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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Mensagem importante.




"São as classes chamadas superiores que têm perdido Portugal, serão as classes trabalhadoras, as mais humildes, mas as mais úteis e activas, as de maior fé e de maior dedicação, as que contribuirão para o salvar".



Afonso Costa (discurso parlamentar de 06/02/1907)

Havia mais dignidade e honra nos que se rendiam antigamente em vez de se juntarem aos agressores.


«Se não forem os países "ajudados" a tomar a iniciativa da renegociação, acabarão por, na iminência da bancarrota, ser os próprios credores a fazê-lo (quando concluírem que sugaram todo o sangue que poderiam sugar e preferindo receber alguma coisa em vez de mais nada).

Paul Krugman proferiu esta frase a propósito da inveitável renegociação e subsequente reestruturação da dívida.

Pensem o que quiserem.

domingo, 29 de maio de 2011

Este é o feto que realmente deve ser mesmo abortado.

Jacinto Leite Capelo Rego


Jacinto Leite Capelo Rego pode vir a ser o próximo Ministro da Agricultura caso o PS se decida por uma coligação com o CDS-PP. Lembre-se que Jacinto Rego é um benemérito reconhecido do partido de Portas, tendo doado 300 euros – mais ou menos o preço que o PP cobra por este lugar no governo. Neste cenário, Paulo Portas ficaria com o Ministério da Administração Interna, e logo com a tutela das polícias, confirmando assim o seu fetiche por homens de farda.

Mas a missão de Portas dentro do governo irá mais fundo.
Tenho conhecimento que logo depois da contagem dos votos, em vez de festejar noite dentro, Paulo Portas continuou a trabalhar, tendo ido directo para o cinema ver o último filme de Quentin Tarantino, Sacanas Sem Lei. O líder do PP foi buscar inspiração para uma legislatura difícil onde terá de penetrar nas linhas socialistas nacionais e já prometeu que vai ser cruel. O objectivo de Portas será um e um só: dar cabo da paciência a Sócrates. Capelo Rego, assim que se tornar ministro do PP, já estará a dever a Portas, cem escalpes de socretinos.

Conseguiu sair dos escândalos que o afundaram, mas prevejo que novos irão chegar, é mais forte do que ele: Portas Dick em analogia à Moby Dick.

Monumentais barbaridades




Esta semana, para gáudio de televisões e jornais, todos muito imparciais, como é bom de ver, umas dezenas de jovenzitos, uniformizados a rigor nas suas vestes talares, mais parecendo seminaristas imberbes, esganiçaram as suas gargantas ainda não totalmente libertas das diatonais sonoridades da pobre idade, contra umas pinturas nas Escadas Monumentais de Coimbra. "Vandalismo" guincharam, esquecidos talvez, do que ainda há dias fizeram às ruas de Coimbra, que encheram de garrafas partidas de cerveja, cheiro a urina e vomitado.

Não saberão estes pobres ignorantes que essas mesmas escadas já foram pintadas centenas de vezes com propaganda a partidos, a listas para a Associação Académica, com palavras de ordem contra o regime fascista, a Pide, a política educativa do Estado Novo e de outros governos ditos democráticos? E centenas de vezes a tinta saiu e ninguém se indignou ou achou mal.

Estes pobres, vestidos de clérigos e com um QI a condizer, não se indignam com o que andam a fazer ao seu futuro, ao país que lhes pertence e que lhes paga os estudos. Não! Indignam-se, antes, com umas pinturas num local que, na sua ignorância, julgam ter um valor arquitectónico e cultural semelhante à Torre da Universidade; insultam quem lutou e luta pela Liberdade, por um país mais justo e mais próspero. Filhos família que, antes de uma lauta ceia regada com muita cerveja, acharam por bem irem ali provocar os "comunas" como os ouvem chamar, depreciativamente, nas suas burguesas casas.

E gritam "Coimbra é nossa e há-de ser". Nossa, de quem? Deles, que ali andam a passear as sebentas e a cantar a "Mulher gorda", exemplo máximo do apuramento cultural das suas cabecinhas, ou de tantos milhares de estudantes, e não só, que por lá passaram (passámos e continuamos), que lá deixaram a sua marca e por ela foram marcados para sempre?

A mim, meteram-me nojo, os pobres desgraçados.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Eu deixo já aqui uma proposta para a legislatura: Reforma Agrária!

Se o Paulinho for ministro do mar, ou da defesa a primeira pergunta que ira fazer é a seguinte:

O Paulinho das Feiras, ou o Paulinho Submarino, anda obcecado com o poder e a ganância de novamente usurpar o erário público.

