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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Um ano depois.... 36 anos depois


Não me debruçarei muito tempo a dissertar sobre o já muito escrito, multilateralmente sobre o blog, um ano depois, o blog continua forte ou fraco, não sei, esteticamente bonito, feio, não sei, não me interessa, apenas o seu conteúdo.
Se o objectivo era levantar a discussão, originar a reflexão, então uma vitória tem que se assinalar, não porque fui eu que a ganhei, mas porque todos discutimos, e se quer não se goste, quer se goste das ideias discutidas, um ponto é assente, é que a perspectiva de hoje a nossa massa jovem continuar atenta, esclarecida, observadora, interventiva é sinal de esperança, de força e convicção no futuro, desde já admito, não tenho fé no futuro, nem sequer esperanças, tenho convicção que um Portugal e um Mundo diferentes são possíveis, onde as formulas são as mesmas de outros tempos, com outros vectores, novos fenómenos, novos problemas, mas com a certeza imutável da história: A Luta de Classes.
Honestamente como dizia Émile Zola "A verdade marcha e nada conseguirá detê-la", pois não é preciso ter uma escola politica, ter um curso superior, frequentar tertúlias, ambientes de reflexão para se perceber que se é pobre, o pobre faltando-lhe as mais elementares condições politicas, sociais e económicas, parte em busca do que é seu, na sua humilde concepção materialistica e existencial.
Para fazer um ano de blog, quero dizer que volvidos trinta e seis anos da instauração da "democracia", embora isto me pareça mais uma plutocracia como na época do fascismo, onde o despudor e exploração sem preceitos levarão a que o povo Português parta em busca do conceito de justiça, em todos os seus domínios.
As classes possidentes, teimam em não ceder, em não reformular o podre sistema capitalista, detendo os instrumentos de poder económico, social e militar e até grande parte de cultural, procuram asfixiar a vontade do povo, segundo a lógica do lucro, querendo escravizar o nosso povo já escravizado faz séculos.
No entanto este país, atrasado até de mentalidades no fétido e podre capitalismo, como no século passado, recuso a fazer as reformas, que se tornarão inevitáveis, que levaram aqui a fazer-se uma revolução, ao contrário de quase todos os países Europeus.
No entanto, não a quero assim, em forma de esmola, em forma de "caridadezinha", mas não se esqueçam, o povo tomara aquilo que lhe pertence, seja, em Abril, em Maio, em Dezembro, num qualquer ano, pois, o aprofundamento da crise capitalista, paga com a escravidão do povo, será o motor que novamente irá colocar o país na rota da destruição desta exploração sem-vergonha ao nosso povo.
Abril sempre, hoje, á um ano, á trinta e seis anos, pois Abril é quando o povo quiser, e não com os caciques a "evoluírem".
Contudo não iria acabar para os governos, pessoas e enfim, aqueles coitados do costume a quem a escrita progressista assusta com uma citação de Émile Zola "Os governos suspeitam da literatura porque é uma força que lhes escapa"

Liberdade sempre, politica, social, cultural e económica.

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