domingo, 30 de janeiro de 2011
Dias em Cabo-verde à sombra do Loureiro e a tocar Cavaquinho....
Não resisto.... Dias Loureiro para mim é um fetiche para mim este "senhor", uma pérola do nosso Portugal....
Tem um processo em curso de investigação
- Negou coisas que o seu chefe disse
- Esteve muito ligado ao PSD
- Sabe fazer umas cantarolas
- Também sabe jogar golfe
- Desde há uns meses nunca mais se ouviu falar dele
- A viver actualmente à grande e à fartazana em Cabo Verde.
- É o dono do maior Resort Turístico da Ilha do Sal... É aquela ilha, daquele país africano, onde o BPN criou umas "sucursais" e um banco mais ou menos virtual, com que se faziam umas operações de lavagem e fugas ao fisco.
• PS: Há imenso tempo, que ninguém mais falou no nome do menino: nas notícias é referido só o nome de Oliveira Costa "e outros arguidos"... sem nomear... (Dias Loureiro)
O que nos leva a pensar de tal "esquecimento"?
É fácil fazer esquecer um roubo superior a mais de 4 mil milhões de euros, quando se tem amigos... nos sítios certos....
Até em Belém!
A relaixadeza neste cantinho à beira-mar, continua a fazer duns tantos e tais Senhores Doutores, Engenheiros, Arquitectoss, Professores, etc... etc, uns relaxados de luxo…
Quando se descobriu uma porta secreta no seu wc, ele desvalorizou a descoberta e diz tratar-se apenas de "uma parte esconsa do escritório". A porta em causa tem acesso apenas através da casa-de-banho.
Os documentos que foram encontrados dizem respeito, segundo a edição do Jornal Sol, a negócios do BPN em Porto Rico e Marrocos, e "serão relevantes para comprovar os crimes pelos quais Dias Loureiro foi constituído arguido pelo Ministério Público", escreve o jornal.
Continuam a meter-nos o dedo no tal buraquinho, que por sinal, só cheira mal para alguns!!!
Depois de ter sido constituído arguido por fraude fiscal, burla e lavagem de dinheiro, o Ministério Público acusa-o agora de corrupção, por ter recebido comissões no âmbito da venda de uma empresa de José Roquette.
A investigação do caso BPN resultou na abertura de mais um processo ao ex-conselheiro de Estado Dias Loureiro. Depois de ter sido constituído arguido por fraude fiscal, burla e lavagem de dinheiro, o Ministério Público acusa-o agora de corrupção, por ter recebido comissões no âmbito da venda de uma empresa de José Roquette.
Depois de algumas acusações o Ministério Público abriu um novo processo contra MDias Loureiro, ex-administrador do Grupo SLN, no âmbito da investigação do caso BPN. Dias Loureiro é acusado de recebimento de “luvas” na venda da Plêiade à SLN.
O inquérito em curso acrescenta-se assim a um outro em que Dias Loureiro foi constituído arguido, relativo à compra e venda da empresa porto-riquenha Biometrics, em que é acusado de fraude fiscal, burla agravada, falsificação de documentos e branqueamento de capitais. O crime de corrupção acrescenta-se agora à lista extensa.
Segundo adiantou Diário Económico, o ex-conselheiro de Estado é suspeito de receber comissões no início da década na sequência da venda da empresa de José Roquette. Dias Loureiro diz ter tido uma participação nessa empresa (de 15%). O negócio da venda da Plêiade à SLN por 55 milhões de euros terá rendido ao ex-conselheiro de Estado 8,2 milhões de euros. “Era a minha parte no negócio”, disse Dias Loureiro à RTP numa entrevista. Mas o Ministério Público não aceita essa justificação para os dinheiros recebidos pelo ex-administrador do grupo SLN/BPN e suspeita que Loureiro nunca foi accionista.
A Plêiade é um grupo dedicado a infraestruturas e energia (com investimentos no Norte de África) que estava nas mãos do empresário José Roquette. O Diário Económico revela que, segundo testemunhos dados ao Ministério Público, havia sido prometido a Dias Loureiro um lugar na empresa quando saísse do Governo, o que acabou por acontecer em 1995. Em 2000 a Plêiade é vendida ao grupo SLN. Dias Loureiro diz ter vendido as acções da SLN em 2003, mantendo-se como administrador não executivo até 2005.
Uma fonte judicial citada pelo Diário Económico revelou que as provas das ilegalidades “estão na posse do Ministério Público, após a documentação apreendida durante as buscas realizadas a Dias Loureiro.
Ainda acrescento que o mágico David Dias Copperfield Loureiro, ex-administrador da Sociedade Lusa de Negócios, entre 2000 e 2003, altura em que se tornou accionista do grupo que controlava o BPN, e o outro diz respeito ao empresário Ricardo Oliveira (também acusado neste processo) e a Arlindo de Carvalho, ex-ministro da Saúde.
Nas investigações relativas a Dias Loureiro, está em causa o negócio ruinoso de Porto Rico, em que interveio, por parte da SLN e negócios em Marrocos.
O que se pretende apurar é se os intervenientes nas operações retiraram benefícios pessoais das mesmas prejudicando o grupo BPN/SLN. Em investigação estão indícios de crimes de fraude fiscal, infidelidade e branqueamento de capitais.
Agora entra em cena o amigo Santo, o Cavaco que é um grande amigo e Presidente da Républica que fornece a cobertura para a nacionalização do banco pelo Estado Português, com o aval público do Sr. Presidente.
No entretanto, descobrem-se incontáveis fraudes a milhares de clientes que, confiando que estavam a contratar depósitos bancários, encontram todas as suas economias investidas em capitais de risco e fundos de obrigações absolutamente descapitalizados.
Cavaco Silva é o homem que gosta de relembrar-nos as suas origens humildes, filho de camponeses.
Relembro o leitor que Cavaco Silva é o mesmo homem que não perde uma oportunidade de relembrar o comum mortal da dignidade do valor do trabalho honesto e suado, e que inclusive, num dos seus debates recentes, este foi o mesmo homem que exaltou as donas de casa pela importância social do seu trabalho de entrega total ao lar e à família. Este é o Cavaco pio, o Cavaco das canduras.
É o Cavaco das opacidades e dos comunicados, comprometido com mais de 300.000 euros de mais-valias que arrecadou, numa venda de acções contratualizadas com a SLN, num contrato à lá carte, promovido por homens próximos de Cavaco Silva, Dias Loureiro e o presidente do banco, Oliveira e Costa, ex-secretário dos assuntos fiscais de Cavaco Silva, ou seja, com os mesmos homens que vão responder perante a Justiça por crimes cometidos na anterior gestão do banco.
Foi um contrato de contornos pouco claros e que deram a Cavaco Silva e à sua filha um lucro de 147,5 mil euros e de 209,4 mil euros, respetivamente. Cavaco Silva vendeu 105.378 ações da SLN, que comprara a um euro cada, em 2001, por 2,4 euros, no final de 2003. O mais importante: esta inexplicável valorização foi determinada por contrato, já que a sociedade não estava cotada na bolsa. É esse contrato, elaborado por uma administração composta por pessoas que lhe são próximas (uma delas até foi, depois disto, nomeada por ele para o Conselho de Estado) que ainda não foi cabalmente explicado.
Ademais: ainda não apareceu mais ninguém - que não esteja a contas com a Justiça - a vangloriar-se de semelhante (e espectacular) capacidade negocial. Falamos da venda de acções que, no espaço de dois anos, valorizaram-se exponencialmente, tendo sido determinada, ab initio, a valorização mínima das mesmas, caucionada por garantias reais dadas pela SLN.
Portanto, estamos perante um curioso contrato, atípico, em que não há qualquer repartição do risco entre as partes mas, tão-só, a sua exclusiva assunção por parte da entidade financiada.
Outro pormenor: sendo a SLN principal accionista do Banco BPN, quem é que acredita que a sociedade-mãe, a SLN, proprietária do banco, necessitaria do financiamento de um professor de finanças?! Precisaria a SLN de uns urgentes 100.000 euros, com a contrapartida de uma valorização de 140%, financiados por um investidor de capital, um particular, antigo Primeiro-Ministro de Governos constituídos por membros da administação do BPN/SLN, os mesmos que negociaram/agenciaram mais um contrato ruinoso para aquela instuição e muito proveitoso para o clã Silva?!
Como é evidente, a resposta é uma dupla negativa.