Este deve ter recrutado as embaixadas Indiana, Paquistanesa e Moçambicana para aquela miséria que todos vimos. Porque não foi ele para dar número?

A Troika unida, algum dia será vencida!

Uma maioria, um Governo, um Presidente… e um Nobre... O sonho da carneirada que é pesadelo para nós.

A política, à maneira de Sócrates, tornou-se uma super-produção com milhares de figurantes exóticos (por serem mais baratos?) para encher os comícios.

Monumental pintura nas monumentais de Coimbra

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Memorando de políticas económicas e financeiras acordado entre FMI, UE, BCE e apoiado pelo PS, PSD, CDS-PP.



Pontos do «Memorando de Políticas Económicas e Financeiras» acordado entre o Governo, o FMI, a UE e o BCE e apoiado pelo PS, pelo PSD e CDS (desconte-se o paleio ilusionista e fixem-se as substâncias essenciais)


(...)Mercado de trabalho

38. As reformas focar-se-ão na criação de novos empregos, principalmente para os jovens. Temos de enfrentar os problemas fundamentais que impedem a eficiente transição dos trabalhadores através de diferentes ocupações, empresas e sectores e criam de privilégios socialmente injustos. Para este fim, em consulta com os parceiros sociais, adoptaremos as seguintes medidas:
Reforma da legislação de protecção do emprego para fomentar a flexibilidade e melhorar a equidade. Alinharemos as indemnizações por encerramento e despedimento para os contratos sem termo, apresentando até Setembro de 2011 legislação que as reduzam para todos os novos contratos para 10 dias por cada ano de trabalho, acrescidos de 10 dias financiados por um fundo financiado pelo patronato, e até ao final de 2011 apresentaremos uma para rever as indemnizações para os contratos anteriores em linha com a dos novos contratos, sem pôr em causa os direitos adquiridos. Como passo seguinte, até Março de 2012, apresentaremos uma proposta para alinhar o nível das indemnizações à média UE, e ao mesmo tempo melhorar o fundo de despedimento visando assegurar a sua portabilidade. Até Dezembro de 2011 apresentaremos uma proposta para ajustamentos no despedimento individual.

Revisão do sistema de subsídio de desemprego, para alterar os incentivos, aumentar o emprego e fortalecer a rede social. Reduziremos a duração máxima do subsídio de desemprego para um máximo de 18 meses e limitado a tecto máximo de 2,5 IAS e introduzindo decréscimos no valor do subsídio após 6 meses (reduzindo pelo menos 10% o subsídio), sem prejuízo dos direitos adquiridos. Para estender a rede social, reduziremos o período contributivo para acesso ao subsídio de desemprego de 15 para 12 meses e apresentaremos uma proposta estender elegibilidade a categorias de trabalho por conta própria claramente definidas. Fortaleceremos as oportunidades de formação, especialmente para as baixas qualificações.

Assegurar que os custos do trabalho sustentam a criação de emprego e a competitividade. No período do Programa, o aumento do SMN só se verificará se as condições económicas o justificarem e obtiver acordo (do FMI/CE/BCE) no quadro das revisões regulares do Programa

Definir critérios claros de extensão dos contratos colectivos de trabalho, incluindo a representatividade das organizações negociadoras e as implicações da extensão para a posição competitiva das empresas não afiliadas. Para promover ajustamentos salariais em linha com a produtividade das empresas: (i) permitir às comissões de trabalhadores a negociação de condições de mobilidade e de horários de trabalho; (ii) reduzir para 250 trabalhadores o tecto abaixo do qual as comissões de trabalhadores ou outras organizações de trabalhadores não podem fazer acordos de empresa; (iii) incluir nos acordos colectivos sectoriais condições para as comissões de trabalhadores poderem, de forma independente, concluir acordos de empresa.

Desvalorização fiscal

39. Um objectivo crítico do nosso programa é promover a competitividade. Isto envolverá uma significativa redução das contribuições das empresas para a Segurança Social (TSU). Esta medida será totalmente “calibrada” até à data da primeira revisão. As medidas compensatórias necessárias para assegurar a neutralidade orçamental devem incluir alterações na estrutura e taxas do IVA, cortes definitivos de despesa adicionais e aumento de outros impostos que não tenham efeitos adversos na competitividade. (...)»

Rui Tavares novamente...


