irresponsavelmente, Sócrates comprometeu-se com a UE a reduzir o défice orçamental em, 2011, para 4,6% e, em 2112, para 2% do PIB. Passos Coelho, já foi a Bruxelas e à Alemanha de Merkel, em autêntica vassalagem, a comprometer-se com os mesmos objectivos. E isto quando em 2010 o défice foi de 8,6%. É certo que 1,8% do PIB dizem respeito às dívidas de 2.250 milhões € do BPP e BPN e 793 milhões € da REFER, Metro de Lisboa e Metro do Porto. Mesmo se retiramos aos 8,6% os 1,8% ainda ficam 6,8%. No entanto, uma parte da redução do défice de 2010 é ilusória pois foi conseguida através da transferência dos Fundos de Pensões da PT e da Marconi (2.693 milhões €, 1,6% do PIB). E esta redução sendo ilusória terá de ser somada aos 6,8% o que dá 8,4% do PIB. Assim, o que Sócrates e Passos se comprometeram em 2011 foi reduzir o défice de 8,4% para 4,6% do PIB em 2011, ou seja, em 6.592 milhões € (3,8% do PIB). É evidente, com a recessão económica e a consequente quebra de receitas fiscais que as medidas já aprovadas pelo governo não serão suficientes. Portanto, se a actual politica continuar, seja com Sócrates ou Passos Coelho, serão necessários mais PECs.
Como afirmou Paul Krugman, prémio Nobel da economia referindo-se a Portugal:
"A redução da despesa em períodos de desemprego elevado é um erro. Os defensores da austeridade prevêem que esta produza dividendos rápidos sob a forma de aumento da confiança económica, com poucos ou nenhuns efeitos negativos sobre o crescimento e o emprego; o problema é que não têm razão. Cortar na despesa numa economia em recessão acaba por ser contraproducente nem que seja em termos fiscais: quaisquer poupanças na despesa são anuladas pela redução da receita fiscal resultante da contracção da economia. É por isso que a estratégia correcta é emprego primeiro e défice depois".
Em Portugal, quem defenda a mudança da politica que está a ser seguida, que está a conduzir o País e os portugueses ao desastre, é acusado, pelo governo, por toda a direita e pelo pensamento económico neoliberal dominante nos media de pertencer à esquerda radical. Desta forma, procura-se isolar e desacreditar, perante a opinião pública, todo o pensamento diferente. O pensamento económico oficial, papagueado nos media, pelos comentadores oficiais, procura assim transformar-se na única verdade, ou seja, na cultura dominante. E, como referia já Pierre Bourdieu, em Poder simbólico, a cultura dominante procura impor " a legitimação da ordem estabelecida ", surgindo como um "poder quase mágico que permite obter o equivalente daquilo que é obtido pela força (física ou económica), contribuindo assim, segundo a expressão de Max Weber, para a "domesticação dos dominados", ou seja, para a sua passividade, resignação e aceitação. No entanto, quem não se deixe subjugar pela gigantesca operação de manipulação da opinião pública em curso ou pelas benesses do poder sabe bem que esta politica é um grande erro, é mesmo um autêntico suicídio.
É preciso dizer que este pedido de ajuda para pagar tão significativa Divida Pública fará aumentar os juros a pagar, o que acabará por determinar mais cortes nas despesas com as funções sociais do Estado (por ex., prestações sociais, pensões, SNS, etc), com consequências sociais e económicas desastrosas, se a actual politica de obsessão do défice e de juros especulativos se se mantiver.
Em 2010, a taxa de juros média ponderada foi 3,3% e a prevista pelo INE para 2011 é de 3,7%, o que fará subir a despesa do Estado com juros em 22%, pois passará de 5.195 milhões € para 6.327 milhões €. O valor de juros previstos pelo INE para 2011, é já superior a todo o investimento público previsto pelo INE para este ano, e representa 77,6% das transferências do OE para o SNS que, entre 2010 e 2011, diminuíram já de 8.699 milhões e para 8.140 milhões €. No entanto, Portugal já está a pagar pelos empréstimos que contrai taxas de juros muito superiores a 3,7%, que variam entre 5,7% (empréstimos a um ano) e mais de 9% (empréstimos a 3,5, 6 e 7 anos). Admitindo uma taxa de 8%, pela divida de 168.783 milhões €, Portugal teria de suportar uma despesa anual só com juros estimada em 13.500 milhões €, o que é incomportável. E com uma taxa de juros de 6%, que é a que a Irlanda esta a pagar ao FMI e à União Europeia, daria uma despesa anual de 10127,6 milhões €, o que continuaria a ser incomportável para um País que vai entrar em recessão económica prolongada como consequência da politica contraccionista que Sócrates e Passos Coelho pretendem seguir, pois foi esse o compromisso que ambos já assumiram perante a União Europeia e Merkel.