Está, portanto, por explicar o real fito de tal negócio. Das três, uma: ou o referido contrato foi uma manobra de descapitalização da SLN; ou uma doação ilegal e encapotada feita pela administração da empresa a um seu accionista (adquirindo acções por um preço muito superior ao seu valor de mercado e em condições excepcionais); ou uma singela fraude ao património societário da SLN que contou com a prestimosa colaboração presidencial.
As outras questões que aguardam respostas é saber quem negociou o contrato e quem foi o comprador das ditas acções. É que se o contrato foi negociado com os então administradores da SLN/BPN, e agindo estes como compradores das acções, tal configura um vício negocial na medida em que os administradores das empresas não podem celebrar negócios com a própria empresa que administram.
Ser accionista significa, em linguagem corrente, ser-se proprietário de uma sociedade comercial, em que a rendibilidade do capital é traduzida, ordinariamente, pela distribuição de lucros (os dividendos), ou pela sua simples alienação (especulação pura).
O que Cavaco fez foi adquirir acções do banco e, decorridos 2 anos, aliená-las, obtendo uma mais-valia fabulosa, que em muito superou aquilo que era comum e corrente no mercado de capitais de então, bolsista ou não.
Outra questão: Cavaco disse ter celebrado semelhantes contratos com outros bancos. Nesses outros contratos, obteve semelhante valorização das suas acções? Não.
Daí que urge saber mais informação sobre este negócio.
Até por que, na qualidade de accionista da SLN, Cavaco Silva poderia ter usado do poder de fiscalização da contabilidade da sociedade-mãe, e não o fez.
Mais: a crer na boa-fé de Cavaco, na qualidade de economista, ele sabe bem que não há almoços grátis pelo que devia ter duvidado da valorização extraordinária contratualmente estabelecida. E não o fez. De facto, Cavaco conhecia ou não podia ignorar, alegando desconhecimento, do fim último do negócio: o seu exclusivo benefício pessoal, ditado por considerações extra-negociais e à revelia do que era comum neste tipo de operações ao tempo e no mercado em que estas tinham lugar.
Pois ali está um homem com o calo da vida, e um profundo conhecimento das matérias que contratualiza, a arrecadar 300.000 euros sem qualquer trabalho suado, apenas possíveis graças a uma simples agenda de bons contactos! É um homem de sorte o nosso presidente...
O BPN faliu por causa de muitos negócios ruinosos do banco e da SLN. A negociata milionária do clã Cavaco com a SLN/BPN foi um deles.
Mas Cavaco Silva tem feito mais pelos seus amigos do BPN: defendeu o amigo Dias Loureiro, pessoalmente escolhido por Cavaco Silva para integrar o Conselho de Estado, sob o manto da protecção presidencial, conferida pelo estatuto de imunidade de conselheiro de Estado.
Mais: nos últimos dias, Cavaco tem atacado a actual equipa de gestão do BPN, tendo dito não compreender por que ainda aquela não recuperou o banco "quando em Inglaterra, Bancos com situações muito piores, já recuperaram"...
Se a falsa ingenuidade fosse crimonosa, Cavaco seria um genocida.
A diferença fundamental entre a Banca inlgesa e o BPN é que a primeira ficou em dificuldades por via da grave crise internacional. O caso BPN é quase um inverosímel caso de escola de Direito Penal, em que os dirigentes do Banco pilharam os próprios clientes.
A transparência e a "compliance" são os maiores valores públicos de credibilidade das instituições que lidam com dinheiro alheio. Fraudes e furtos provocam consequências irreparáveis que nenhuma administração, por mais profissional que seja, conseguirá restaurar.
Este é o monstro invencível: o BPN já não tem, nem terá, qualquer credibilidade pública enquanto instituição financeira e, como tal, está para além de qualquer recuperação.
É como colocar um Ronaldo nú num convento de noviças.
E Cavaco Silva bem sabe que o BPN é um banco irrecuperável. Já o sabia quando publicamente defendeu a nacionalização do banco.
Os efeitos deste ataque presidencial à actual administração do banco não se fizeram esperar: desde que Cavaco proferiu a sua crítica, o BPN já perdeu mais de 200 milhões de euros em depósitos bancários, que dali migraram.
Só posso interpretar este seu ataque à actual administração do banco e o seu silêncio cúmplice perante a anterior administração, que tantos milhares de euros lhe deu a ganhar, como um sintoma de comprometimento pessoal.O homem, que nunca gosta de imiscuir-se no jogo político-partidário, não pensou duas vezes em atacar a actual administração do banco e não teve, até agora, um única palavra de conforto para com os milhares de clientes do banco, que vivem dias de angústia, perante o desaparecimento das suas enconomias.
Tem preferido proteger a anterior administração, assumindo-se como um seu porta-voz, criticando a actual por um trabalho absolutamente impossível.
É que nunhum dos clientes, a quem o dinheiro foi rapinado, gozou do privilégio que gozou Cavaco Silva: a contratualização da valorização de acções, negociadas com elementos da administração que lhe eram pessoal e politicamente muito próximos, ao ponto de Oliveira e Costa ter sido um dos financiadores da campanha presidencial de Cavaco Silva em 2005.
Cavaco obteve um tratamento de favor e agora não quer responder, publicamente, por isso. Tal como os Somoza ou o Xá do Irão.
Pois eu relembro o leitor: enquanto milhares de cidadãos anónimos ficaram sem o seu dinheiro, o clã Cavaco ensacou milhares de euros.
E agora, perante a implosão do banco às mãos daquele que tanto deu a ganhar - sem qualquer risco ou esforço - ao clã Silva, eis que o "homem mais honesto de Portugal" indigna-se e insulta aqueles que, como eu, exigem-lhe cabais explicações orais (e não umas tretas redigidas pelos assessores).
Se isto é uma "campanha suja", então eu estou imundo.
Aliás, este é o problema de Cavaco Silva: não pensou duas vezes em colaborar com a PIDE, auto-proclamdo-se um fiel seguidor da política do regime do Estado Novo para ser um revisor/tradutor de documentos da NATO, bem como não vê qualquer problema em, numa pura atitude de chico-esperto, ter contratado - em condições extremamente favoráveis e inauditas, apenas possíveis pela sua proximidade poítica com a administração do BPN/SLN - um negócio ruinoso para a SLN, proprietária do BPN, promovendo um pouco mais o desnorte de um resgate que já custou 4500 milhões de euros aos contribuintes.
O homem diz ser sério e valente. Mas eu apenas vejo um homem comum, com uma moral comum. Para Cavaco, não vem mal ao mundo temer a PIDE, nem escudar-se na legalidade, tantas vezes tão duvidosa como imoral, para justificar a obtenção de mais 300.000 euros para o clã Silva.
Mas isto é medir um candidato presidencial pela mesma bitola do homem comum, o que por estes dias não é nada auspicioso.
Discordo. Eu acho que um Presidente da República deve ser uma pessoa excepcional. Por isso, prefiro alguém que tivesse mandado o emprego na Nato às malvas a ter de admitir um elogio ao Estado-Novo e um homem remediado, mas independente, com o seu salário de professor de economia (muito confortável) a um chico-espertismo de comum ladrão.
Deixo aqui ainda a lista das acusações pela qual e para memória futura já foram acusados alguns desta história de ladroagem:
As acusações:
- José Oliveira Costa, ex-presidente do banco, foi acusado da prática de sete crimes: abuso de confiança, por retirada e apropriação, para si e para terceiros, de fundos do grupo BPN/SLN; burla qualificada, por ter induzido em erro as entidades que lhe competia administrar, directa ou indirectamente; falsificação de documento, ao forjar documentos e o registo de movimentos bancários e contabilísticos; infidelidade, ao ter violado das normas de gestão, com a consequente lesão dos interesses patrimoniais das entidades administradas; branqueamento de capitais, fraude fiscal qualificada e aquisição ilícita de acções.
- José Vaz de Mascarenhas, ex-presidente do Banco Insular, foi acusado dos crimes de abuso de confiança, burla qualificada e falsificação de documento.
- Luís Caprichoso e Francisco Sanches, ex-administradores do BPN, foram acusados dos crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documento, infidelidade e aquisição ilícita de acções.
Leonel Mateus e Luís Reis Almeida, ex-administradores da Planfin, foram acusados de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documento e infidelidade.
- Telmo Reis, sócio da Labicer, empresa cerâmica de Aveiro, foi acusado dos crimes de abuso de confiança, burla qualificada e fraude fiscal qualificada.
- José Monteverde, ex-sócio de uma empresa que estava ligada à SLN, foi acusado de abuso de confiança e sobre a forma de cumplicidade e crime de burla qualificada.