Confesso que nunca gostei do Rui Tavares, nem pensar, por muito que tente, o Rui teima em se arvorar alta sapiência, depois com os seus tiques e infindáveis erros, cai em uma espécie de proselitismo que lembra a direita, utilizando os seus artigos de opinião, não como uma tentativa de manifestar ideias próprias e pensamentos, mas sim para tentar manter "a casta" no poder.

Quando o meu camarada Vítor Dias escrevia no jornal o Público e um centésimo disto era considerado estreito proselitismo partidário e eram considerados como não pensando pela sua própria cabeça, assim fazendo campanha declaradamente: Supostamente o Bloco não defende também como o PCP a Independência dos meios de comunicação social?

Rui tem vergonha e ganha pelo menos mais estofo.

sábado, 14 de maio de 2011

Já que perguntar não ofende....


Se perguntar não ofende...

Caro cardeal Sean O'Malley porque motivo os padres de Boston empurraram o cócózinho das criancinhas para o anûs das mesmas com o seu pênis, sem no entanto o "Santo da CIA" as salvar, já que foi poupado para libertar o mundo da opressão politica, porque não do pénis dos padres pedófilos? Isto só porque perguntar não ofende...

terça-feira, 10 de maio de 2011

O triunfo dos Porcos




Poderiam os leitores pensarem, que eu estaria a falar do excelente livro do George Orwell, que aborda um universo que constitui uma condenação global de um universo maniqueísta, feito de mentiras, traições e terror. É sobre isso que quero escrever, sobre estes malditos adjectivos.


Mas afinal quem são os porcos? Pensam os leitores que falo da classe animal suína?

Nada mais distante, os porcos são os que protagonizam a manipulação mediática, para levar ao triunfo os restantes membros da vara.
Aqui deixo alguns exemplos de conceitos, que os porcos utilizam para manipular o pessoal:


Ditador – É a denominação que a comunicação social dá a um presidente eleito democraticamente e age de acordo com a Constituição, o exemplo concreto é Hugo Chavez.

Presidente – É a denominação que a comunicação dá a quem aprova leis ditatoriais, invade nações para apossar-se de suas riquezas, assassina mais de um milhão de seres humanos, constrói muros segregacionistas, é contra o Tribunal Penal Internacional e os protocolos de Kioto, exemplo de George W.Bush e Obama.

Incursão: Assim é a comunicação social a explicar a invasão de um país.

Tutela – É o sinônimo que comunicação social dá à ocupação do Iraque pelos Estados Unidos.

Terrorista – Assim as televisões denominam os patriotas que lutam contra o jugo colonialista e imperialista, sendo exemplo os Iraquianos, Afegãos e Palestinianos.

Suicida – É a denominação que a comunicação social dá ao prisioneiro assassinado pelos carrascos Estado-Unidenses nas prisões de Abu-Ghraib e Guantánamo.

Ataques cirúrgicos é a terminologia quando um míssil Estado-Unidense erra o alvo e causa a morte de civis, três exemplos:

1)-O assassinato da filha de cinco anos do presidente líbio Muammar Kadhafi, em 1986.
2)-O abate de um avião civil Iraniano com 298 passageiros e tripulantes em 1988. Não houve sobreviventes.
3)- A destruição de uma indústria farmacêutica no Sudão em 1998.

Sequestro – Se um soldado israelense é capturado quando invade o Líbano ou a Palestina, a comunicação social diz que foi sequestrado.

Captura – Se um Palestiniano ou Libanês são sequestrados pelas tropas invasoras, a comunicação social já diz que foi captura.

Incidente ou efeito colateral é quando as tropas de Israel ou dos Estados Unidos massacram centenas de civis Palestinianos, Iraquianos Líbios ou Afegãos.

Massacre – É quando Palestinianos, Iraquianos e Afegãos matam dois ou três soldados de Israel e Estados Unidos.

Assentamento – É a denominação que as televisões dão à usurpação de terras Palestinianas por invasores Israelitas.

Conflito- É assim que a comunicação social denomina a invasão e ocupação da Palestina por tropas de Israel.


Em Portugal e porque estamos em eleições, a questão é sempre esta, eu continuo a considerar um triste sinal de abdicação de espírito crítico que tantos jornalistas, politólogos e bloggers «papem» docemente os números finais de resultados oferecidos pelos media esquecidos de que esses números não sairam da boca ou opinião dos inquiridos mas sim de uma ditribuição matemática dos chamados «indecisos» que normalmente atingem entre 20 ou 30% e que são postos a escolher uando na verdade nada escolheram («46,2% dos eleitores que responderam a esta sondagem indicou a opção «não sabe/não responde» ou disse que não votaria em nenhum partido» - informa o Público sobre a sua sondagem de hoje).

