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sábado, 16 de julho de 2011

O que escondem as agências de rating?


As agências de reting classificam mal Portugal em relação aos EUA, porque há diferenças insanáveis:

1. - Os EUA são os campeões do neo-liberalismo económico que marginaliza na pobreza e na indigência uma enorme parte da população, sem qualquer apoio e protecção social.

2. - Têm uma economia muito forte e competitiva.

3. - Consomem, também, apesar de tudo, muito mais do que produzem.

4. - O desequilíbrio da balança comercial é compensado pela injecção maciça de fundos vindos de fora (a China é credora de 10% da dívida soberana dos EUA)

5 - Tem uma rotativa capaz de emitir USD para injectar na sua economia e que o mundo todo compra (e continuará a comprar?)

6 - O equilíbrio das finanças públicas é feito à custa da emissão de moeda, no meio de discussões intermináveis no Congresso, actualmente, o limite de endividamento dos EUA é de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 23,2 trilhões), o que significa 92,3% de todas as riquezas produzidas por lá em um ano, ou seja, do Produto Interno Bruto (PIB). É necessário esclarecer que os números abrangem apenas os débitos públicos. O endividamento total do país (governos, empresas e indivíduos) é bem maior. Equivalia em 2009, segundo dados do FMI, a cerca de US$ 49 trilhões, ou 4/5 do PIB mundial.

Esta não é a primeira vez, e certamente não será a última, que o dilema (de aumentar o tecto da dívida pública) é apresentado ao congresso dos EUA. A questão envolve interesses contraditórios e tem múltiplos aspectos. O endividamento cresceu de forma extraordinária nos últimos anos em função da resposta das autoridades económicas à crise, que implicou numa brutal elevação das despesas públicas e emissões bilionárias de papel-moeda.

Então e isto não é lixo?

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