- O empresário Ricardo Oliveira é acusado dos crimes de burla qualificada e falsificação de documento.
- Luís Ferreira Alves, ex-responsável da Labicer, é acusado do crime de fraude fiscal qualificada.
- Isabel Cardoso, ex-administradora da Planfin, é acusada de ter cometido sob a forma de cumplicidade, os crimes de abuso de confiança, burla qualificada, e enquanto autora material falsificação de documento.
- Também considerada cúmplice, Isabel Ferreira, ex-colaboradora da Planfin, é acusada de dos crimes de abuso de confiança, falsificação de documento.
- Como cúmplice surge também Filipe Baião do Nascimento, advogado, é acusado de crime de burla qualificada e de abuso de confiança e, como autor material, de fraude fiscal qualificada.
- António Franco, ex-administrador do BPN e ex-director de Operações do banco, é acusado, sob a forma de cumplicidade, dos crimes de burla qualificada, falsificação de documento.
- Os accionistas da SLN Fernando Cordeiro, Almiro Silva, António Cavaco, Manuel Cavaco, Rui Fonseca e Manuel António Sousa foram acusados na prática de crime de burla qualificada.
- Manuel Silva Santos, galerista, foi acusado do crime de branqueamento de capitais.
- Rui Guimarães Dias Costa, ex-sócio da Labicer, foi acusado do crime de fraude fiscal qualificada e burla qualificada.
- Hernâni Ferreira, gerente da sociedade FO Imobiliária, foi acusado do crime de burla qualificada.
- A Labicer - Laboratório Industrial Cerâmico é acusada do crime de fraude fiscal qualificada.
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Miguel Leite
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Canfranc a Estação que dava um filme: A ignorância se refere à falta de conhecimento, sabedoria e instrução sobre determinado tema, ou ainda à crença.
Depois de ler a obra "El oro de Canfranc" uma magnifica obra que relata alguns episódios da história da rota do Ouro NAZI,confiscado aos judeus essencialmente. mas de igual forma a outros prisioneiros feitos pelos seres mais execráveis que a história já conheceu.
Queria apenas fazer um breve apontamento antes de entrar no meu comentário sobre esta obra e alguns relatos que gostaria de fazer, porque tendo conhecido um ser que vive obcecado e compulsivo com o mais elementar e primário ANTI-COMUNISMO, que mais o aproxima dos NAZIS ALEMÃES, ou dos Fascistas Italianos e Portugueses, preocupado sempre com a União Soviética de Estaline a mesma que os Comunistas Portugueses oportunamente já fizeram a sua critica, mas louvor em alguns actos, por exemplo o post anterior sobre auschwitz, que fora libertado pelo Exército de "Estaline"....
Como o saber não ocupa espaço, começo a ficar convencido que a ignorância em alguns casos ou manifestamente é devido a alguma doença mental, ou algum caso de ANTI-COMUNISMO PSIQUIÁTRICO, ou esse individuo é ACÉFALO...Creio que efectivamente reúne todos os adjectivos acima referidos.
Depois de esta breve caracterização de uma personagem real, que pode bem ser uma personagem-tipo, de um Auto de Gil Vicente passo ao que realmente interessa, á história da Estação de Canfranc e a colaboração de Franco e Salazar com as autoridades Nazis e negócios que ajudar e suportaram a II guerra Mundial originada pela máquina criminosa Nazi.
A estação de Canfranc fica situada no município com o mesmo nome, no Vale de Aragão, na Comarca de Jacetania, na província de Huesca.
Canfranc Ouro é a história das vicissitudes da International Alfândega durante a Segunda Guerra Mundial. A estação de fronteira, a competência franco-espanhola, foi o cenário do tráfego de pelo menos 86 toneladas de ouro nazi da Suíça para Portugal e Espanha em 1942 e 1943.
Em contrapartida, os regimes de Franco e Salazar tungstênio neutro e de ferro vendido para a máquina de guerra de Hitler. Esses produtos também cruzaram a fronteira dos Pirinéus centrais, que abriu em 1928. Canfranc foi o centro deste comércio. Combinada a passagem de comboios nos dois sentidos, com a introdução de um sistema de distribuição com caminhões empresas suíças foi possível graças a um acordo secreto entre Espanha e Suíça.
Embora Canfranc estação internacional é de oito quilômetros em território espanhol, as tropas de Hitler colocou a suástica na plataforma francesa de novembro de 1942 até o verão de 1944, quando muitos trens carregados com os que fogem a derrota alemã na França . Os aliados usaram a travessia dos Pirinéus centrais, colocada durante os primeiros anos da guerra na França não ocupada, e entrou para o lugar onde os segredos, moedas e até mesmo as rádios com as quais eles devem se comunicar com a Resistência Francesa, que se estava formando.
Canfranc podia ser a cena de um filme como Casablanca, embora a história dessa travessia de fronteiras durante a Segunda Guerra Mundial ainda está por se escrever. A rota do ouro nazi para a Península Ibérica, a presença das SS e da Gestapo, a porta para a fuga de muitos judeus e até dos vencidos alemães, e os episódios de contra-espionagem dignos de um romance de John Le Carré. Tudo isto aconteceu em Canfranc entre 1942 e 1945.
A Alfandega internacional foi reaberta após ter sido fechada durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939) para impedir uma invasão de França. Pouco depois, em 1942 e 1943, viveu uma actividade que nunca mais foi a mesma até ao seu encerramento em 1970. A suposta neutralidade da Espanha durante o conflito que resultou num período de turbulência na Europa vai chegar para movimentar 1.200 toneladas de mercadorias por mês na rota Alemanha-Suíça-Espanha-Portugal, entre elas 86 de ouro nazi, roubado aos judeus.
Alemanha controlou a Alfandega internacional de Canfranc durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) com um grupo de oficiais da SS e o membros da Gestapo, que viviam no hotel da estação e numa cidade próxima. A Espanha não estava em guerra, mas Franco tinha uma posição de não-beligerância 'sui generis'. Devia devolver a ajuda que Hitler lhe deu na guerra Civil o que se traduziu no envio de toneladas de Volfrâmio de minas na Galiza, um mineral essencial para proteger os seus tanques e canhões. Muitas dessas explorações foram abertas por empresas alemãs que operavam em Espanha através da Sociedade Sofindus(Sociedade Financeira Industrial), uma holding alemã muito bem relacionado com Demetrio Carceller, diretor do Instituto Espanhol de Moeda Estrangeira (IEME), o único órgão que poderia comprar ouro...
Os "Documentos de Canfranc", cujo conteúdo Herald revelou esta semana, provando que em troca do apoio estratégico para o prolongamento da guerra, a Espanha recebeu, no mínimo, 12 toneladas de ouro e 4 de ópio, enquanto Portugal atingiu 74 toneladas de ouro, quatro de prata, 44 armas, 10 relógios e outros itens, o resultado da pilhagem dos judeus. Esses dados podem ser apenas a ponta do iceberg. Os originais desses documentos, enviados para o chefe de tráfego de mercadorias de Madrid, não existem. Portugal foi a porta de entrada de mercadorias da América do Sul e, no final da II Guerra Mundial, a saída de muitos alemães que encontraram refúgio na Argentina, Uruguai, Brasil e Paraguai. Por isso, recebia mais ouro.
"Havia queijos da Argentina, com uma pele muito espessa para suportar a viagem ou o açúcar que chegava a Lisboa", recorda Julio Ara.
Em Irun e Port Bou os nazis permaneceram no outro lado da fronteira, na França ocupada, mas em Canfranc viviam do lado espanhol na estação, localizada na Espanha, havia dupla jurisdição.
Concertos na estação
«Os alemães viviam na estação e realizavam concertos de piano na sala de jantar. Eles eram muito educados. Dançavam Valsa com as meninas de Canfranc e ofereciam-lhes chocolates. Eles eram engenheiros ou químicos e nós ignorantes que tínhamos muita fome durante a guerra, confessa um vizinho de Canfranc que na altura teria 14 anos e agora prefere manter-se no anonimato. Se alguma história de amor foi idealizada, como em Casablanca, não perdurou.
"Embora estivessem a servir no lado francês não havia nenhum problema a passar para o lado espanhol. Alguns viviam na pousada Marraco. Havia seis oficiais fixos e outros á paisana da Gestapo, mas às vezes chegavam grupos de vinte soldados uniformizados que vinham da frente para descansar", acrescenta.