Continuo a não perceber porque é que na noite das eleições (e na base de sondagens mais seguras feitas à boca das urnas) as televisões e as rádios dão projecções com intervalos para cada força concorrente e no resto do ano esse rigor e prudência (exigidos pela «margem de erro») são mandados às urtigas.



Ainda menos percebo que um jornal como o Público (e muitos outros órgãos de informação) que publica sondagens há tantos anos consegue ignorar, como acontece na sua edição de hoje, a imperativa obrigação legal de publicar um quadro dos resultados brutos, isto é, antes de qualquer extrapolação ou distribuição de «indecisos»



Importam-se de informar onde se arranja o boletim de voto só com as caras de Sócrates e Passos Coelho ? E essa eleição é no mesmo dia da eleição dos 230 deputados ou tem dia e hora própria ? E se, longe vá o agouro, um primeiro-ministro em exercício ficar incapacitado, morrer ou for defenestrado da liderança do seu partido tem obrigatoriamente de haver eleições legislativas antecipadas ?

Assim assistimos sempre ao Triunfo dos Porcos.

Deixou de ser menino para passar a ser o maior aldrabão e vendido da História


Começo com esta imagem, que é a leitura de uma declaração de voto de
Vital Moreira, em 1988, como juiz do TC no Acórdão nº 307/88 daquele Tribunal que
declarou insconstitucional um regulamento da Câmara Municipal de Lisboa sobre propaganda política (pag.252, do D.R., I Série, de 21.1.1988) onde fica a explicação para tanta cegueira, que todos nós já sabemos que o Vital Moreira é da pior ralé e escumalha que por ai anda, isso já todo o país sabe, agora que o Vital teima em fazer a dita figura de urso, onde não vale a beata de um cigarro, acho estupendo.


O Vital Moreira nunca para de me surpreender, é aquela pessoa que todos sabemos bem ( o que a cor do dinheiro gasta) vendido, mentiroso, provocador, limitado e a roçar o fascizante, assim anda o Vital, sem coerência nem moral.
Deixou a sua opinião jurídica no Diário de Noticias, como sempre no seu habitual anti-comunismo, o tal que é o espelho onde todos os fascistas se olham e se acham belos, sobre a questão de se pintar murais. Atenção caros leitores, porque esta é para se rirem.


Vital Moreira
no Diário de Noticias:



Reminiscência - "A pichagem não é afixar propaganda no sentido em que a lei o refere - só se pode afixar ou pintar numa propriedade com consentimento dos interessados. Não tenho dúvidas em dizer que se assim não for é ilícito. Se estou a estragar a pintura ou revestimento ou a deteriorar é o crime de dano, claramente. E não creio que haja uma excepção legal para a propaganda política, nem que causar danos esteja coberto pela liberdade de expressão. Até agora tem-se tolerado essa prática. É uma coisa portuguesa. Outros sítios têm espaços dos municípios e não há essa prática de pichar tudo. É entre nós uma reminiscência do pós-25 de Abril - o país estava integralmente coberto de pichagem, incluindo estátuas e monumentos. Como se distingue a mensagem política das outras? A diferença é irrelevante. Não há nenhuma excepção legal que permita 'viva o PCP' escrito numa casa particular ou propriedade pública. Seria extraordinário que todos os partidos só por o serem tivessem o direito de pintalgar o País todo."

Este artista passou ao lado de uma grande carreira de humorista...

A intervenção da verdade e da realidade económica.


Hoje leitores e a propósito da crise e do défice do Estado, aqui fica uma sugestão forte (Nacionalizar)os grandes grupos económicos para o Estado obter as receitas que tanto precisa, para isso aqui fica a muito actual intervenção na Assembleia da República do deputado Lino de Carvalho:

Alteração da Lei nº 91/97, de 1 de Agosto,
Intervenção do Deputado
Lino de Carvalho



