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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Os defeitos estão lá todos só que menos inteligente que o seu antecessor


Parece que este quer suplantar Sócrates, pois ainda começou a desempenhar o cargo de primeiro-ministro à poucos dias, e já começam as histórias de encantar.
Passos Coelho foi "apanhado" a citar livro que não existe, onde deu uma entrevista sobre a sua vida, onde cita uma obra de Sartre que não existe.


Quando alguém quer mostrar cultura sem a ter é um problema de carácter. Através de atitudes como esta, pretende o pretenso ser « culto» mostrar uma cultura que não possui perante uma parte da classe política e também de leitores e eleitores que ele sabe ser sensível à ideia de que a demonstração de pretensa cultura é um sinal de mais-valia.

Ora isso já reflecte uma atitude de «novo-rico», isto é, uma atitude de quem, não pertencendo ao meio da cultura, a ele pretende ascender de qualquer maneira, esquecendo-se que as velhas elites não são tão burras assim, que encaixem sem mais nem menos um livro que não existe.

E é uma atitude aldrabona, pois a nossa socialite está pejada de alegados homens e mulheres de cultura que nos programas televisivos da manhã e da tarde nos enchem de cultura de fachada, de títulos dos livros e dos filmes, e mal, e que também cita livros que não existem, ou então fala de literatura tipo Margarida Rebelo Pinto. Mas estes últimos pelo menos são sinceros, pois admitem não ter capacidade para ir mais além. Agora os que também não têm capacidade e se põem em bicos de pés, procurando ir além do seu limite, esses expõem-se ao ridículo. Sendo certo que o verdadeiramente importante, era que, cultos ou não, os políticos resolvessem os problemas do país sem nos roubarem o suor do nosso trabalho. Não me importava que dissessem que quem escreveu a tal Fenomonologia foi o Pato Donald se isso fosse assumido com sincera ignorância.

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