Os vizinhos de Canfranc, abalados ainda pelos efeitos da Guerra Civil fugiram para França, mas agora não podiam atravessar a fronteira. Precisavam de um Salvo Conduto. "Desde Anzánigo, era uma área impermeabilizada", diz um vizinho. Um dos documentos "Canfranc", datado de 24 de maio de 1940 e assinado pelo super intendente da Unidade de Pesquisa e Vigilância, disse que "todo aquele que vivia na área a partir de 18 de Julho de 1936 devia apresentar-se num prazo de oito dias na Esquadra com a relação dos que viviam em sua casa, com os certificados das pessoas e empresas. "O não cumprimento levava ao regresso forçado á sua antiga residência ", avisa.
Os Carabinieri, a Guardia Civil e os oficiais SS eram inflexíveis com o roubo de bens, como relógios, que eram transportados para Portugal. "Roubaram uma caixa e eles procuraram-na. Um rapaz chegou a ser enforcado e outro multado em muito dinheiro ", contam em Canfranc.
A falta de liberdade de movimento juntava-se á fome mitigada pelas mercadorias que eram descarregadas. O salário médio de um trabalhador era de 200 pesetas por mês. Então, sempre se desviava alguma coisa dos comboios para casa. "Sacavam-se latas de sardinha, açúcar, óleo, café ou vinho que enviavam os portugueses da Madeira. Menos mal, pois passava muitas mercadorias e podíamos levar umas coisas, porque havia muita fome ", diz Daniel Sanchez, 87 anos, um dos poucos canfraneros que pode contar que carregou caixas com lingotes de ouro ás suas costas.
O ouro nazi chegava por comboio a Canfranc de acordo com os documentos descobertos pelo francês Jonathan Diaz na estação em novembro do ano passado, após a gravação de um anúncio da loteria de Natal. Entre julho 1942 e dezembro de 1943 atingiu 45 comboios, seis deles com destino a Espanha ("importação" aparece no papel) com 12 toneladas de ouro, e o resto do "trânsito" com destino a Portugal, que recebeu 74 toneladas de metais preciosos. Daniel descarregava o ouro dos comboios suíços pela ponte internacional e colocava-o em camiões suiços que se encarregavam de leva-lo para Madrid e Portugal, através das fronteiras de Badajoz, Valencia de Alcántara e Fuentes de Oñoro.
O historiador Pablo Martín Aceña, director da comissão espanhola que investigou as compras de ouro nazi pela Espanha, disse que a Península Ibérica recebeu estes carregamentos até agosto de 1945, por Hendaya, Port Bou e Canfranc, mas não sabe em que proporção.«Os serviços de inteligência dos aliados contabilizaram 135 saídas da fronteira franco-suíça de Bellegarde para a Península Ibérica», aponta.
Estes comboios transportavam "um total de 300 toneladas ". Portugal comprou muito ouro que saiu da Bélgica e Holanda. O que foi recebido por Espanha (IEME), é evidente a partir das contas que foram investigadas no Reichbank, o Banco Nacional Suíço e o IEME. Outra coisa é que as empresas espanholas na Alemanha cobraram em ouro e depositaram-no em Londres ou Zurique. Calcula-se que 20 toneladas de ouro entraram em Espanha pela troca de Volfrâmio ", assinala Martin Aceña.
Esse Volfrâmio que ainda pode ser visto, 60 anos mais tarde, no cais e nas vias mortas da estação de Canfranc.
Portugal e Espanha exportaram esse minério para a Alemanha, no entanto, em 1944 os aliados pressionaram o regime de Franco e de Salazar parar com as exportações, a fim de acabar com a guerra.» 1
A ultima Visão História (nº8, Portugal e a II Guerra Mundial) escreve também algo muito interessante sobre o tema, referindo-se que muito do ouro vindo para Portugal foi "comprado" pelo Santuário de Fátima entre outros pormenores dos quais se cita o seguinte:
«Os negócios entre o Portugal de Salazar e a Alemanha de Hitler ainda escondem mais do que revelam. E a versão oficial da "Comissão Soares" sobre o ouro nazi deixou uma série de pontas soltas. Lentamente, porém, segredos comprometedores vieram à tona...»
Do livro "Portugal e o Plano Marshall" da historiadora Fernanda Rollo também se extrai o seguinte:
Na ponderação das condicionantes que terão contribuído para determinar a atitude de Portugal em dispensar inicialmente auxílio Marshall colocava-se ainda outro problema: a questão do ouro alemão, cuja legitimidade de posse, tal como referia o Ministro das finanças no Parecer datado de 27 de Agosto de 1947, nos era contestada.
Permanecem porém, muitas divergências quanto á quantidade recebida de ouro "sujo" por parte de Portugal.
Por isso antes de andarem preocupados com falsificações de História, em falsear a história, deviam se preocupar em não deixar branquear a História.
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Miguel Leite
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sábado, 29 de janeiro de 2011
A Feliz libertação de Auschwitz-Birkenau pela U.R.S.S. e Fantasmas que surgem do passado....
Fez dia 27 de Janeiro 66 anos da libertação deAuschwitz-Birkenau, nome de um grupo de campos de concentração localizados no sul da Polônia, símbolos do Holocausto perpetrado pelo nazismo, o pior regime que a Humanidade teve a infelicidade de conhecer, devido aos horrores, terrores, massacres sem fins e á exploração de seres humanos em niveis surreais,hoje escrevo este artigo no blog para homenagear as vitimas do campo de Auschwitz e os libertadores do campo, o Éxercito Vermelho da U.R.S.S. e denunciar novos pergigos que nos dias de hoje reaparecem, perigos que temos de combater duramente...
Auschwitz foi o maior e mais terrível campo de extermínio do regime de Hitler. Em suas câmaras de gás e crematórios, foram mortas pelo menos um milhão de pessoas. No auge do Holocausto, em 1944, eram assassinadas seis mil pessoas por dia. Auschwitz tornou-se sinônimo do genocídio contra os judeus, ciganos (sinti e rom) e outros tantos grupos perseguidos pelos nazistas.
As tropas soviéticas chegaram a Auschwitz, hoje Polônia, na tarde de 27 de janeiro de 1945, um sábado. A forte resistência dos soldados alemães causou um saldo de 231 mortos entre os soviéticos. Oito mil prisioneiros foram libertados, a maioria em situação deplorável devido ao martírio que enfrentaram.
"Na chegada ao campo de concentração, um médico e um comandante questionavam a idade e o estado de saúde dos prisioneiros que chegavam", contou Anita Lasker, uma das sobreviventes. Depois disso, as pessoas eram encaminhadas para a esquerda ou para a direita, ou seja, para os aposentos ou direto para o crematório. Quem alegasse qualquer problema estava, na realidade, assinando sua sentença de morte.
Câmaras de gás e crematórios foram criadas para os prrisioneiros no campo de concentração de Buchenwald, no Leste da AlemanhaAuschwitz-Birkenau foi criado em 1940, a cerca de 60 quilômetros da cidade polonesa de Cracóvia. Concebido inicialmente como centro para prisioneiros políticos, o complexo foi ampliado em 1941. Um ano mais tarde, a SS (Schutzstaffel) instituiu as câmaras de gás com o altamente tóxico Zyklon B. Usada em princípio para combater ratos e desinfetar navios, quando em contato com o ar a substância desenvolve gases que matam em questão de minutos. Os corpos eram incinerados em enormes crematórios.
Um dos médicos que decidiam quem iria para a câmara de gás era Josef Mengele. Segundo Lasker, ele se ocupava com pesquisas: "Levavam mulheres para o Bloco 10 em Auschwitz. Lá, elas eram esterilizadas, isto é, se faziam com elas experiências como se costuma fazer com porquinhos da Índia. Além disso, faziam experiências com gêmeos: quase lhes arrancavam a língua, abriam o nariz, coisas deste tipo..."
O objectivo consistia em trabalhar até cair...
Os que sobrevivessem eram obrigados a trabalhos forçados. O conglomerado IG Farben, por exemplo, abriu um centro de produção em Auschwitz-Monowitz. Em sua volta, instalaram-se outras firmas, como a Krupp. Ali, expectativa de vida dos trabalhadores era de três meses, explica a sobrevivente.
"A cada semana era feita uma triagem", relata a sobrevivente Charlotte Grunow. "As pessoas tinham de ficar paradas durante várias horas diante de seus blocos. Aí chegava Mengele, o médico da SS. Com um simples gesto, ele determinava o fim de uma vida com que não simpatizasse."