««Sr. Presidente,
Queria começar por assinalar um facto bem significativo da forma como o Governo encara esta proposta de lei, esta privatização, esta alienação para privados, esta passagem do domínio público para o domínio privado do Estado, da rede fixa de telecomunicações.
O que sublinha bem a forma como o Governo vê este processo é o facto de ser o Sr. Secretário de Estado do Orçamento a apresentar a proposta de lei e não quem tutela as telecomunicações. Isto confirma, de forma indesmentível, a razão de ser desta proposta de lei. Trata-se de um negócio, um negócio para o operador que vai receber a rede fixa, cujo presidente, aliás, já disse que o preço é interessante, um negócio para o Estado, porque tem absoluta necessidade de obter receitas extraordinárias para equilibrar o Orçamento. Mas, seguramente, trata-se de um mau negócio para o País e de um mau negócio – se quisermos usar esta expressão – relativamente a aspectos que têm a ver com os nossos interesses estratégicos e a nossa soberania.
Não se trata, portanto, de uma operação imposta por razões tecnológicas mas de uma operação imposta unicamente por razões financeiras, por razões de negócio para quem vai receber e para quem vai vender.
Sr. Secretário de Estado, já que estamos a falar em «negócio», afinal, qual é o valor do mesmo, a ponto de o Sr. Presidente Horta e Costa já ter dito que é um preço interessante? São 300 milhões? São 400 milhões? São 600 milhões de euros? Qual é o valor deste negócio?
Em segundo lugar, faço-lhe uma outra pergunta para a qual gostaria de obter um esclarecimento.
Quando, em 1994, se iniciou o processo de privatização da PT, quando se deu a passagem de uma grande parte da empresa para o domínio privado do Estado, o então governo do PSD decidiu manter a rede fixa na propriedade do Estado. Na altura, o PSD explicou porquê, dizendo ser um imperativo nacional, por razões de soberania, de independência e de defesa nacional, a manutenção da rede fixa como propriedade do Estado. Repito que isto era o que o PSD defendia, em 1994, quando a PT era pública e se procedeu à transferência para o domínio privado do que era propriedade directa do Estado.
O que mudou desde então, Sr. Secretário de Estado?
Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados
Já percebemos, pelas intervenções, que estamos aqui a tratar de negócios, e nada mais do que isso! Mas, enfim…
Esta não é, seguramente, uma qualquer proposta de lei e, por isso, deve ser tratada mais do que um mero negócio entre os operadores ou entres estes e o Estado. É um problema mais importante, Srs. Deputados. Isto porque, o que o Governo nos propõe, e que, de facto, como já foi dito aqui pelo próprio Partido Socialista e pelo Governo, é a cópia integral daquilo que, uma vez, o Partido Socialista já tinha agendado na anterior Legislatura mas que acabou por não se concretizar, briga com o interesse nacional, como, aliás, o próprio PSD reconhecia em 1994.
Trata-se tão-só de alienar, transferindo do direito público do Estado para o direito privado, a rede fixa de telecomunicações. A razão é simples: o Governo precisa de umas dezenas de milhões de contos de receitas extraordinárias e a PT está interessada num bom negócio. E, Sr. Secretário de Estado do Orçamento, nesta matéria, não desvalorize a questão da avaliação.
O Sr. Secretário de Estado deve estar recordado que, aquando da avaliação da PT para efeitos de privatização, foi o grupo económico que a subavaliou quem depois também participou e adquiriu acções na 1.ª fase do processo de privatização da PT. Portanto, Sr. Secretário de Estado, há razões para temer e desconfiar quando ouvimos o Sr. Presidente da PT dizer, desde já, que isto é um bom negócio para a própria PT.
Mas a questão é mais de fundo e tem a ver com o facto do interesse público, por esta proposta de lei, abrir mão de uma infra-estrutura estratégica, da única rede capilar, de qualidade segura, que leva as comunicações ao mais longínquo lugar do País.
Já disse, há pouco, que, quando a PT era pública, em 1994, o então governo do PSD e o então Primeiro-Ministro, Cavaco Silva entenderam que constituía imperativo nacional, por razões de soberania — esta, aliás, não era uma expressão muito normal no discurso do PSD, mas disse que era por razões de soberania —, a manutenção da rede fixa como propriedade do Estado no domínio do seu direito público, como, aliás, há seis meses, em plena campanha eleitoral (e o Partido Socialista recordou aqui), o então Presidente do PSD afirmou que não lhe passava pela cabeça que a rede fixa fosse vendida.
Por isso, Sr. Deputado Pinho Cardão, volto a perguntar: o que mudou desde então? Isto porque, não foi o que mudou no plano tecnológico desde 1994, já que as alterações tecnológicas não são incompatíveis com a manutenção da rede no domínio público do Estado e de o Estado manter a sua mão, o seu plano estratégico, o seu interesse de soberania sobre uma rede que, obviamente todos estaremos de acordo, briga com o interesse nacional. E muito menos de há seis meses a esta parte, Sr. Deputado Pinho Cardão, porque não se deu qualquer evolução tecnológica. Não foi por qualquer evolução tecnológica ocorrida desde o momento em que o então Presidente do PSD, Durão Barroso, disse que não alienaria a rede pública, não lhe passaria pela cabeça fazê-lo, que agora, que passou a Sr. Primeiro-Ministro, traz esta proposta de lei.
O que mudou desde então, Srs. Deputados e Srs. Membros do Governo, foi seguramente o facto de a PT deixar de ser pública desde 1994. Acentuou-se a óptica neoliberal do Governo — pelos vistos o Sr. Primeiro-Ministro Durão Barroso, é mais neoliberal do que era o Sr. Presidente do PSD Durão Barroso, e os dois mais ainda do que era o Primeiro-Ministro Cavaco Silva, em matéria de questões estratégicas para o País — e agravou-se também a dependência do País face aos imperativos de Bruxelas, não tenho dúvidas sobre isto, e, portanto, é preciso fazer este negócio para que o Estado tenha uma receita extraordinária.
