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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Enterrem este governo



O Partido Comunista tem razões mais que suficientes para viabilizar uma moção de censura e fazer cair o governo, pois os governos de Sócrates prejudicaram e continuam a prejudicar os trabalhadores, criando uma destabilização económica e asfixiando totalmente as famílias portuguesas.
Hoje andam preocupados à data que escrevo este texto, "esquerdistas" "socialistas" com o "regresso" da direita ao poder, como se as politicas que o PS tem efectuado durante estes dois governos (um de maioria absoluta, outro minoritário) fossem de esquerda...

Convém lembrar que este governo mais não fez que submeter-se aos interesses dos mais poderosos,quando diziam que este era um Governo que desafiou os interesses dos mais poderosos, que enfrentava esses interesses, mas pergunto eu, com coragem para enfrentar quem? É coragem congelar pensões e reformas e aumentar o preço dos medicamentos, cortar nos salários, ir ratar mais uns euros aos desempregados, atingir duramente aqueles que são mais excluídos, os que hoje caminham para a pobreza? Coragem? Coragem nenhuma, foi um governo de cobardes ao serviço dos interesses do grande capital. Coragem seria afrontar esses que hoje se julgam mandantes do nosso país.


Quem vem falar em coragem,ou não entende nada de politica,ou então é conivente com esses mesmo interesses, porque isso é apenas submissão perante os mais poderosos e é fácil bater nos mais pequenos e frágeis.
Coragem seria aumentar os impostos à banca, às transacções bolsistas e taxar “o dinheiro que voa para os offshores.


Convém ainda lembrar que o PS PS encerrou dezenas de serviços de saúde – SAPs, urgências hospitalares e outros serviços.
Utilizaram como argumentos os governos do PS, a retórica da “qualificação dos serviços”. Todos recordamos a afirmação do anterior Ministro da Saúde que em caso de doença não iria a um SAP; o teatro dos “protocolos” com autarcas para que aceitem o encerramento de serviços nas autarquias vizinhas a troco da manutenção dos seus; a miragem de rede móvel, plena de conflitos, insuficiente e mal preparada.


A erradicação da precariedade deve ser assumida como foi a erradicação do trabalho infantil, nunca o foi pelo PS, os 700 mil desempregados que provam que não é difícil ser despedido no nosso país, quando o PS prometeu criar 150 mil postos de emprego, mas o desemprego subiu em flecha para o numero, quando todos sabemos que quando o PS assumiu o poder o número era de 412 600 trabalhadores...
Existe mais de 300 mil jovens que não trabalham nem estudam e são atirados para o desperdício.

Todos sabemos como foi o FMI a dizer que «o valor das indemnizações aos trabalhadores, por motivo de despedimento, com ou sem justa causa, terá de se reduzir em Portugal». Ao mesmo tempo, defende o FMI o nivelamento por baixo dos níveis de protecção, sabendo muito bem que Portugal já é dos países com mais trabalho precário na Europa.
Depois, veio Bruxelas e o seu comissário dos assuntos económicos dizer que Portugal tem que rever a definição de despedimento por justa causa e reduzir «substancialmente» as indemnizações.
Ora, face às pressões, os membros do Governo multiplicaram-se em declarações. A Sr.ª Ministra do Trabalho disse que algumas das propostas de alteração à legislação do trabalho são «completamente desajustadas», e que a intenção do Governo era apenas «potenciar» instrumentos já existentes, dando claramente a entender que não pretendia rever a legislação do trabalho.
Depois foi o Primeiro-Ministro que afirmou que o Governo português «não precisa de sugestões de ninguém», mas, como para o Primeiro-Ministro o mundo muda em menos de uma semana, o que foi dito ontem não vale nada hoje.
Assim, depois da reunião com os chamados «grandes exportadores» e depois dos recados do FMI e de Bruxelas, temos um outro Primeiro-Ministro e a ministra a querer alterar a legislação laboral e reduzir os montantes das indemnizações que um trabalhador recebe em caso de despedimento para apenas 15 dias para cada ano de trabalho, quer também o facto que o Presidente da CIP quer o Primeiro-Ministro defenderem e não é por acaso, a necessidade de associar o salário mínimo nacional à dita «qualidade do trabalho». Isto quer dizer que uma parte dos salários dos trabalhadores ficaria «refém» da produtividade.