Para apagar os vestígios do Holocausto antes da chegada do Exército Vermelho, a SS implodiu as câmaras de gás em 1944 e evacuou a maioria dos prisioneiros. Charlotte Grunow e Anita Lasker foram levadas para o campo de concentração de Bergen-Belsen, onde os britânicos as libertaram em abril de 1945. Outros 65 mil que haviam ficado em Auschwitz já podiam ouvir os tiros dos soldados soviéticos quando, a 18 de janeiro, receberam da SS a ordem para a retirada.
"Fomos literalmente escorraçados", lembra Pavel Kohn, de Praga. "Sob os olhos da SS e dos soldados alemães, tivemos de deixar o campo de concentração para marchar dia e noite numa direção desconhecida. Quem não estivesse em condições de continuar caminhando, era executado a tiros", conta. Milhares de corpos ficaram ao longo da rota da morte. Para eles, a libertação chegou muito tarde...
Os nazi-fascistas sofreram não só uma derrota militar, mas também uma derrota política e moral. A ideologia da igualdade de todas as raças e da amizade entre as nações conquistou uma vitória incontestável contra a ideologia do nacionalismo brutal e do ódio racial. Com sua política canibalesca, Hitler mobilizou o mundo inteiro contra a Alemanha. A chamada "raça superior" tornou-se o alvo do ódio universal. Mas vale ressaltar que os soviéticos não odeiam os alemães por causa de preconceitos raciais ou questões nacionalistas. O povo soviético odiava esses invasores não porque eles são de outro país, mas porque eles causaram sofrimento horrivel e infortúnio impensáveis aos soviéticos os que mais sofreram.O povo tem um velho ditado:O lobo não é caçado só porque é cinza, mas porque devora o carneiro...
Que sirva de exemplo para que nunca mais se repita algo asssim...
Porque por exemplo na Hungria, pela primeira vez um partido declaradamente de extrema direita conseguiu entrar no parlamento nacional de um país europeu. Na França, a Frente Nacional de Jean-Marie Le Pen teve resultados significativos nas eleições regionais.
Na Itália, a populista e xenófoba Liga Norte fortificou sua posição e, na Holanda a popularidade do crítico do Islã Geert Wilders aumenta a cada dia. Até que ponto a população da Europa é vulnerável aos apelos populistas, que apresentam soluções aparentemente simples para problemas complexos?
A Frente Nacional, de Le Pen, saiu vitoriosa das últimas regionais francesasMas os partidos xenófobos e de extrema direita estão ganhando popularidade. Nos últimos meses, têm conseguido ganhos espetaculares em vários países da UE. Como é o caso agora da Hungria, onde Viktor Orban, vencedor das eleições e presidente do conservador Fidesz, se serviu durante a campanha tanto de estereótipos xenófobos como de um discurso á Hitler, assim como do recém-formado partido de extrema direita Jobbik, que também apresentou ganhos significativos de eleitorado.
Os movimentos populistas de direita europeus têm características distintas,
temos populistas de extrema direita na Escandinávia que protestam contra impostos, temos os nacionalistas na Europa Oriental que tentam ganhar novas identidades com a queda do Muro de Berlim. Temos características muito diferentes, como o líder francês Jean-Marie Le Pen, ou com o movimento na Áustria que era liderado por Jörg Haider.
Mas populistas de extrema direita têm em comum a capacidade de instrumentalizar a seu favor os medos dos eleitores em tempos de crise, aproveitando-se da insatisfação dos cidadãos e oferecendo respostas simples para problemas complexos, como a situação econômica ou o desemprego. Eles querem se livrar sobretudo dos estrangeiros e dos outros.
O fato de esses movimentos se caracterizarem sobretudo pela discriminação de tudo aquilo que é estrangeiro faz com que não consigam colaborar com outras forças similares além das fronteiras dos países em que atuam.
Isso fica claro no Parlamento Europeu.Tanto extremistas de direita quanto populistas de direita têm seus problemas com o conceito de Europa. Eles lutam contra instituições políticas supranacionais como a UE. Querem manter a identidade de seus próprios países. Paradoxalmente, tentaram formar uma bancada própria no Parlamento Europeu, o que não deu certo, porque as diferenças entre eles eram muito grandes.
Muitas vezes, os pequenos partidos de extrema direita permanecem partidos de protesto e não conseguem participar de uma coalizão. Ao mesmo tempo, exercem pressão sobre os partidos conservadores do centro, os quais não querem perder seus eleitores mais de direita.
Isso pôde ser observado também nas eleições regionais de fevereiro na França, nas quais tanto os socialistas como a Frente Nacional conseguiram um forte ganho de votos, às custas dos conservadores.
Por isso é preciso a união das forças democráticas e progressistas para derrotar novos ventos de FASCISMO E NAZISMO e impedir novos Auschwitz.
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Miguel Leite
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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
O Capitalismo precisa da Eutanásia.
O sistema capitalista global está mais uma vez oscilando à beira de uma grave crise financeira e recessão económica. A crise da dívida soberana (pública) na Europa – que ameaça a existência do euro e até da União Europeia (UE) – está causando ondas de choque em todo o mundo. A perspectiva muito real de calotes da Grécia e de países maiores como Espanha e Itália se aproxima. Isso por sua vez pode derrubar os grandes bancos e desencadear uma nova crise de crédito ainda mais terrível que a após o colapso do Lehman Brothers 18 meses atrás.
O risco de que a anémica “recuperação” económica dos últimos seis meses se torna em uma recessão de “duplo mergulho” é agora visto como um perigo por governos e economistas que há apenas algumas semanas atrás rejeitavam tal cenário.
Os eventos europeus – os maiores protestos de trabalhadores na Grécia em quase 40 anos, ataques draconianos aos salários, aposentadoras e empregos, e choques agudos entre os governos – são todos sintomas de uma doença crónica do sistema capitalista. A fase actual da crise é agravada pelas próprias políticas apresentadas como “a cura” para a fase anterior. Para superar a crise de crédito e o colapso parcial do sistema bancário global, os governos introduziram políticas de estímulo sem precedentes sob um plano coordenado globalmente pelo G20. Isso impediu uma contração econômica mais séria na época. Os governos resgataram bancos e companhias altamente endividados, em alguns casos nacionalizado-os como um “expediente temporário”. Mas com a economia ainda organizada nos moldes do capitalismo, cegamente, com gangues capitalistas rivais pondo lucros de curto prazo antes dos interesses globais da sociedade, então inevitavelmente os distorcidos pacotes “keynesianos” de resgate de 2008 e 2009 forneceram apenas um alívio temporário.
Como explica o economista Nouriel Roubini, “A socialização das perdas privadas e a frouxidão fiscal com o objectivo de estimular as economias em recessão tem levado a um cúmulo perigoso de deficits do orçamento público e dívidas. Então, a recente crise financeira global não acabou; ao invés, ela alcançou uma etapa nova e mais perigosa.”
Não são mais os bancos, mas os próprios governos que precisam de um resgate. Os resgatadores se tornaram os resgatados. Ao invés de devolver o favor, os ingratos bancos e instituições financeiras, ainda carregados de enormes perdas não-divulgadas, estão fazendo tudo para lucrar com isso e assim piorar a crise através da especulação frenética nos mercados de dívidas governamentais. Na Europa, os estados mais poderosos, Alemanha e França, estão relutantemente patrocinando um resgate dos estados mais fracos, começando com a Grécia.
Como os socialistas se esforçam para explicar, esse não é um resgate para a Grécia ou o povo grego, que enfrenta selvagens políticas de austeridade, mas para os bancos e o próprio sistema capitalista. Os bancos da Alemanha e França possuem 70% da dívida grega e se arriscam a serem prejudicados por um calote grego, i.e., o cancelamento dos pagamentos da dívida. O euro está em risco e, com ele, o prestígio e aspirações globais das principais potências europeias. O presidente francês Sarkozy ameaçou abandonar do euro se os líderes alemães não assinassem o último “pacote de resgate” para a Grécia, Portugal, Espanha e outras economias que são o elo fraco. Merkel, a chanceler alemã, verbalizou o que isso poderia significar quando disse: “Esse desafio é existencial e temos que enfrentá-lo. O euro está em perigo… Se o euro cair, então a Europa cai”.
Tal seria a desarticulação econômica da Europa no caso de um desmoronamento da união monetária capitalista europeia, com cada governo tentando diminuir suas próprias perdas às custas dos vizinhos, que a União Europeia talvez não poderia mais se manter juntos. Uma pressão social massiva e um sentimento anti-UE poderiam forçar os governos a romperem com a união. Em uma base capitalista isso provavelmente seria acompanhado de uma eclosão de nacionalismo e de ataques às “causas estrangeiras” da crise.