Esta é a questão. E, Sr. Secretário de Estado, mesmo que isto fosse o que se passa no resto da Europa não era por isso que nos contentaríamos e ficaríamos silenciosos. Mas não é verdade, Sr. Secretário de Estado! Não é verdade!
Na Holanda, o controlo total é do Estado; na Alemanha, está num operador, mas a Deutsch Telecom tem uma participação de um terço do Estado no seu capital; na França, está no operador, mas a France Telecom é controlada em 55% pelo Estado; em Portugal, isto vai para a PT, que está praticamente fora da posse do Estado, à excepção das poucas acções tipo A que ainda mantém.
Portanto, a situação não é a mesma, Sr. Secretário de Estado. A situação é diferente, e ao entregarmos a um operador privado, que se rege, obviamente, pela lógica legítima do interesse privado, mas não pela lógica do interesse público, estamos a entregar a interesses alheios ao interesse público aquilo que é o domínio desta rede de infra-estrutura estratégica por razões — e recupero as palavras proferidas pelo PSD em 1994 — de soberania e de independência nacional que deveriam estar nas mãos e sob o controlo do Estado.
Assim, em vez de se apostar num desenvolvimento sustentado do País e de se manter, sob responsabilidade pública, sectores e infra-estruturas estratégicas, o Governo envereda por um caminho suicida. «Foram-se os anéis», agora «vão-se os dedos»!
Para terminar, Sr. Presidente, devo dizer que esta é a questão fundamental, e pouco mais há a dizer sobre esta matéria. O núcleo da razão que motiva esta proposta de lei já está detectado. Não há qualquer razão, ou justificação técnica, que sustente a opção de desafectação da rede básica de telecomunicações do domínio público para poder ser objecto de alienação a privados, passando a conduzir-se por uma lógica que não é a do interesse público.
Aliás, mesmo para quem defende este processo, não se compreende que não sejam garantidas as tais condições de concorrência aos operadores privados, mas, aliás, o Sr. Deputado Pinho Cardão explicou aqui com clareza a situação. Eles não têm meios financeiros, eles estão com prejuízos, portanto, o melhor é fazer-se o negócio entre aquilo que é o Estado e o que foi investimento do Estado e o operador de serviço universal e depois eles entender-se-ão, de acordo com os interesses de cada um.
De facto, é tudo uma questão de negócio…
Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados,
É politicamente muito significativo que o Sr. Ministro Marques Mendes tenha sentido a necessidade de intervir no debate!
Era sinal de que o debate estava a correr mal para o Governo! Não é verdade, Sr. Ministro?! E também se percebe perfeitamente a razão por que o Sr. Primeiro-Ministro o nomeou Ministro dos Assuntos Parlamentares... Quando é preciso vir «apagar fogos», o Sr. Ministro está cá presente! Elogio lhe seja feito!
Mas, Sr. Ministro, se o debate estava a correr mal, não vai acabar melhor, com toda a certeza! Ó Sr. Ministro, o senhor criticou-me por eu referir a palavra «negócio», dizendo que «negócio» significa suspeição, falta de seriedade. Só que quem usou estas expressões, foi o Sr. Ministro! Não fui eu!
Eu só disse que havia aqui um negócio em que o Governo vendia, por razões de encaixe financeiro, e a PT recebia…
É um «negócio», porque a PT recebe essa rede fixa. Portanto, Sr. Ministro, não fui eu que disse! O presidente da PT é que disse que isto é um negócio interessante!…
Como é que ele pode saber que é um negócio interessante se os senhores vêem aqui dizer que ainda nem sabem se vão alienar a rede e ainda não sabem quais são os valores da rede?! E já se fala em valores da ordem dos 500 ou 600 milhões de euros?!… Ó Sr. Ministro, quem fala em negócios não somos nós! E os senhores não trouxeram aqui quaisquer critérios.
Aliás, o Sr. Ministro acabou por dizer aquilo que estava à vista de todos, que é o seguinte: de facto, o problema da venda da rede fixa só se coloca por razões de encaixe financeiro e por razões de desequilíbrio das contas públicas.
Esse debate foi feito, está feito, é feito e, se calhar, será feito no Orçamento. Aliás, é a «pedra» que vocês vão transportar, com todo o cuidado, durante os próximos quatro anos, se se mantiverem no Governo. Mas não é isso que está aqui em discussão, Sr. Ministro! E se a razão é essa, Sr. Ministro, então diga-me por que é que não há uma linha sobre essa matéria no preâmbulo da proposta de lei?! Por que é que se escondem atrás de pretensos argumentos tecnológicos, Sr. Ministro?! Esta, sim, é que é a questão!
Sr. Ministro Marques Mendes, quero crer que o senhor partilha desta nossa reflexão e : não estamos perante uma venda qualquer, não estamos perante uma alienação qualquer, e quero acreditar que o próprio Sr. Ministro não defende a tese de que o Estado deve alienar tudo.
O Estado tem responsabilidades perante o País, tem a responsabilidade de intervir e de manter no seu controlo sectores estratégicos.
Alienar uma rede básica de telecomunicações da propriedade pública, do domínio público, para a entregar por razões de encaixe financeiro e por razões de negócio para o Estado, Sr. Ministro, não é, seguramente, o caminho para resolver os problemas da economia! Vendem-se os anéis! E depois vendem-se os dedos, Sr. Ministro?!…
De facto, como se dizia recentemente no congresso mundial dos economistas, o problema dos países foi erradamente centrado no défice, quando deve ser centrado — e bem! — na economia, no desenvolvimento da economia, na promoção de investimentos e na melhoria da qualidade de vida, porque é isso que resolve os problemas estruturais do défice.
Ao vendermos e ao alienarmos sectores estratégicos do País, sectores de soberania e de interesse nacional, podemos estar a hipotecar o próprio futuro do País, por razões de curto prazo!»