O Governo permitiu que os custos com transportes, com telecomunicações e os custos com a energia, seja ela eléctrica seja com os combustíveis aumentassem, que são muito mais determinantes para a competitividade nacional.
É bastante revelador que, quando se pretende discutir a competitividade da nossa economia, o Governo PS não discuta a organização e a modernização das empresas. O Governo não se preocupa com o tipo de mercadorias produzidas e as mais-valias realizadas.




O Governo ao nacionalizar o BPN criou no erário público um buraco que já vai nos 5 mil milhões de euros.



O Governo não cumpriu o compromisso de aumentar o Salário Mínimo Nacional (SMN) para 500 euros em 01 Janeiro de 2011. Trata-se de uma opção não fundamentada, profundamente injusta, que agravará a pobreza e se consubstancia num autêntico roubo a quem mais necessita, em favor de ganhos para o capital. Esta opção está associada e impulsiona uma política generalizada de redução dos salários, em marcha nos mais diversos sectores de actividade, privados e públicos. Ao apresentar, para 2011, um processo de actualização do SMN faseado, o Governo agrava ainda mais os problemas, pois em cada uma dessas fases as organizações patronais retrógradas e os seus apoiantes desencadearão novos pacotes de exigências aos trabalhadores e ao Estado.

O aumento do custo de vida que está em marcha, grande parte dos aumentos recentes nos bens e serviços essenciais como: os transportes, os produtos energéticos, entre outros, têm lugar em serviços prestados por empresas cujos accionistas se têm apoderado de chorudos lucros – ultrapassa em muito os míseros 10 euros do aumento do SMN. Essa dura realidade será profundamente sentida já no decorrer do último mês de Janeiro, também pelos reformados e pensionistas que têm as suas pensões congeladas.



O PEC entre o Governo PS e o PSD tem como objectivo privatizar 19 empresas, como argumento de diminuir o défice, porque vai aumentar as receitas, mas é pura demagogia desmascarada contrário das intenções, então anunciadas, em resultado das privatizações, a dívida externa do País, que em 1990 significava 57,8 por cento do Produto Interno Bruto, é agora equivalente a 76,8 por cento do PIB, e
o défice público que, em 1990, era de 4,5 por cento, situa-se, actualmente, nos 9,4 por cento.
Afinal, as privatizações não tiveram qualquer intenção de dar mais solidez à economia nacional, mas antes o propósito, nunca confessado por quem as empreendeu, de vender ao desbarato e colocar nos grupos económicos nacionais e internacionais um conjunto de empresas e sectores estratégicos, acima de tudo para aumentar os lucros dos accionistas.



Os soldados Portugueses que continuam a ajudar na ocupação do Afeganistão, criando uma situação que viola flagrantemente a Constituição da República Portuguesa.

As polémicas em casos como o Freeport, o seu curso na Universidade Independente, as suas assinaturas de projectos na Covilhã e, agora, as escutas, no âmbito do caso Face Oculta e a sua relação com Armando Vara.

Por isso agora e para responder aos "preocupados" com a chegada ao poder da "direita", se a lista bem extensa, não chega para elucidar mesmo as mentes mais obscuras,que conseguem ver diferenças, sobre o que distingue o PS do PSD estruturalmente, então aqui fica a minha resposta:

Na prática, nada. Na aplicação das políticas nada. Na sua orientação ideológica, nada. Têm uma diferente base social votante mas na sua essência são partidos, ou melhor, são duas faces da mesma moeda: executores fiéis das politicas neoliberais. Aliás, ambos assumem-se (e os chamados politólogos oficiais dizem o mesmo) como partidos despojados de ideologia. Nada mais falso. A ideologia que eles defendem acirradamente é, na actualidade, o neoliberalismo, a forma mais recente de recauchutagem da ideologia da classe dominante. Contudo, como todas as ideologias das classes exploradoras, o neoliberalismo apresenta-se não como um programa político ou uma ideologia mas como se fosse um pacote de medidas e de linhas directrizes inelutáveis e inevitáveis. Linhas políticas supostamente não-ideológicas e neutras. Na verdade, são as mais ideológicas de todas. Por um lado, porque defendem interesses de classes e grupos sociais contra outros. Por outro lado, porque conseguem levar a cabo o efeito ideológico mais difícil: uma ideologia apresentar-se como não-ideológica.

Não tenho a dizer mais nada a não ser: Enterrem este governo.

2 comentários:

  1. este é o melhor blog que ja vi!!!!
    parabens sr miguel leite Xd

    jinhos

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  2. o teu blog é que é um blog de sonho, tal e qual como te referis-te ao meu..mas o teu é mais.
    abraxo

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