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quarta-feira, 13 de julho de 2011

O que faz a UGT hoje ao lado da CGTP?


Não entendo bem o que eu vai hoje fazer a central sindical UGT, esta quarta-feira com Pedro Passos Coelho, a quem vão apresentar as suas propostas de desenvolvimento para o país, juntamente com a CGTP.
A CGTP compreendo que o faça, agora a UGT depois de anos de serviço ao grande capital e ás politicas de direita, contrárias aos interesses dos trabalhadores, é no mínimo aberrante.


Para quem faz de conta não se lembrar, este é o sujeito que representa UGT, é o seu secretário-geral, no entanto é nessa condição que recebeu a ordem de mérito das mãos de Cavaco Silva dia 10 de Junho.
Julgo realmente ser um prémio merecido, este homem tem trabalhado tanto para denegrir e esmagar a classe trabalhadora que até lhe deram uma condecoração, mas já receber o prémio seria indesejável, mas vindo das mãos de Cavaco Silva, torna a situação hilariante...


Depois aqui ainda deixo algumas pérolas do João Proença, por exemplo sobre a recandidatura de Durão Barroso, na presidência da comissão europeia, onde declara que "depois do resultado destas eleições europeias, consideramos que há todas as condições para que este Conselho Europeu possa aprovar a indigitação de Durão Barroso como presidente da Comissão, uma indigitação que a UGT claramente apoia". O anúncio foi oportunamente feito à saída dum encontro com o primeiro-ministro José Sócrates, outro conhecido apoiante do candidato Durão Barroso.



Este apoio, em condições normais, teria que surpreender. Durão Barroso representa a onda fanática liberal que nos conduziu à crise e está entre os que agora a aproveitam para nos fazer pagar por ela. Entre outras que tais, "José Manuel" passou o seu mandato, a tentar impôr uma directiva comunitária que autorizava a semana das 65 horas de trabalho na UE, que, recorde-se, foi travada no Parlamento Europeu no final do ano passado e abandonada (até ver). Dificilmente se pode argumentar que o homem que fugiu do Governo português rumo a Bruxelas represente na Europa os interesses dos trabalhadores.

2 comentários:

  1. E não é que Proença se confessou:

    «Desejaríamos um clima de unidade sindical na acção, mas isso implica objectivos comuns e aparentemente não os há.»
    (João Proença, secretário-geral da UGT, falando sobre a CGTP Intersindical Nacional)

    Não podia concordar mais...

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