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Actriz porno quer ser autarca. Ex-concorrente do Big Brother quer ser deputado! É só artistas!


Depois de saber que existe em Espanha um actriz porno que quer ser autarca. Agora é a vez de um Ex concorrente do Big Brother querer ser deputado!
É só artistas!
O PSD foi buscar o Nobre, o PS este, só falta o Portas ir buscar o Castelo Branco.

A mim o que me surpreendo é que existindo pessoas inteligente no Partido Socialista, pessoas que conheço que considero inteligentes e com um grau de pensamento interessante, se deixem afundar neste partido, que se teima em insinuar de "socialista", não entendo mesmo... Como é que se podem deixar ir ao fundo assim, agarrados e teimosos, sectários em torno deste Sócrates e deste partido cada vez mais aberrante.


A actriz de filmes pornográficos Maria Lapiedra apresenta-se como candidata a presidente da câmara municipal da sua terra natal, Les Borges Blanques, Lérida (Espanha).
"Se for eleita, haverá prostitutas grátis e a possibilidade de masturbação em público (entre a meia-noite e as 06h00)", garante. Saliente-se que a actriz, de 22 anos, que fundou o Partido do Desejo, participa nua em acções de campanha e deixa-se apalpar pelos possíveis votantes.
“in Correio da Manhã”


Telmo Ferreira, que ficou conhecido depois de concorrer ao Big Brother , é candidato a deputado pelo PS e prepara-se para concorrer à liderança da concelhia da Batalha.
Para o programa levou um cachecol do Sporting e ficou quase até ao fim, devido ás suas saídas engraçadas, como foram o caso de," há cão ", das " órgias " ou dos "ácaros ".
O povo português precisa cada vez mais de gente engraçada a divertir-se com o nosso dinheiro!
Se já não se lembra, aqui ficam algumas das frases de Telmo no Big Brother, ou melhor: Pérolas...


