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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Quando os cristãos se convertem em judeus


Neste país, cada vez mais apodrecido, designa-se estratégia globalmente conservadora que, nessa medida, mais apropriadamente se deveriam designar por contra-reforma, por reformas. Chamam de reformas, ao retrocesso, quando se devia chamar reformas, na senda da via para o progresso.

Na verdade, o reformismo surgiu historicamente, enquanto dinâmica socialmente consistente, na medida em que era protagonizada por actores sociais relevantes, como método de transformação da sociedade, distinto do método revolucionário. Distinto, ainda que podendo ser encarado como essencialmente alternativo à revolução, apenas como circunstancialmente preferível, ou até como complementar.

Na verdade, em Portugal, temos uma situação de retrocesso e contra-reformas (destruir as conquistas de Abril), apelidando de reformismo. Até pelos vistos, até os cristão se estão a "reformar".
Estão a converter-se em judeus. É que numa conferência de imprensa o Presidente da Associação Cristã de Empresários e Gestores, (ACEGE), o, prestigiado (?) advogado António Pinto Leite terá afirmado, conforme o jornal Negócios fez eco, que “a legislação laboral deveria ser alterada para permitir às empresas baixarem os salários!”.

O legalista, como valida argumentação, defende, não a correção da ilegalidade mas, vejam bem, que a lei seja adequada ao que se pratica na realidade e, portanto, haveria que adequar a lei a esta realidade! Isto é legalize-se a criminalidade.
É destes, autoproclamados, cristãos que o país precisa para a, necessária e urgente, saída da crise, financeira, muito naturalmente, para quem o Causídico trabalhará em causas tão nobres embora tão poucos sociais.

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