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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Resposta a Manuel Pina: A falta de Stricto Sensu


Ainda que seja um grande apreciador da sua escrita, mais ainda das suas crónicas no JN, não posso deixar de dizer que também tenho espírito critico, não gostei nem um pouco confesso, do seu artigo no JN, intitulado "Lado Sombrio", que faz uma critica ao jornal Avante e ao artigo que faz alusão ao "Protocolos dos sábios de Sião"... Recheado de ofensas graves e algumas não as considero insultuosas, porque revela um profundo desconhecimento sobre as posições do PCP e nomeadamente sobre até a história politica portuguesa.


Diz Manuel Pina, não compreender porque motivo o «PCP se bata contra as leis ultra neo-liberais do trabalho em Portugal apoiando, ao mesmo tempo, a exploração selvagem do trabalho assalariado na China?»

No entanto o Sr. Manuel Pina, devia saber que os apoiantes da China e do Maoísmo já saíram do PCP faz anos, posso lhe dar alguns exemplos concretos,Manuel Villaverde Cabral, Francisco Martins Rodrigues, Miguel Portas, mas leva também outros como Durão Barroso, o actual ministro da educação Nuno Crato, Arnaldo Matos, Jorge Coelho, o antigo ministro das Universidades Mariano Gago,o ex-ministro da Administração Interna Rui Pereira, a mediática procuradora Maria José Morgado, o jornalista José Manuel Fernandes, o historiador Pacheco Pereira, estes senhores ainda hoje são maoístas, ou não fossem elese defensores deste modelo português que começa a ser bem chinês, agora que defendem por exemplo a semana das 48 horas de trabalho.


Por isso o caro Manuel, devia saber que quem apoiava a China e quem continua a querer seguir a China, não é o PCP nem os comunistas portugueses, mas esta gente imprópria para consumo

Manuel Pina fala de anti-semitismo por parte do PCP, mas desconhece que o PCP já recebeu por enumeras vezes e por diversas ocasiões em contactos com o PCI, o partido comunista de Israel. O que PCP não vai é caucionar a política a politica racista e essa sim, anti-democrática e fascizante de Israel, que todos entendemos como sionismo, e isso não são balelas dos tais "Protocolos dos sábios de Sião", são factos que se traduzem nas enumeras ocupações, invasões, assassinatos colectivos, ingerências, omissões, pressões e mais recentemente, temos o caso vergonhoso da UNESCO, das posições dos EUA e de Israel.

Manuel Pina fala das posições da politica internacional do PCP, mas por exemplo, devia conhecer com profundidade que rejeitamos a guerra da ex-Jugoslávia, do Afeganistão, do Iraque, da Líbia, isto mais recentemente, nem apoiamos seguramente a política dos Estados Unidos no Oriente Médio, que tem sido construída em torno de relações muito próximas com três países: Israel, Arábia Saudita e Paquistão, todos eles países de violações de direitos humanos brutais, com democracias ilusórias mas realmente musculadas e controladas pelos EUA, mas diferenciando a Arábia Saudita, país de violações grotescas, ainda vigorando a Idade Média, como regime vigente. Não conte connosco para caucionar estas coisas caro Manuel.


Diz Manuel Pina em relação PCP que «Eis um rosto repugnante, o do anti-semitismo, que o PCP deveria ter vergonha em exibir.»
Vergonha? Talvez de se assumir de esquerda e progressista como o Manuel, e acusar o PCP de actos e palavras vis, quando do outro lado da barricada, ambos sabemos o que se passa.

Manuel Pina, minha admiração pessoal por si, o gosto pela sua escrita não sofre alteração, mas não podia me deitar à noite e conseguir dormir, sem lhe dizer, que perdeu uma excelente oportunidade para não dizer algumas barbaridades cruéis sobre o PCP e seguirmos o stricto sensu.

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