A condição perigosa da Europa capitalista explica o Fundo de Estabilização Europeu (FEE) de quase 1 trilhão de dólares lançado no início de maio pela UE e FMI para “acalmar os mercados” (i.e., os bancos e fundos hedge) numa tentativa de impedir que o contágio financeiro se espalhasse. Esse pacote sem precedentes de empréstimos de emergência, compras de títulos da dívida e garantias bancárias foi o equivalente europeu à “bazuca” produzida pelo antigo secretário do tesouro dos EUA Hank Paulson após o colapso do Lehman Brothers – o plano “TARP” de 700 bilhões de dólares para comprar os ativos tóxicos ou “problemáticos” acumulados pelo sistema bancário norte-americano. Resta saber se a “bazuca” europeia pode estabilizar a situação – a reação inicial do mercado foi de mais especulação contra o euro.
Como antes, essa é uma crise global. Não está circunscrita à Europa mais do que a crise “subprime” foi apenas um assunto americano. E como pontua Roubini, essa é potencialmente uma fase da crise muito mais séria do que a anterior. A interconexão do capitalismo está plenamente revelada. A Grécia apenas responde por um quadragésimo da economia da zona do euro mas sua crise da dívida ameaça redundar em uma crise financeira européia e até global.
No final de 2009, os bancos da Europa possuiam US$ 2,29 trilhões em risco na Grécia, Itália, Portugal e Espanha. Mais expostos estão os bancos franceses, com US$ 843 bilhões (dinheiro que seria perdido no caso de uma série de calotes soberanos). Mas os bancos dos EUA também estão seriamente expostos. Estima-se que apenas o JPMorgan Chase possui US$ 1,4 trilhão de exposições por toda a Europa, enquanto o Citigroup Inc. possui US$ 468,4 bilhões. Não por acaso, a administração Obama pressionou firme para que a UE/FMI produzissem sua “bazuca”.
Por toda a Europa os governos estão lançando uma massiva ofensiva contra a classe trabalhadora. Isso foi algo que os socialistas do Comitê por uma Internacional dos Trabalhadores (CIT) alertaram que ocorreria quando os programas de estímulo foram desvelados 18 meses atrás. Na Grécia os salários serão cortados em 20-25% e o desemprego pode dobrar para um quinto da força de trabalho no próximo ano. A Espanha, também governada por um suposto governo “socialista”, planeja as maiores reduções orçamentárias em 30 anos.
O que está acontecendo na Europa agora é uma antecipação do que virá na Ásia amanhã. Nos EUA, a situação a nível dos estados já parece distintamente “europeia”. O colunista do Washington Post Michael Gerson alerta: “Alguns estados grandes, como Califórnia e Nova Iorque, estão à beira da inadimplência. Eles conseguirão grandes reduções de gastos apenas cortando seus níveis salariais e de aposentadoria do funcionalismo público. Isso criará uma grande batalha entre os governos estaduais e o movimento dos trabalhadores”.
Os partidos e comentaristas capitalistas estão falando não de alguns anos difíceis, mas de uma “era de austeridade”. A menos que os trabalhadores se organizem, preparem e lutem então se aproxima uma era sem fim de ataques à frente. No caso do Japão, um estudo recente do instituto suíço IMD fala de “70 anos de austeridade” – teria que se esperar até 2084 para o Japão reduzir sua dívida estatal, actualmente 189% do PIB, a um nível “normal” de 60%. Os capitalistas estão elaborando planos para empobrecer a classe trabalhadora e tomar de volta os ganhos de meio século de luta sindical e política, por isso o que importa é estar alerta e derrotar os planos de exploração do Capitalismo.
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Miguel Leite
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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Discurso de Álvaro Cunhal em Moscovo em 1962 Parte I
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Miguel Leite
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Comunismo
Haiti Papa e Baby "Doc" e os Tonton Macoute
A Milícia de Voluntários da Segurança Nacional, conhecidos como Tonton Macoute (literalmente "Tio do Saco", em crioulo haitiano, aludindo às figuras do "homem do saco" ou "bicho papão")pelos vistos continua a existir neste país saturado pelo último terramoto que vitimou uma nação de uma forma implacável, pelos vistos depois de décadas de ditaduras sanguináreas dos "Doc" Papa Doc e Baby doc, de seu nome Jean-Claude "Baby Doc" Duvalier filho de François Duvalier, mais conhecido como Papa Doc que instaurou uma ditadura implacável e depois da sua morte assumida na continuidade pelo filho que depois de 25 anos no exilio em França, regressa á capital Port-au-Prince para "Ajudar o Haiti"... talvez seja uma ajuda da célebre Democra(CIA)habituada neste conflitos internos e crises a tentar fortalecer os seus interesses e aumentar o seu dominio na região.
Ora vejamos....
O Papel dos E.U.A. durante décadas, a situação no Haiti continuaram se agravando, sem justificar uma intervenção internacional. Embora os Estados Unidos foi um dos participantes eminentemente activa e interessada no desenvolvimento da cultura política do Haiti, se absteve de se manifestar contra tais atrocidades, nem mesmo durante as administrações dos direitos humanos com foco como Jimmy Carter's como um resultado da lógica da Guerra Fria. Washington foi certamente muito mais interessados em apoiar um tirano pró-americano, cuja tarefa era supostamente para impedir a propagação do comunismo na região, em vez de proteger o povo haitiano pelo apoio a uma democracia saudável e uma autoridade responsável em Port-au-Prince. Butch Ashton, um homem de negócios que fez fortuna durante a ditadura Duvalier pelas corporações, que estabelece como Citrus (um exportador de frutas) e da concessionária Toyota na capital do país, com veemência afirma que a Tonton milícia Macoute foi treinada pela Marinha dos EUA Corpo e que os mais altos níveis do governo americano, foram cúmplices deste regime.
Os EUA tem sido um apoiante activo, apesar das sombras, mesmo anos após a "Macoute Tonton" reino de violência oficialmente acabou. A Human Rights Watch sobre o Haiti em 2004 e declarou: "Os Estados Unidos, nomeadamente, mostrou pouco entusiasmo para a repressão de abusos cometidos no passado. Aliás, ela impediu a responsabilidade pela remoção EUA para os milhares de documentos da sede militares e paramilitares, permitindo que agressores notória a fugir do Haiti, e repetidamente o refúgio de líderes paramilitares. "
Especificamente os Tonton Macoute uma mistura tripartida de Genocidas,Misticismo e Realidade uma característica fundamental da estrutura do MSVN foi que alguns dos membros mais importantes do "Tonton Macoutes" foram os líderes vodu, com este sistema de crença praticada atualmente por cerca de metade da população do país. Esta filiação religiosa deu o "Macoutes" um senso de autoridade sobrenatural aos olhos do público, que lhes permitia praticar actos terríveis, sem qualquer forma de retribuição da população haitiana em geral. O que isto significa é que "o 'Tontons Macoutes" foram parte de uma estratégia consciente para identificar as forças espirituais e lealdade para com o nacionalismo Duvalier, e incutir medo nos [seus] adversários. "De seus métodos para a sua escolha de roupas, sempre vodou desempenhado um papel importante em suas ações.
No entanto, apesar da natureza religiosa do vodu, os fatos, bem como os números falam por si. Estes assassinos impiedosos assassinados mais de 60.000 haitianos e muitos mais foram forçados a abandonar suas casas. Por conseguinte, o Haiti sofreu uma fuga de cérebros incomparável e incapacitante que roubou o pequeno país de muitos de seus cidadãos mais educados.
A milícia criou um sentimento de medo com as ameaças contínuas contra o público, bem como as execuções freqüentes aleatória. O "Tonton Macoutes" freqüentemente apedrejados e queimados pessoas vivas, com acompanhamento regular tais ritos por enforcamento corpos de suas vítimas na rua como um alerta à população em geral. A diversidade das vítimas foi também uma medida da "Macoutes" crueldade. Elas podem variar de uma mulher nos mais pobres dos bairros que tiveram a ousadia de apoiar um adversário político, todo o caminho para um diplomata estrangeiro acomodar ou mesmo um homem de negócios que se recusaram a "doar" o dinheiro para obras públicas (obras públicas é o bolsos de funcionários corruptos e mesmo o próprio ditador).
