domingo, 13 de fevereiro de 2011
Bancos com lucros pagam menos impostos.
Os quatro maiores bancos privados portugueses mantiveram no ano passado os lucros de 2009, mas pagaram menos 55 por cento de impostos. As contas são agora conhecidas e mostram que a cobrança de IRC caiu para mais de metade.
Tudo fica dito se resumirmos a coisa assim:
Os bancos continuam a pagar uma taxa real de IRC, que é menos de metade da taxa que os Portugueses pagam de IRS.
Como eu digo com "Socialistas" assim que defendem a Banca, porque motivo a Banca iria querer o PSD no poder??
Os administradores da banca continuaram a receber remunerações escandalosas. De acordo com o "Relatório anual sobre o governo das sociedades cotadas em Portugal" da CMVM, divulgado em 2009, em 2008 a remuneração media anual de cada administrador executivo do sector financeiro foi de 698.081,3 euros sendo, no entanto, de 777.120,4 euros se o banco integrasse o PSI 20 como sucede com o BCP, BES, e BPI. É evidente que para os administradores da banca não houve crise. E recorde-se que eles têm ainda benefícios não incluídos nas remunerações (cartões de credito, utilização das viaturas do banco, seguranças privados, aviões particulares, pensões e indemnizações escandalosas).
Os grandes beneficiados com toda esta situação têm sido os grandes accionistas dos maiores bancos que são: (1) BCP: Sonangol (9,99% do capital); Teixeira Duarte (7,02%); José Berardo (4,857%); Banco Sabadell de Espanha (4,4%); Grupo EDP (3,2%); Stanley Ho (2,26%); Privado Financeiras ( 2,3%); Grupo Eureko (2,5%); Sogema SGPS (2,6%); CGD (2,5%) Metalgest SGPS (1,36%); (2) BES: Crédit Agricole de França (23%); Bradesco de Espanha (6,1%); ESFG dos Espírito Santo (27,7%); PT (2,6%); (3) BPI : Grupo La Caixa de Espanha (30,1% do capital); Grupo Itaú do Brasil (18,9%); Santorro de Angola – Isabel dos Santos (9,7%); Grupo Allianz (8,8%); JP Morgan Chase Bank (3,2%); Arsopi (3%); HVF SGPS (2,9%); (4) Santander Totta: pertence ao banco espanhol Santander. Apenas a CGD se "salva", pois o Estado é o único accionista, mas está a ser utilizada pelo governo para pagar os prejuízos do BPN e do BPP, e tem tido uma gestão que pouco se tem diferenciado da banca privada em relação às famílias e às PME. A verdade é que uma parte muito grande da banca privada portuguesa é já controlada por grandes grupos económicos estrangeiros, tendo os grupos portugueses um papel complementar. E são todos estes grupos (externos e internos), os grandes beneficiários com os elevados privilégios fiscais que a banca continua a gozar em Portugal que tem reduzido as receitas do Estado, entenda-se a todos nós.
Apesar da crise grave que enfrenta o País e das dificuldades da maioria dos portugueses, só nos primeiros 9 meses de 2009, os cinco maiores bancos a funcionar em Portugal – CGD, BCPMillennium, Santander Totta, BES e BPI – obtiveram lucros líquidos que atingiram 1.447,9 milhões de euros. Para a banca parece que não há crise, ou melhor, a banca enriquece com a crise e com as dificuldades dos portugueses. Para além das formas clássicas de extracção de mais valia (taxas de juro e "spreads" elevados; comissões exorbitantes; especulação que de novo surge com força, etc.) que utiliza para obter elevados lucros.
Publicada por
Miguel Leite
à(s)
08:13
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