É certo que este ano, a substituição da divida antiga mais a divida nova soma cerca de 45.000 milhões €, e é só esta que estará sujeita a estas taxas, mas com o tempo e a substituição gradual de toda a divida, Portugal acabará por suportar juros especulativos incomportáveis. Para além disso, os bancos cobram ao Estado Português taxas entre 5,7% e 9%, e depois vendem essa mesma divida ao BCE pagando uma taxa de juros entre 1% e 1,75%, obtendo lucros especulativos à custa dos contribuintes portugueses, e o Estado português continua a não se poder financiar junto do BCE. Só aquela diferença de juros permite à banca obter, para 45.000 milhões €, um lucro de 2.500 milhões € extra. Agora pode sorrir... Está a ser gamado
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Miguel Leite
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sexta-feira, 1 de abril de 2011
Dois anos de blog
Pois é, seria insensato não mencionar os dois anos de blog, não quero aqui discutir qualidade ou quantidade, apenas fazer uma breve referência de dois anos a bloggar, onde não quero falar das dificuldades ou dos celeumas que este causou, isso é passado, afinal de contas o blog esta aqui, forte, vivo, actuante e coeso.
Quero agradecer aos leitores, pela paciência, pela leitura atenta e apaixonada, pelo encorajamento, que sem eles/ elas, seria impossível continuar com mais força e mais afinco.
OBRIGADO.
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Miguel Leite
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Eu quero sair da União Europeia: FINIS PATRIAE
Este título além de uma homenagem ao Finis Patriae de Guerra Junqueiro é uma opinião pessoal que considero imperativa e que a história se encarregara de confirmar a validade da opinião sobre a péssida adesão de Portugal à União Europeia.
A história da adesão de Portugal ainda à denominada C.E.E. e da capitulação da nossa soberania nacional, representa e a história assim o irá confirmar como um dos capítulos mais vergonhosos que algum dia a nossa pátria assistiu, a par da entrega pela parte da nobreza da nossa soberania aos Espanhóis, da submissão aos Ingleses, do mapa cor-de-rosa.
Para quem não sabe ou finge não saber a adesão de Portugal à C.E.E. já estava a ser negociada no tempo da ditadura, no entanto existem "argumentos" que Portugal nunca seria admitido na dita C.E.E. porque não era um país democrático, mas afinal de contas Portugal também pertencia à muito democrática NATO, que no dia 4 de Abril de 1949 admitiu Portugal como seu membro fundador, apesar dos signatários estarem obrigados e determinados a salvaguardar a liberdade dos seus povos, a sua herança comum e a sua civilização, fundados nos princípios da suposta democracia.
Portugal pelo seu atraso económico nunca foi capaz nem de competir com os países mais desenvolvidos num mercado único, no qual ficamos privados de protecção aduaneira, somando a isso a destruição de importantes sectores do aparelho produtivo, e limitações à nossa independência nacional, e ninguém me convence que Soares e grande parte do Partido Socialista não passam de traidores puros, porque foi o mesmo PS de Mário Soares que introduziu o novo conceito de ««Soberania partilhada»».
A união económica e monetária criou a centralização e preponderância nas decisões da matéria monetária e económica e financeira nos países mais desenvolvidos, entenda-se a Alemanha e a França.
Deixamos de ter uma politica externa independente, ao sabor dos ditames da mesma União Europeia, também esta influenciada pelos E.U.A. criando sérias e graves limitações aos nossos interesses e a seguirmos uma politica de paz e amizade com os povos, respeitando a soberania das nações.
Estes ditos mercados e estes recentes eventos para agudizar os especulativos ataques financeiros nos mercados de dívida pública dos países do sul da Europa. As taxas de juro exigidas aos Estados atingem níveis recorde e arriscam chegar a níveis insustentáveis que põem em causa a capacidade de pagamento futura destes Estados. Devido ao natural aumento dos défices públicos, presentes em todos os países do centro capitalista, que evitaram que uma “grande depressão” se instalasse face à crise financeira de 2007-09, os mercados de financiamento público mais pequenos e vulneráveis viram-se como objectos apetecíveis da especulação de numerosos agentes financeiros que ainda há poucos meses tinham sido salvos pelos Estados. Este processo tem sido propulsionado pelas oligopolistas e descredibilizadas agências de notação internacionais (sediadas nos Estados Unidos da América e cuja incompetência na avaliação dos riscos foi fortemente evidenciada nos escândalos que abalaram o sistema financeiro ), alimentado pelos agentes financeiros que procuram ganhos imediatos.
Por estes motivos mais que suficientes, declaro, sou Português, sou patriota, quero continuar a ser e quero sair da União Europeia antes do FINIS PATRIAE:
FALAM POCILGAS DE OPERÁRIOS:
Crianças rotas, sem abrigo...
A enxerga é pobre e a roupa é leve...
Quarto sem luz, mesa sem trigo...
Quem é que bate ao meu postigo?
- A Neve!
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Miguel Leite
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