A escuridão da "Tonton Macoutes" era pode ter parecido a diminuir após o desmembramento oficial da organização, que ocorreu após o "Baby Doc" fugiu do Haiti para a França em 1986. No entanto, os massacres conduzidos por grupos paramilitares gerado pelo Macoutes continuou durante a década seguinte. Depois de 1991, quando Aristide estava ilegalmente forçados a deixar a presidência, os vestígios do MVSN ficou conhecido como "adidos", ou grupos de vigilantes selvagem anexado às forças de segurança do governo, ou torta organizações políticas que tiveram a capacidade de usar a força contra seus inimigos . Consequentemente, um número de pequenos corpos paramilitares foram organizadas para trabalhar com essas máfias como "estabilidade" keepers. Um bom número destas novas estruturas foram sendo formado por ex-Macoutes. "Muitas dessas milícias permaneceu nostálgico para os bons e velhos tempos de Duvalierismo, com alguns até mesmo a tentativa de incendiar o seu próprio reino de terror.
O grupo mais temido paramilitares durante a década de 1990 surgiu como uma presença política tão sádico como o MVSN: a "Frente Revolucionária para o Avanço eo Progresso do Haiti-FRAPH", que crack Toronto Star jornalista Linda Diebel descrita como moderna Macoutes e não como o partido político que pretendia ser. O jornalista declarou que a FRAPH, sob Emmanuel figura goon Constant, foi ainda pior que a milícia Duvalierist porque não era mais subordinado a uma autoridade absoluta. O FRAPH também colaborou com o exército regular de perseguir os seguidores de Aristide, o que tornava ainda mais perigoso do que a "Tonton Macoutes", pois nos velhos tempos, as milícias e as forças armadas legais fossem rivais mais aliados. Este grupo paramilitar também estendeu sua influência muito além La Hispaniola às diásporas em todo o mundo ", FRAPH também teve uma presença no exterior, com escritórios em Nova York, Miami, Montreal e outras cidades com grandes comunidades de exílio no Haiti."
Esses fantasmas do passado ainda atormentam Haiti e política dos EUA: no ano passado um grupo de ativistas cívicos acusou o governo de Obama de fechar os olhos cegos para a atividade criminosa praticada contra os partidários de Aristide e simpatizantes do seu partido Lavalas Fanmi. O grupo que estava tentando impedir a participação do partido mais popular do Haiti, nas eleições de 2010 através do uso da violência indiscriminada e pressão política era liderada por um ex-líder paramilitar condenado os EUA por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, Guy Philippe.
Há uma longa história de violência paramilitar no Haiti, que parece imparável, mas todos, independentemente de qualquer governo pode estar no comando. Como o professor Robert Maguire observada em 2002, "a luta pelo poder inabalável entre os políticos do país tem sido acompanhado por uma renovação do tipo de violência paramilitar que a grande maioria dos haitianos esperava tivesse terminado com a dissolução das Forças Armadas do Haiti Forças em 1995." Mas existem algumas outras questões que alimentam a existência do fenômeno paramilitar: esses fatores incluem o tráfico de drogas, a pobreza crescente, as forças de polícia desmoralizada, ea primazia dos interesses da elite. Todos esses fatores explicam porque os restos do "Tonton Macoutes" ainda são uma parte muito importante do património político e social do Haiti, assim como eles e seus descendentes continuam a se fragmentar em pequenos grupos com interesses diferentes, mantendo a sua propensão para a violência eo caos .
De acordo com Paulo Francis, que era correspondente em Nova York, ''Baby Doc" foi deposto pelos EUA. Disse ele que o porta-voz da Casa Branca, Larry Speakes, anunciara a queda de Duvalier. A razão da demora é que os militares haitianos queriam governar sozinhos e o governo dos EUA insistiu na presença de civis na junta. "Baby Doc" perdeu o apoio de setores tradicionalmente aliados (como os empresários da Associação das Indústrias, prejudicadas pela abertura do comércio aos EUA), e mesmo a cúpula do Exército não se mostrava unificada em relação à sustentação daquele regime.
Baby Doc governou de 1971 a 1986, sem mudar a tirania herdada do pai, François Duvalier. Com a morte do pai, foi consagrado presidente vitalício, com apenas 19 anos de idade. Em seu governo destacaram-se os grupos de repressão política dirigidos pela mãe, Simone Duvalier, e a irmã Marie-Denise. Pressões internacionais obrigaram-no a adotar medidas aparentemente democratizantes, como a liberação de presos políticos, e reformas que nenhum benefício trouxeram à população.
Porém, com ajuda dos Estados Unidos, organizou (1971) uma nova força paramilitar, os Leopardos, para atuar como cunha entre o Exército e a milícia criada pelo pai, os 'tonton-macoutes'. Casou-se (1980) com Michèle Bennett, que substituiu sua mãe na chefia da facção mais repressiva do regime Derrubado por uma insurreição popular (1986), vive asilado em Paris.
Os EUA que odeiam a instabilidade nos seus países de fantoches escolta o Duvalier Baby Doc despótico para o sul da França para uma aposentadoria confortável. A CIA, em seguida cria plataformas próximas de eleições em favor de outro ditador Henry Namphy e Prosper Avril ambos de direita. Entretanto, a violência mantém o país em tumulto político por mais quatro anos. A CIA tenta fortalecer as forças armadas, criando o Serviço de Inteligência Nacional (SIN), que suprime a revolta popular por meio de tortura e assassinato.
O caos no Haiti cresce tão impunemente que o presidente Clinton anos depois não tem escolha senão remover o ditador do Haiti Raoul Cedras, sob ameaça de invasão dos EUA. Os ocupantes dos EUA não prender os líderes militares do Haiti por crimes contra a humanidade, mas sim garantir a sua segurança e aposentadorias chorudas. Aristide voltou ao poder depois de ser forçado a aceitar uma agenda favorável a classe dominante do país.
A propósito de aposentadorias chorudas Baby Doc" pediu para ser levado por um avião da Força Aérea norte-americana, e o governo da FRANÇA - PAÍS ONDE O DITADOR TEM PROPRIEDADES LUXUOSAS, INCLUSIVE UM CASTELO DO SÉCULO XVIII COMPRADO POR US$ 735 mil dólares, a noroeste de Paris - aceitou lhe conceder visto temporário para "facilitar uma transição democrática" no Haiti.
Para terminar e para vermos as "ajudas" criminosas dos E.U.A. apresentam o terramoto que foi devastador mas é apresentado à opinião pública mundial como a causa única da situação do país.
Um país que foi destruído, cuja infraestrutura foi demolida. O seu povo precipitado na pobreza abissal e no desespero.
Na história do Haiti, o seu passado colonial foi apagado.
Os militares estado-unidenses vieram em resgate de um país empobrecido. Qual é o seu mandato?
Trata-se de uma operação humanitária ou de uma invasão?
Os principais actores da "operação humanitária" da América são o Departamento da Defesa, o Departamento de Estado e a U.S. Agency for International Development (USAID). (Ver USAID Speeches: On-The-Record Briefing on the Situation in Haiti, 01/13/10 ). À USAID também foi confiada a canalização de ajuda alimentar ao Haiti, a qual é distribuída pelo Programa Alimentar Mundial. (Ver USAID Press Release: USAID to Provide Emergency Food Aid for Haiti Earthquake Victims, January 13, 2010 )
Contudo, a componente militar da missão dos EUA tende a ensombrar as funções civis de salvar uma população desesperada e empobrecida. A operação humanitária total não está a ser conduzida por agência governamentais civis tais como a FEMA ou o USAID, mas sim pelo Pentágono.
O papel dominante na tomada de decisões foi confiado ao US Southern Command (SOUTHCOM).
Está contemplada uma maciça instalação de pessoal e material militar. O presidente da Joint Chiefs of Staff, almirante Mike Mullen, confirmou que os EUA estarão a enviar nove a dez mil milhares de soldados ao Haiti, incluindo 2000 marines. (American Forces Press Service, January 14, 2010)
O porta-aviões USS Carl Vinson e os seus navios complementares de apoio já chegaram a Port au Prince. (15/Janeiro/2010). Os 2000 membros da Unidade Anfíbia da Marinha bem como soldados da 82ª Divisão Aerotransportada do Exército dos EUA "são treinados numa ampla variedade de missões incluindo segurança e controle de tumultos além de tarefas humanitárias".
Em contraste com as equipes de resgate e ajuda despachadas por várias organizações civis, o mandato humanitário dos militares dos EUA não está claramente definido.
