sábado, 6 de agosto de 2011
Crónica do bom malandro
Lembro das longas sessões ofensivas com que me lançava nas aulas de história, contra a injustiça do capitalismo, seja ele onde for, por quem quer que seja praticado, não me interessam rostos, interessa sim, liquidar um sistema que tem por sua natureza, a opressão e exploração do Homem sobre o Homem.
Acontece que os EUA sempre foram o meu alvo, primeiro porque são uma hiperpotência, segundo porque são os grandes responsáveis pelo estado calamitoso em que se encontra o Mundo. Pelos vistos os campeões da "Democracia e da liberdade",os policias do Mundo têm grande dificuldade em apagar os seus crimes, que a história não vai perdoar.
Um dos seus crimes, já que alegam que são a nação mais rica do mundo é possuírem 46 milhões de norte-americanos, ou 15 por cento da população, que recebe ajuda governamental para adquirir comida ao longo deste ano, segundo dados apresentados pelo Departamento da Agricultura dos Estados Unidos, ajuda esta dada por Washington na forma de vales que são trocados por comida (Sergei Karpukhin/reuters)... É belo saber disto, quando criticavam o sistema soviético, apesar de este pagar aos seus cidadãos, a alimentação com senhas, isto para os leitores não confundirem miséria com atribuição de uma concepção materialistica.
A propósito de se completarem 66 anos sobre o lançamento das bombas de Hiroshima e Nagazaki, convém lembrar que tipo de século foi o século Americano, que no século XX foi comandado pelos EUA, o paraíso na terra e pátria da “democracia”, onde, também por essa altura, a miséria era esmagadora, a exploração selvagem era (e é) a norma, onde os anarquistas/sindicalistas Sacco e Vanzetti eram assassinados pelo estado, sob falsas acusações, os Rosenberg eram assassinados pelo estado, sob falsas acusações, onde o mundo artístico e intelectual era assolado pela barbárie de um senador fascista, McCarthy... ou onde o “playboy” John Kennedy, planeava sucessivas tentativas de assassinato de Fidel. Mais as bombas de Nagasaki e Hiroshima, mais a Coreia, mais o Vietname, mais Iraque, mais Afeganistão onde os exemplos da chacina de Mazar-i-Charif e o saque de Kandahar ... a lista vai por aí fora.
Estruturas de comando em crimes contra a humanidade (em Seberghan chegou-se ao corte de línguas a prisioneiros, na presença de oficiais superiores da US Army), em missões genocidas da Força Aérea, no discurso messiânico e racista de generais e almirantes do Pentágono.
A velha tese da nação predestinada, a única capaz de salvar a humanidade, foi assumida pelo ex-presidente Bush que fez dela coluna mestra da Nova Ordem Mundial, cujos cimentos teóricos foram reformulados após o 11 de Setembro. Uma concepção maniqueista da vida foi posta a serviço da estratégia imperial de retaliação. A luta contra o terrorismo passou a servir de suporte a uma política de terrorismo de Estado, sem precedente pelo estilo. Na cruzada universal proclamada pela Casa Branca, Deus foi mobilizado.
Informam o mundo de que o Senhor não é neutral, apoia a sua política. E advertem: quem não está com eles é considerado inimigo e como tal tratado.
O capitalismo sôfrego nunca pára e, entre o seu fim ou a guerra, escolhe sempre a guerra. Felizes os aventurados que não se revêm na sua politica. O bom malandro nunca se reviu na sua politica felizmente.
Publicada por
Miguel Leite
à(s)
19:33
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