Fui jantar com uns amigos na sexta-feira, provando os agradáveis sabores da típica comida minhota e da expressão "caseira" num restaurante. Foi agradável devo confessar, mas adorei o que me esperava no fim de jantar.
Fui tomar a minha habitual Heineken ou eventualmente no caso de o vinho ser mais pesado, adoptar um digestivo com limão para "queimar gorduras" corporais. Ao chegar fui envolvido pela mistura de aromas, cores e burburinho, apesar de muita gente mover-se para cá e para lá, atarefada.
Estava lá a musa de todos os poemas, sonhos diurnos e nocturnos.
A noite estava quente, ela estava como o sol a abater-se ferozmente sobre tudo o que fosse meus sentidos, ofegando a minha respiração, ofuscando a minha razão, derretendo o meu coração. Já não sentia a habitual gente acumulada na berma da rua, misturada com o desagradável odor da urina, vindo dos becos transversais. Ela de facto impregnava o ar, aquele ar sufocantemente quente, com um odor suave e puro de alecrim violeta profundo .
Aliviado por rapidamente me esquecer do jantar e das demais imundices humanas, alegrei-me por ver que na fila se encontrava quem eu procurava. Dirigi-me com um rosto carregado de simpatia, atirando-lhe um largo e animado sorriso, algo que não é normal em mim, pois eu sabia que ela ia vacilar, embaraçada com a intimidade, mas sem perder a cordialidade.
Eu indaguei sobre as trivialidades e banalidades que caracterizam os primeiros encontros, não pretendia nada e pretendia tudo, desde as conversas mais profundas aos olhares mais penetrantes, ao sentir a sua bela e majestosamente divina cútis.
Ela sempre me respondia com alegria e a mesma intimidade cúmplice de “meu amor”, “meu lindo”, “meu querido”. Os meus e seus olhos brilhavam de simpatia, neste caso eu completamente lustrado pelos seus epítetos sedutores, arriscava-me a perder a sobriedade.
Afinal interroga-me onde estava eu, na Tessália no cume do Monte do Olimpo? Ou na presença da mais bela e majestosa Deusa terrestre?
Eu indaguei sobre as trivialidades e banalidades que caracterizam os primeiros encontros, não pretendia nada e pretendia tudo, desde as conversas mais profundas aos olhares mais penetrantes, ao sentir a sua bela e majestosamente divina cútis.
Ela sempre me respondia com alegria e a mesma intimidade cúmplice de “meu amor”, “meu lindo”, “meu querido”. Os meus e seus olhos brilhavam de simpatia, neste caso eu completamente lustrado pelos seus epítetos sedutores, arriscava-me a perder a sobriedade.
Afinal interroga-me onde estava eu, na Tessália no cume do Monte do Olimpo? Ou na presença da mais bela e majestosa Deusa terrestre?
Depressa a interrogação se diluiu perante a realidade. Afinal eu estava presente mas distante, caros leitores não derramem lamurias nem tão pouco se entusiasmem... Eu não estive ao lado ou à frente de tal musa.
Lamento vos informar, mas ela estava acompanhada... Pelas suas amigas e eu pelo meu amigo.
Nem sequer existiu um "Tchau, minha querida!”, onde arriscasse o meu primeiro envolvimento com esse à vontade no trato, que tão bem me sabe ao ego e amor-próprio.
Contudo... "Histórias com finais felizes, são aquelas que nunca terminam..."
Alberto Manuel Gonçalves e Melo
Contudo... "Histórias com finais felizes, são aquelas que nunca terminam..."
Alberto Manuel Gonçalves e Melo
Sem comentários:
Enviar um comentário