"Os marines são definitivamente guerreiros em primeiro lugar e isso é o que o mundo sabe do marines, ... [mas] somos igualmente compassivos quando precisamos ser e este é um papel que gostaríamos de mostrar – o do guerreiro compassivo, estendendo a mão com ajuda àqueles que dela precisam. Estamos muito estimulados quanto a isto". (Marines' Spokesman, Marines Embark on Haiti Response Mission , Army Forces Press Services, January 14, 2010)
Enquanto os presidente Obama e Préval falavam ao telefone, não havia discussões entre os dois governos respeitantes à entrada e instalação de tropas dos EUA em solo haitiano. A decisão foi tomada e imposta unilateralmente por Washington. A falta total de funcionamento do governo no Haiti foi utilizada para legitimar, com bases humanitárias, o envio de uma poderosa força militar, a qual de facto usurpou várias funções governamentais.
Activos militares dos EUA a serem enviados ao Haiti (de acordo com anúncios oficiais)
O navio de assalto anfíbio USS Bataan (LHD 5) e os navios anfíbios dock landing USS Fort McHenry (LSD 43) e USS Carter Hall (LSD 50).
Uma Unidade Anfíbia dos Marines com 2000 membros da 22ª Unidade Expedicionária da Marinha e soldados da 82ª divisão aerotransportada do exército . Novecentos soldados estão destinados a chegar ao Haiti em 15 de Janeiro.
O porta-aviões USS Carl Vison e os navios complementares de apoio (chegados a Port au Prince em 15/Janeiro/2010): USS Carl Vinson CVN 70
O navio hospital USNS Comfort.
Várias embarcações e helicópteros da Guarda Costeira dos EUA.
Os três navios anfíbios unir-se-ão ao porta-aviões USS Carl Vinson, ao cruzador com mísseis guiados USS Normandy e à fragata com mísseis guiados USS Underwood .
Papel preponderante do US Southern Command
O US Southern Command (SOUTHCOM) com sede em Miami é a "agência principal" no Haiti. O seu mandato como comando militar regional é executar a guerra moderna. A sua missão declarada na América Latina e no Caribe é "conduzir operações militares e promover cooperação de segurança para alcançar objectivos estratégicos dos EUA". ( Our Mission - U.S. Southern Command (USSOUTHCOM ) Os oficiais no comando são treinados para superintender operações no teatro, policiamento militar bem como "contra-insurgência" na América Latina e no Caribe, incluindo o recente estabelecimento de novas bases militares estado-unidenses na Colômbia, na proximidade da fronteira venezuelana.
O general Douglas Fraser, comandante do U.S. Southern Command definiu a operação de emergência no Haiti como uma operação de Comando, Controle e Comunicações (C3). O US Southern Command deve supervisionar uma instalação maciça de material militar, incluindo vários navios de guerra, um porta-aviões, divisões de combater aero-transportado, etc.
"Assim, estamos concentrados em ganhar comando e controle e comunicações ali de modo a que possamos realmente obter um melhor entendimento do que está a acontecer. O MINUSTAH [United Nations Stabilization Mission in Haiti], com a sua sede parcialmente em colapso, perdeu um bocado da sua comunicação e assim procuramos fortalecer aquela comunicação, também.
Estamos a enviar equipes de avaliação em conjunto com a USAID, apoiando os seus esforços, bem como cedendo alguns de nós para apoiar os seus esforços.
Estamos a movimentar vários navios que tínhamos na região – são navios pequenos, lanchas da Guarda Costeira, destróiers – naquela direcção, para proporcionar o que for preciso de assistência imediata no solo.
Também temos um porta-aviões da U.S. Navy, o USS Carls Vinson , a movimentar-se naquela direcção. Ele estava no mar ao largo de Norfolk e vai gastar um par de dias para chegar ali. Precisamos também reabastecê-lo e dar-lhe as provisões que precisa para apoiar o esforço no Haiti. E estamos à procura de agências internacionais para descobrir como apoiar os seus esforços bem como os nossos esforços.
Também estamos à espera de um grande navio anfíbio com uma Unidade Expedicionária Marine nele embarcada que num par de dias chegará após o USS Vinson.
E isso dá-nos um leque mais vasto de capacidade para movimentar abastecimentos e também para aumentar a capacidade para ajudar a apoiar o esforço.
O ponto principal é que não temos uma avaliação clara neste momento da situação no terreno, o que é preciso em Port-au-Prince, quão generalizada é a situação.
Finalmente, temos também uma equipe que se dirige para o aeroporto. No meu entendimento, porque o meu vice-comandante por acaso estava no Haiti quando surgiu esta situação, numa visita programada anteriormente. Ele tem permanecido no aeroporto. E afirma que a pista está funcional mas a torre não tem capacidade comunicações. O terminal de passageiros tem danos estruturais, não sabemos em que grau.
Assim, temos um grupo para verificar se podemos ganhar e assegurar o aeroporto e operar a partir dele, porque este é um daqueles locais que pensamos ter um papel no esforço imediato de uma ajuda internacional.
E então efectuamos todas as outras avaliações que considerarmos apropriadas neste esforço.
Também estamos a coordenar no terreno com a MINUSTAH, com pessoas que estão ali. O comandante do MINUSTAH aconteceu estar em Miami quando esta situação acontecer, de modo que agora ele está a viajar de volta e deveria chegar a Port-au-Prince a qualquer momento. Isso nos ajudará a coordenar nossos esforços porque, mais uma vez, as Nações Unidas sofreram uma perda significativa com o colapso – pelo menos o colapso parcial da sua sede.
De modo que estes são os esforços iniciais que temos em andamento. E quando obtivermos avaliações que vem a seguir, então ajustaremos como necessário.
O secretário da Defesa, o presidente, determinaram que isto é um esforços significativo e estamos reunindo todos os recursos dentro do Departamento da Defesa para apoiar este esforço" ( Defense.gov News Transcript: DOD News Briefing with Gen. Fraser from the Pentagon , January 13, 2010)"
Um relatório da Heritage Foundation resume a essência da missão da América no Haiti: "O terramoto tem tanto implicações humanitárias como de segurança nacional para os EUA [exigindo] uma resposta rápida que seja não só forte como decisiva, mobilizando capacidades militares, governamentais e civis dos EUA tanto para resgate e ajuda a curto prazo como para uma recuperação e programa de reforma a longo prazo no Haiti". (James M. Roberts and Ray Walser, American Leadership Necessary to Assist Haiti After Devastating Earthquake , Heritage Foundation, January 14, 2010).
No princípio, a missão militar estará envolvida em primeiros socorros e emergências.
A US Air Force tomou funções de controle de tráfego aéreo bem como a administração do aeroporto de Port au Prince. Por outras palavras, os militares estado-unidenses regulam o fluxo de ajuda de emergência e abastecimentos que estão a ser trazido para o país em aviões civis. A US Air Force não está a trabalhar sob as instruções dos responsáveis de aeroporto haitiano. Estes responsáveis foram deslocados. O aeroporto é dirigido pelos militares dos EUA (Entrevista com o embaixador haitiano nos EUA, R. Joseph, PBS News, January 15, 2010)
O navio hospital de 1000 camas da US Navy, o USNS Comfort, o qual inclui mais de 1000 médicos e pessoal de apoio, foi enviado ao Haiti sob a jurisdição do Southern Command. (Ver Navy hospital ship with 1,000 beds readies for Haiti quake relief , Digital Journal, January 14, 2010).
No momento do terramoto havia cerca 7100 militares e mais de 2000 polícias, nomeadamente uma força estrangeira de mais de 9000. Em contraste, o pessoal civil do MINUSTAH é de menos de 500. MINUSTAH Facts and Figures - United Nations Stabilization Mission in Haiti
TABELA 2
United Nations Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH)
Força actual (30 November 2009)
9,065 total de pessoal uniformizado
7,031 soldados
2,034 polícias
488 pessoal civil internacional
1,212 civis locais
214 Voluntários das Nações Unidas
MINUSTAH Facts and Figures - United Nations Stabilization Mission in Haiti
Estimativa das forças combinadas SOUTHCOM e MINUSTAH; 19.095*
* Excluindo compromissos da França (não confirmados) e do Canadá (confirmados 800 soldados), os EUA, França e Canadá foram "parceiros" no golpe de Estado de 29 de Fevereiro de 2004.
Por isso mais nada resta a escrever... Um dia o povo Haitiano ira se erguer deste Imperialismo imposto sobre circunstâncias históricas trágicas através de estratagemas Estado-Unidenses.
Publicada por
Miguel Leite
à(s)
11:58
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