-“Hoje apanhei um acidente pelo caminho, o camião estava desfeito e o gajo que o vinha a conduzir estava todo morto”
-“O antebraço? Como o próprio nome indica é o que está antes braço, ou seja, o ombro"
-“O que apetece no grupo é... sexo em grupo... muitas órgias... muitas órgias"
-“Uma pessoa vira-se para um lado e se for preciso desvira-se"
-“O Sporting foi fundado em 1906. Eh pá, tem quase mil anos!”
-“Vou encarar isto da maneira mais naturalista possível”
-“As opiniões pessoais de cada um são muito próprias”
-“A pessoa mais próxima é a que descarrego mais tudo"
-“O desporto é a manutenção do meu corpo humano”
-"Quem é que quer partir esta lata de atum mais eu?"
-“Quero todos nus a fazer strip-tease!”
-“Eu encaixo-me melhor nos homens! “
-“Vou fazer uma cirurgião plástica”
-“Para mim foi um desalívio”
-“Não cabeu a carapuça! “

Sem comentários caro leitor.

domingo, 8 de maio de 2011

O PSD não quer ser governo. Aqui também temos mau cheiro e não é do lixo.


Hoje ficamos todos a saber qual é o programa eleitoral do PSD,vou tecer umas breves considerações sobre o mesmo, sobre um programa nefasto, perigoso e ultrajante para o povo Português.

Hoje ficamos a saber que o objectivo do PSD é o fim dos Governos Civis, a redução em 4 pontos(!) da Taxa Social Única, a redução do número de deputados, o rácio de entradas e saídas na função pública (1/5), a privatização de um canal da RTP que é um disparate de todo o tamanho, o que há é transformá-la numa TV de qualidade, sem preocupações de fazer concorrências aos canais privados, com programas diferentes do futebol,concursos e telenovelas que nos invadem, teatro, concertos, jazz, ballet, recitais, ópera,enfim, um mundo a que não temos tido acesso. Privatizar é gramar mais uma igual às outras. Para estupidificar a gente já bastam duas,a SIC e a TVI.
Temos também o inicio da privatização da caixa geral de depósitos,um pilar estratégico e fundamental para o Estado.
O fim das autarquias monocolores, fim do serviço nacional de saúde e da educação pública, enfim, tristezas e mais podridão para todos os Portugueses.
Depois também o abuso de privatizar as Águas de Portugal, um bem que é de todos, parece intenção deste fulano entregar aos privados.

Como alguns leitores se recordarão, eu já tinha muitas suspeitas mas, hoje depois de uma série de tiros no pé, o Programa Eleitoral apresentado pelo PSD deu-me uma inabalável certeza: o PSD não quer ser o partido mais votado, o PSD não quer ser governo, o PSD só quer colaborar numas das principais linhas de propaganda eleitoral do PS. Suspeito que algumas velhas raposas do PSD terão explicado a Passos Coelho que muito melhor do que, com o PS na oposição, não terem força social e política para aplicar metade do seu programa, é continuarem a tirar proveito do «trabalho sujo» que o PS tem vindo a fazer e quer continuar a fazer. Desculpem lá mas não há outra explicação.

Cheio de moral este tipo pensa que engana todos os Portugueses, pode enganar a maioria, mas não todos felizmente, porque se fazendo se passar por honesto, ainda tem de explicar isto:

As empresas de resíduos do grupo Fomentinvest, onde Pedro Passos Coelho desempenha responsabilidades de gestão directa, têm como sócios figuras envolvidas em escândalos financeiros: os construtores Irmãos Cavaco, acusados de burla qualificada no caso BPN e Horácio Luís de Carvalho, que está a ser julgado por corrupção e branqueamento de capitais no processo do aterro da Cova da Beira.

Horácio Luís de Carvalho possui 20% da Tejo Ambeinte, que detém duas empresas de resíduos presididas por Pedro Passos Coelho. Está a ser julgado por ter depositado 59 mil euros numa conta offshore de António Morais, o célebre professor de José Sócrates na Universidade Independente. Segundo a acusação, António Morais terá favorecido Horácio de Carvalho através da sua consultora que prestava assessoria no concurso para o aterro da Cova da Beira na segunda metade dos anos 90.

O candidato à liderança do PSD não quis prestar declarações sobre a empresa onde trabalha. Mas Ângelo Correia, presidente do grupo Fomentinvest, explicou à SÁBADO que Horácio de Carvalho se faz representar no conselho de administração pelo seu sócio Jorge Raposo de Magalhães. "Não temos qualquer relação com ele, nem está nos órgãos sociais"

Os construtores de Santa Maria da Feira, António e Manuel Cavaco, são parceiros da Fomentinvest na SDEL (uma empresa de mini-hídricas) e foram sócios na Ecoambinete (segunda maior empresa do Pais na recolha de lixo).

Digam lá, não parece a empresa do Tony Soprano? Cheira muito mal e não é do lixo...